terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
JANIS JOPLIN
Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 — Los Angeles, 4 de outubro de 1970) foi uma cantora e compositora estadunidense. Tornou-se conhecida no final dos anos 60 como vocalista da banda Big Brother and the Holding Company, e posteriormente como artista solo.
Biografia
"Posso não durar tanto quanto as outras cantoras, mas sei que posso destruir-me agora se me preocupar demais com o amanhã."— Janis Joplin
Janis nasceu na cidade de Port Arthur, Texas, nos Estados Unidos. Ela cresceu ouvindo músicos de blues, tais como Bessie Smith, Leadbelly e Big Mama Thornton e cantando no côro local. Joplin concluiu o curso secundário na Jefferson High School em Port Arthur no ano de 1960, e foi para a Universidade do Texas, na cidade de Austin, onde começou a cantar blues e folk com amigos.
Cultivando uma atitude rebelde, Joplin se vestia como os poetas da geração beat, mudou-se do Texas para San Francisco em 1963, morou em North Beach, e trabalhou como cantora folk. Por volta desta época seu uso de drogas começou a aumentar, incluindo a heroína. Janis sempre bebeu muito em toda a sua carreira, e sua preferida era a bebida Southern Comfort. O uso de drogas chegou a ser mais importante para ela do que cantar, e chegou a arruinar sua saúde.
Depois de retornar a Port Arthur para se recuperar, ela voltou para San Francisco em 1966, onde suas influências do blues a aproximaram do grupo Big Brother & The Holding Company, que estava ganhando algum destaque entre a nascente comunidade hippie em Haight-Ashbury. A banda assinou um contrato com o selo independente Mainstream Records e gravou um álbum em 1967. Entretanto, a falta de sucesso de seus primeiros singles fez com que o álbum fosse retido até seu sucesso posterior.
O destaque da banda foi no Festival Pop de Monterey, com uma versão da música "Ball and Chain" e os marcantes vocais de Janis. Seu álbum de 1968 Cheap Thrills fez o nome de Janis.
Ao sair da banda Big Brother, Janis formou um grupo chamado Kozmic Blues Band, que a acompanhou em I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969). O grupo se separou, e Joplin formou então o Full Tilt Boogie Band. O resultado foi o álbum Pearl (1971), lançado após sua morte, e que teve como destaque as músicas "Me and Bobby McGee" (de Kris Kristofferson), e "Mercedes-Benz", escrita pelo poeta beatnik Michael McClure.
Janis Joplin no Brasil
Janis Joplin esteve no Brasil em fevereiro de 1970, na tentativa de se livrar do vício da heroína. Durante a sua estada, fez topless em Copacabana, bebeu muito, cantou em um bordel, foi expulsa do Hotel Copacabana Palace por nadar nua na piscina e quase foi presa, pelas suas atitudes na praia, consideradas "fora do normal". [2]
Como era época de carnaval, tentou participar de um desfile de escola de samba, porém teve acesso negado por um segurança que desconfiou de sua vestimenta hippie.
Morte
Janis Joplin morreu de overdose de heroína em 4 de outubro de 1970, em Los Angeles, Califórnia, com apenas 27 anos. Foi cremada no cemitério-parque memorial de Westwood Village, em Westwood, Califórnia, e numa cerimônia, suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico.
O álbum Pearl foi lançado 6 meses após sua morte. O filme The Rose, com Bette Midler, baseou-se em sua vida.
Ela hoje é lembrada por sua voz forte e marcante, bastante distante das influências folk mais comuns em sua época, e também pelos temas de dor e perda que escolhia para suas músicas.
Discografia
Big Brother and the Holding Company
Big Brother & the Holding Company - 1967
Cheap Thrills - 1968
Live at Winterland '68 - 1999
Kozmic Blues Band
I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! - 1969
Full Tilt Boogie Band
Pearl - 1971
Big Brother and the Holding Company / Full Tilt Boogie Band
Joplin: In Concert - 1972
Biografia
"Posso não durar tanto quanto as outras cantoras, mas sei que posso destruir-me agora se me preocupar demais com o amanhã."— Janis Joplin
Janis nasceu na cidade de Port Arthur, Texas, nos Estados Unidos. Ela cresceu ouvindo músicos de blues, tais como Bessie Smith, Leadbelly e Big Mama Thornton e cantando no côro local. Joplin concluiu o curso secundário na Jefferson High School em Port Arthur no ano de 1960, e foi para a Universidade do Texas, na cidade de Austin, onde começou a cantar blues e folk com amigos.
Cultivando uma atitude rebelde, Joplin se vestia como os poetas da geração beat, mudou-se do Texas para San Francisco em 1963, morou em North Beach, e trabalhou como cantora folk. Por volta desta época seu uso de drogas começou a aumentar, incluindo a heroína. Janis sempre bebeu muito em toda a sua carreira, e sua preferida era a bebida Southern Comfort. O uso de drogas chegou a ser mais importante para ela do que cantar, e chegou a arruinar sua saúde.
Depois de retornar a Port Arthur para se recuperar, ela voltou para San Francisco em 1966, onde suas influências do blues a aproximaram do grupo Big Brother & The Holding Company, que estava ganhando algum destaque entre a nascente comunidade hippie em Haight-Ashbury. A banda assinou um contrato com o selo independente Mainstream Records e gravou um álbum em 1967. Entretanto, a falta de sucesso de seus primeiros singles fez com que o álbum fosse retido até seu sucesso posterior.
O destaque da banda foi no Festival Pop de Monterey, com uma versão da música "Ball and Chain" e os marcantes vocais de Janis. Seu álbum de 1968 Cheap Thrills fez o nome de Janis.
Ao sair da banda Big Brother, Janis formou um grupo chamado Kozmic Blues Band, que a acompanhou em I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969). O grupo se separou, e Joplin formou então o Full Tilt Boogie Band. O resultado foi o álbum Pearl (1971), lançado após sua morte, e que teve como destaque as músicas "Me and Bobby McGee" (de Kris Kristofferson), e "Mercedes-Benz", escrita pelo poeta beatnik Michael McClure.
Janis Joplin no Brasil
Janis Joplin esteve no Brasil em fevereiro de 1970, na tentativa de se livrar do vício da heroína. Durante a sua estada, fez topless em Copacabana, bebeu muito, cantou em um bordel, foi expulsa do Hotel Copacabana Palace por nadar nua na piscina e quase foi presa, pelas suas atitudes na praia, consideradas "fora do normal". [2]
Como era época de carnaval, tentou participar de um desfile de escola de samba, porém teve acesso negado por um segurança que desconfiou de sua vestimenta hippie.
Morte
Janis Joplin morreu de overdose de heroína em 4 de outubro de 1970, em Los Angeles, Califórnia, com apenas 27 anos. Foi cremada no cemitério-parque memorial de Westwood Village, em Westwood, Califórnia, e numa cerimônia, suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico.
O álbum Pearl foi lançado 6 meses após sua morte. O filme The Rose, com Bette Midler, baseou-se em sua vida.
Ela hoje é lembrada por sua voz forte e marcante, bastante distante das influências folk mais comuns em sua época, e também pelos temas de dor e perda que escolhia para suas músicas.
Discografia
Big Brother and the Holding Company
Big Brother & the Holding Company - 1967
Cheap Thrills - 1968
Live at Winterland '68 - 1999
Kozmic Blues Band
I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! - 1969
Full Tilt Boogie Band
Pearl - 1971
Big Brother and the Holding Company / Full Tilt Boogie Band
Joplin: In Concert - 1972
JIMI HENDRIX
James Marshall "Jimi" Hendrix (nascido Johnny Allen Hendrix; Seattle, 27 de novembro de 1942[1] – Londres, 18 de setembro de 1970) foi um guitarrista, cantor e compositor norte-americano. Frequentemente é citado por críticos e outros músicos como o maior guitarrista da história do rock,[2][3][4] e um dos mais importantes e influentes músicos de sua era, em diferentes diversos gêneros musicais.[5][6][7] Depois de obter sucesso inicial na Europa, conquistou fama nos Estados Unidos depois de sua performance em 1967 no Festival Pop de Monterey. Hendrix foi a principal atração, dois anos mais tarde, do icônico Festival de Woodstock e do Festival da Ilha de Wight, em 1970. Hendrix dava preferência a amplificadores distorcidos e crus, dando ênfase ao ganho e aos agudos, e ajudou a desenvolver a técnica, até então indesejada, da microfonia.[8] Hendrix foi um dos músicos que popularizou o pedal wah-wah no rock popular, que ele utilizava frequentemente para dar um timbre exagerado a seus solos, particularmente com o uso de bends e legato baseados na escala pentatônica. Foi influenciado por artistas de blues como B.B. King, Muddy Waters, Howlin' Wolf, Albert King e Elmore James,[9][10][11][12] guitarristas de rhythm and blues e soul como Curtis Mayfield, Steve Cropper, assim como de alguns artistas do jazz moderno.[13] Em 1966, Hendrix, que tocou e gravou com a banda de Little Richard de 1964 a 1965, foi citado como tendo dito: "Quero fazer com minha guitarra o que Little Richard faz com sua voz."[14]
O guitarrista mexicano Carlos Santana sugeriu que a música de Hendrix poderia ter sido influenciada por sua herança parcialmente indígena.[15] Como produtor musical, Hendrix também inovou ao usar o estúdio de gravação como uma extensão de suas ideias musicais. Foi um dos primeiros a experimentar com a estereofonia e phasing em gravações de rock.
Hendrix conquistou diversos dos mais prestigiosos prêmios concedidos a artistas de rock durante sua vida, e recebeu diversos outros postumamente, incluindo sua confirmação no Hall da Fama do Rock and Roll americano, em 1992, e no Hall da Fama da Música do Reino Unido, em 2005. Uma blue plaque (placa azul) foi erguida, com seu nome, diante de sua antiga residência, na Brook Street, de Londres, em setembro de 1997. Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood (Hollywood Boulevard, 6627) foi dedicada a ele em 1994. Em 2006 seu álbum de estreia nos Estados Unidos, Are You Experienced, foi inserido no Registro Nacional de Gravações, e a revista Rolling Stone o classificou como o melhor guitarrista na sua lista de 100 maiores guitarristas de todos os tempos, em 2003.[16] Hendrix também foi a primeira pessoa a fazer parte do Hall da Fama da Música Nativo-Americana.
Juventude
Nascido em Seattle, Washington, Hendrix cresceu tímido e sensível, tendo de ser o responsável por cuidar de seu irmão mais novo, Leon Hendrix, profundamente afetado por problemas familiares, tais como o divórcio dos seus pais em 1951 e a morte de sua mãe em 1958, quando ele tinha apenas 16 anos. Era muito afeiçoado à sua avó materna, que possuía sangue cherokee, e que incutiu no jovem Jimi um forte sentido de orgulho de seus ancestrais nativos norte-americanos. No mesmo ano, o seu pai, chamado Al Hendrix, deu-lhe um ukelele (instrumento de 4 cordas, introduzido no Havaí pelos portugueses no século XVII), e posteriormente comprou, por apenas US$ 5 dólares, uma guitarra acústica, pondo-o no caminho da sua futura vocação.
Depois de tocar com várias bandas locais de Seattle, Hendrix alistou-se ao exército, juntando-se à 101-a Divisão Aerotransportada (101st Airborne Division) baseada em Fort Campbell, Kentucky, a 80 km da cidade de Nashville, no Tennessee, como pára-quedista. Ali ele serviu por menos de 1 ano e recebeu dispensa médica após fraturar o tornozelo em um salto. Mais tarde ele diria que o som do ar assobiando no pára-quedas era uma das fontes de inspiração para o seu som "espacial" na guitarra.
Não há nenhum registo médico no exército americano sobre a dispensa de Hendrix. Em 2005, Charles Cross, que foi autor da biografia do líder do Nirvana, Kurt Cobain, publicou no seu livro "Room Full of Mirrors", que o guitarrista alegou estar apaixonado por um dos seus colegas do seu agrupamento, numa visita ao serviço psiquiátrico em 1962, em Fort Campbell (Estado do Kentucky). Aquilo era mentira, segundo Cross, que relata a preferência do músico por mulheres. "Ele queria apenas escapar do exército para se dedicar à música."
Hendrix, que se alistou como voluntário para a guerra do Vietnã, nunca esteve em combate, porém as suas gravações tornaram-se as favoritas entre os soldados que lá lutavam. Inicialmente levou uma vida precária tocando em bandas de apoio a músicos de soul e blues como Curtis Knight, B. B. King, e Little Richard em 1965. Sua primeira aparição destacada foi com os Isley Brothers, principalmente no "Testify" em 1964.
Carreira
Em 14 de outubro de 1965, Hendrix assinou um contrato de gravação por três anos com o empresário Ed Chaplin, recebendo US$1 e 1% de direitos em gravações com Curtis Knight. Este contrato causou mais tarde sérios problemas entre Hendrix e outras companhias de gravação[carece de fontes?].
Por volta de 1966, ele já tinha sua própria banda, Jimmy James and the Blue Flames (que incluia Randy Califórnia, mais tarde guitarrista do Spirit) e uma residência no Cafe Wha?, localizado na cidade de Nova Iorque. Foi durante este período que Hendrix conheceu e trabalhou com a cantora e guitarrista Ellen McIlwaine e também com o guitarrista Jeff "Skunk" Baxter (mais tarde integrante dos grupos Steely Dan e The Doobie Brothers) assim como o iconoclasta Frank Zappa, cuja banda The Mothers of Invention tocava no Garrick Theatre, no Greenwich Village novaiorquino. Foi Zappa que apresentou Hendrix ao recém-criado pedal de "wah-wah", um pedal de efeito sonoro do qual Hendrix rapidamente se tornou mestre notável e que se transformou em parte integrante de sua música.
Foi enquanto tocava com o "The Blue Flames" no Cafe Wha? que Hendrix foi descoberto por Chas Chandler, baixista do famoso grupo de rock britânico The Animals. Chandler levou-o para a Inglaterra, levou-o a um contrato de agenciamento e produção com seu produtor musical e ajudou-o a formar uma nova banda, The Jimi Hendrix Experience, com o baixista Noel Redding e o percussionista Mitch Mitchell.
Durante as suas primeiras apresentações em clubes de Londres, o nome da nova estrela espalhou-se como fogo pela indústria musical britânica. Os seus shows e musicalidade criaram fãs rapidamente, entre eles os guitarristas Eric Clapton e Jeff Beck, assim como os Beatles e o The Who, cujos produtores imediatamente encaminharam Hendrix para o selo que produzia o The Who: a Track Records. O primeiro "single" desta parceria, uma regravação de "Hey Joe", se tornou quase que um padrão para as bandas de rock da época.
Mais sucesso veio em seguida, com a incendiária "Purple Haze" e a balada "The Wind Cries Mary". Estas duas e ainda "Hey Joe" chegaram na época ao chamado "Top 10". Agora, finalmente estabelecido no Reino Unido como importante estrela de rock, Hendrix e sua namorada Kathy Etchingham mudaram-se para uma casa no centro de Londres, que um dia pertencera ao compositor barroco Georg Friedrich Händel (antigo compositor clássico).
1967
Em 1967, o grupo, formado por Hendrix na guitarra e vocal, Noel Redding no baixo,eventualmente guitarra e vocais base, e Mitch Mitchell, na bateria, percussão e backing vocals lança seu primeiro álbum, Are You Experienced?, cuja mistura de baladas ("Remember"), pop-rock ("Fire"), psicodelia ("Third Stone from the Sun"), e blues tradicional ("Red House") seria uma espécie de amostra de seu trabalho posterior. O álbum fez muito sucesso, que só não alcançou o número 1 porque foi barrado pelo Sgt Peppers Lonely Heart Club Band dos The Beatles. O álbum é considerado por muitos o melhor debut álbum de todos os tempos, e foi eleito o quinto álbum mais importante da era do rock pela VH1 em 2001, além de estar em décimo quinto lugar na lista da revista Rolling Stones na categoria 500 Greatest Albums Of All Time (tradução livre: Os 500 melhores álbuns de todos os tempos). Outra edição da revista, publicada anos anteriormente em 1987, consagrou o álbum sendo o quinto na categoria Melhores Álbuns dos últimos 20 anos. O álbum está também incluso no livro 1001 Álbuns para você ouvir antes de morrer.
Hendrix foi levado para o hospital com queimaduras depois de pôr fogo em sua guitarra pela primeira vez no Astoria Theatre, em Londres, em 31 de março daquele ano. Ele foi posteriormente advertido pelo administrador do Rank Theatre management para controlar suas exibições no palco depois de danificar os amplificadores e outros equipamentos no palco.
Com o forte apelo de Paul McCartney, integrante do "Festival Pop de Monterey" (Monterey Pop Festival), o Jimi Hendrix Experience foi agendado para apresentar-se naquele festival, e o concerto, onde ficou notória a imagem de Hendrix pondo fogo e quebrando sua guitarra, foi imortalizado pelo cineasta D.A. Pennebaker no filme Monterey Pop. O festival de Monterey foi um triunfante retorno. E foi seguido de uma abortada apresentação de abertura para o grupo pop The Monkees, em sua primeira turnê americana.
Os Monkees pediram a presença de Hendrix simplesmente por serem seus fãs. Infelizmente, porém, a sua platéia predominantemente adolescente não se interessou pelas bizarras apresentações de Hendrix no palco, e ele abruptamente interrompeu a digressão depois de algum tempo, exatamente quando "Purple Haze" começava a estourar nas paradas norte-americanas. Chas Chandler mais tarde admitiu que ter "caído fora" da turnê dos Monkees foi planejado para ganhar o máximo de impacto de mídia e de afronta para Hendrix. Na época, circulou uma história afirmando que Hendrix tinha sido retirado da digressão devido a reclamações de que sua conduta no palco era "lasciva e indecente", reclamações estas que teriam sido feitas pela organização conservadora de mulheres Daughters of the American Revolution. De fato, a história era falsa: a coisa foi forjada pela jornalista australiana Lillian Roxon, a qual acompanhava a turnê junto com o namorado e cantor Lynne Randell, outro coadjuvante. A afirmação foi zombeteiramente repetida na famosa Rock Encyclopedia de Roxton em 1969, porém mais tarde ela admitiu que a coisa foi fabricada.
Enquanto isso, de volta à Inglaterra, sua imagem de "selvagem" e de cheio de recursos para chamar atenção (tal como tocar a guitarra com os dentes e com ela às costas) continuava a trazer-lhe notoriedade, apesar de ele ter começado a se sentir mais e mais frustrado, devido à concentração da mídia e das platéias em suas atuações no palco e em seus primeiros sucessos, e pela crescente dificuldade em ter suas músicas novas também aceitas.
No mesmo ano, o grupo lança seu segundo álbum, Axis: Bold as Love, que continuou o estilo estabelecido por Are You Experienced, com faixas como Little Wing e If 6 Was 9, mostrando a continuidade de sua habilidade com a guitarra. No entanto, um percalço quase impediu o lançamento do álbum — Hendrix perdeu a fita com a gravação master do lado 1 do LP depois de acidentalmente tê-la esquecido num táxi. Com a proximidade do prazo fatal de lançamento, Hendrix, Chandler e o engenheiro de som Eddie Kramer foram forçados a fazer às pressas uma remixagem a partir das gravações multi-canais, o que eles conseguiram terminar numa verdadeira maratona noturna. Esta foi a versão lançada em dezembro de 1967, apesar de Kramer e Hendrix mais tarde terem dito que nunca ficaram totalmente satisfeitos com o resultado final.
1968
Por volta dessa época, desavenças pessoais com Noel Redding, combinadas com a influência das drogas, álcool e fadiga, conduziram a uma problemática digressão na Escandinávia. A 4 de janeiro de 1968, Hendrix foi preso pela polícia de Estocolmo, após ter destruído completamente um quarto de hotel num ataque de fúria devido à embriaguez.
A terceira gravação da banda, o álbum duplo Electric Ladyland 1968, era mais ecléctico e experimental, incluindo uma longa seção de blues ("Voodoo Child"), a "jazzística" "Rainy Day, Dream Away"/"Still Raining, Still Dreaming" e aquela que é provavelmente a versão mais conhecida da música de Bob Dylan "All Along the Watchtower".
A gravação do álbum foi extremamente problemática. Hendrix se decidira por voltar aos EUA e, frustrado pelas limitações da gravação comercial, decidiu criar seu próprio estúdio em Nova Iorque, no qual teria espaço ilimitado para desenvolver sua música. A construção do estúdio, batizado de "Electric Lady" foi cheia de problemas, e o mesmo só foi concluído em meados de 1970.
O trabalho antes disciplinado de Hendrix estava a tornar-se errático, e as suas intermináveis sessões de gravação repletas de aproveitadores finalmente fizeram com que Chas Chandler pedisse demissão em 1 de dezembro de 1968. Chandler posteriormente se queixou da insistência de Hendrix em repetir tomadas de gravação a cada música (a música Gypsy Eyes aparentemente teve 43 tomadas, e ainda assim Hendrix não ficou satisfeito com o resultado) combinado com o que Chas viu com uma incoerência causada por drogas, fez com que ele vendesse sua parte no negócio a seu parceiro Mike Jefferey. O perfeccionismo de Hendrix no estúdio era uma marca - comenta-se que ele fez o guitarrista Dave Mason tocar 20 vezes o acompanhamento de guitarra de All Along The Watchtower - e ainda assim ele sempre estava inseguro quanto a sua voz, e muitas vezes gravava seus vocais escondido no estúdio.
Muitos críticos hoje crêem que Mike Jefferey teve uma influência negativa na vida e na carreira de Hendrix. Comenta-se que Jefferey (que foi anteriormente empresário da banda The Animals) desviou boa parte do dinheiro que Hendrix ganhou durante a vida, depositando-o secretamente em contas no exterior. Também se crê que Jefferey tinha fortes ligações com os serviços de inteligência (ele se dizia agente secreto) e com a Máfia.
Apesar das dificuldades de sua gravação, muitas das faixas do álbum mostram a visão de Hendrix se expandindo para além do escopo do trio original (diz-se que este disco ajudou a inspirar o som de Miles Davis em Bitches Brew) e vendo-o colaborar com uma gama de músicos um tanto desconhecidos, incluindo Dave Mason, Chris Wood e Steve Winwood (da banda Traffic), ou o percussionista Buddy Miles e o ex-organista de Bob Dylan, Al Kooper.
1969
A expansão de seus horizontes musicais foi acompanhada por uma deterioração no seu relacionamento com os colegas de banda (particularmente com Redding), e o Experience se desfez durante 1969. Suas relações com o público também vieram a tona quando em 4 de Janeiro de 1969 ele foi acusado por produtores de televisão de ser arrogante, após tocar uma versão improvisada de "Sunshine of your Love" durante sua participação remunerada no show da BBC1, Happening for Lulu
Em 3 de Maio ele foi preso no Aeroporto Internacional de Toronto depois que uma quantidade de heroína foi descoberta em sua bagagem. Ele foi mais tarde posto em liberdade depois de pagar uma fiança de 10.000 dólares. Quando o caso foi a julgamento Hendrix foi absolvido, afirmando com sucesso que as drogas foram postas em sua bolsa por um fã sem o seu conhecimento. Em 29 de Junho, Noel Redding formalmente anunciou à mídia que havia deixado o Jimi Hendrix Experience, embora ele de fato já houvesse deixado de trabalhar com Hendrix durante a maioria das gravações de Eletric Ladyland.
Em Agosto de 1969, no entanto, Hendrix formou uma nova banda, chamada Gypsy Suns and Rainbows, para tocar no Festival de Woodstock. Ela tinha Hendrix na guitarra, Billy Cox no baixo, Mitch Mitchell na bateria, Larry Lee na guitarra base e Jerry Velez e Juma Sultan na bateria e percussão. O show, apesar de notoriamente sem ensaio e desigual na performance (Hendrix estava, dizem, sob o efeito de uma dose potente de LSD tomada pouco antes de subir ao palco) e tocado para uma platéia celebrante que se esvaziava lentamente, possui uma extraordinária versão instrumental improvisada do hino nacional norte-americano, The Star-Spangled Banner, distorcida e quase irreconhecivél e acompanhada de sons de guerra, como metralhadoras e bombas, produzidos por Hendrix em sua guitarra (a criação desses efeitos foi inovadora, expandindo para além das técnicas tradicionais das guitarras elétricas). Essa execução foi descrita por muitos como a declaração da inquietude de uma geração da sociedade americana, e por outros como uma gozação antiamericana, estranhamente simbólica da beleza, espontaneidade e tragédia que estavam embutidas na vida de Hendrix. Foi uma execução inesquecível relembrada por gerações. Quando lhe foi perguntado no Dick Cavett Show se estava consciente de toda a polêmica que havia causado com a performance, Hendrix simplesmente declarou: "Eu achei que foi lindo."
1970
O Gypsy Suns and Rainbows teve vida curta, e Hendrix formou um novo trio com velhos amigos, o Band of Gypsys, com seu antigo companheiro de exército, Billy Cox, no baixo e Buddy Miles na bateria, para quatro memoráveis concertos na véspera do Ano Novo de 1969/1970. Felizmente os concertos foram gravados, capturando várias peças memoráveis, incluindo o que muitos acham ser uma das maiores performances ao vivo de Hendrix, uma explosiva execução de 12 minutos do seu épico antiguerra 'Machine Gun'.
No entanto, sua associação com Miles não foi muito longa, e terminou repentinamente durante um concerto no Madison Square Garden em 28 de Janeiro de 1970, quando Hendrix foi embora depois de tocar apenas duas músicas, dizendo à platéia: "Desculpem por não conseguirmos nos entender". Miles posteriormente declarou durante uma entrevista de TV que Hendrix sentia que estava perdendo evidência para outros músicos. Passou o resto daquele ano em gravações sempre que arranjasse tempo, frequentemente com Mitch Mitchell, e tentando levar adiante o projeto Rainbow Brigde, uma super ambiciosa combinação de filme/álbum/concerto no Havaí. Em 26 de Julho Hendrix tocou no Sick's Stadium, em sua cidade natal, Seattle.
Em Agosto ele tocou no Festival da Ilha de Wight com Mitchell e Cox, expressando desapontamento no palco em face do clamor de seus fãs por ouvir seus antigos sucessos, em lugar de suas novas idéias, mesmo tendo momentos memoráveis (inclusive Jimi Hendrix executando a clássica "Machine Gun", com 18 minutos). Em 6 de Setembro, durante sua última turnê européia, Hendrix foi recebido com vaias e zombarias por fãs, quanto se apresentou no Festival de Fehmarn, na Alemanha, em meio a uma atmosfera de baderna. O baixista Billy Cox deixou a turnê e retornou aos Estados Unidos depois de supostamente ter utilizado fenilciclidina (N.T. substância analgésica).
Antes da morte, mais tarde no mesmo ano, Hendrix iria começar um novo projeto, junto com o guitarrista e baixista Greg Lake (na época no King Crimson) e o tecladista Keith Emerson.
Greg, que acabava de deixar o King Crimson e Keith procuravam por um baterista e percursionista, e chegaram a conversar com Mitch Mitchell. O ex baterista do Jimi Hendrix Experience, Gypsy Suns And Rainbows e Band Of Gypsys recusou, mas passou a ideia para Hendrix, que aceitou. A banda, que iria então ser formada pelos três, iria encorporar também Carl Palmer, como baterista, e se chamaria HELP (Hendrix, Emerson, Lake & Palmer). Infelizmente, Jimi morreu, mas o projeto seguiu, formando a banda de rock progressivo Emerson, Lake & Palmer, que produziu grandes sucessos, como Lucky Man, From The Beginning, Stil... You Turn Me On, entre outros.
Morte
Jimi Hendrix morreu em Londres nas primeiras horas de 18 de Setembro de 1970, em circunstâncias que nunca foram completamente explicadas. Havia passado parte da noite anterior numa festa, onde a namorada Monika Dannemann o havia buscado, e ambos seguiram para o Hotel Samarkand, no número 22 da Lansdowne Crescent, em Notting Hill. Estimativas indicam que ele teria morrido pouco tempo depois.[18]
Dannemann alegou em seu depoimento original que Hendrix teria tomado (sem que ela soubesse), na noite anterior, nove comprimidos de um remédio para dormir que ela utilizava. De acordo com o médico que o atendeu inicialmente, Hendrix tinha se asfixiado (literalmente afogado) em seu próprio vômito, composto principalmente de vinho tinto.[18] Por anos Dannemann alegou publicamente que Hendrix ainda estava vivo quando o colocaram na ambulância; seus comentários sobre aquela manhã, no entanto, foram frequentemente contraditórios, e variaram de entrevista para entrevista.[19] Declarações de policiais e paramédicos revelam que não havia ninguém além de Hendrix no apartamento, e que não apenas ele estava morto quando chegaram à cena, mas também estava totalmente vestido, e já estava morto há algum tempo.[20]
As letras de uma canção composta por Hendrix e encontradas no apartamento levaram Eric Burdon a fazer um anúncio prematuro no programa 24 Hours, da BBC, de que Hendrix teria cometido suicídio.[21] Depois de um processo por difamação movido em 1996 pela namorada inglesa de Hendrix por anos, Kathy Etchingham, Monika Dannemann cometeu suicídio - embora seu último amante, Uli Jon Roth, tenha feito acusações de que ela teria sido assassinada.[22]
Legado
Parte do estilo único de Hendrix se deve ao fato dele ter sido um canhoto[23] que tocava uma guitarra para destros virada ao contrário . Embora ele tivesse e usasse diversos modelos de guitarra durante sua carreira (incluindo uma Gibson Flying V que ele decorara com motivos psicodélicos), sua guitarra preferida, e que será sempre associada a ele, era a Fender Stratocaster, ou "Strat". Ele comprou sua primeira Strat por volta de 1965, e usou-as quase constantemente durante o resto de sua vida.
Uma característica da Strat que Hendrix utilizou ao máximo foi a alavanca de trêmolo, patenteada pela Fender, que o habilitou a "entortar" notas e acordes inteiros sem que a guitarra saísse da afinação. O braço relativamente estreito da Strat, de fácil ação, foi também perfeito para o estilo envolvente de Hendrix e potencializou enormemente sua grande destreza - como pode ser visto em filmes e fotos, as mãos de Jimi eram tão grandes que lhe permitiam pressionar todas as seis cordas com apenas a parte de cima do seu polegar, e ele podia, pelo que dizem, tocar partes rítmicas e solos simultaneamente.
As Statocasters foram primeiramente popularizadas por Buddy Holly e pela banda britânica The Shadows, mas elas eram quase impossíveis de serem obtidas no Reino Unido até a metade da década de 60, devido às restrições de importação do pós-guerra. O surgimento de Hendrix coincidiu com o fim dessas restrições, e ele, de forma indiscutível, fez mais do que qualquer outro músico para tornar a Stratocaster a guitarra elétrica mais vendida na história. Anteriormente à sua chegada ao Reino Unido, a maioria dos músicos mais conhecidos utilizava guitarras Gibson e Rickenbacker, mas depois de Hendrix, quase todos os principais guitarristas, incluindo Jeff Beck e Eric Clapton, trocaram para as Fender Strats. Hendrix comprou várias Strats durante sua vida; ele deu várias de presente (incluindo uma dada ao guitarrista do ZZ Top Billy Gibbons), mas muitas outras foram roubadas e ele mesmo destruiu diversas delas em seus famosos rituais de queima da guitarra ao final dos shows.
As partes queimadas e quebradas de uma Stratocaster que ele destruiu no Miami Pop Festival em 1968 foram dadas a Frank Zappa, que mais tarde a reconstruiu e tocou com ela extensivamente durante os anos 70 e 80. Depois da morte de Zappa, a guitarra foi posta à venda pelo filho de Zappa, Dweezil. Em maio de 1992, Dweezil colocou a guitarra à leilão nos Estados Unidos, esperando faturar US$ 1 milhão de dólares, mas a venda não foi efetuada. Tentou novamente leiloá-la em Setembro, por 450 mil libras (em torno de 650 mil Euros), mas mais uma vez a venda não foi efetuada. A maior oferta feita por telefone, de 300 mil libras (em torno de 430 mil Euros) foi recusada. A lendária Strat branca de 1968 que Hendrix tocou no Woodstock foi vendida na Casa de Leilões Sotheby de Londres, em 1990, por £ 174 mil (em torno de 250 mil Euros). A guitarra foi re-vendida em 1993 por £ 750 mil.
Hendrix foi também um revolucionário no desenvolvimento da amplificação e dos efeitos com a guitarra moderna. Sua alta energia no palco e volume elevado com o qual tocava requeriam amplificadores robustos e potentes. Durante os primeiros meses de sua turnê inicial ele usou amplificadores Vox e Fender, mas ele rapidamente descobriu que eles não podiam aguentar o rigor de um show do Experience. Felizmente ele descobriu o alcance dos amplificadores de guitarra de alta potência fabricados pelo engenheiro de áudio inglês Jim Marshall e eles se mostraram perfeitos para as necessidades de Jimi. Assim como ocorreu com a Strat, Hendrix foi o principal promotor da popularidade das "Pilhas Marshall" e os amplificadores Marshall foram cruciais na modelagem do seu som pesado e saturado, habilitando-o a controlar o uso criativo de "feedback" (N.T. microfonia) como efeito musical.
Hendrix foi também constante na procura de novos efeitos de guitarra. Ele foi um dos primeiros guitarristas a se lançar além do palco a explorar por completo as totais possibilidades do pedal wah-wah. Ele também teve um associação muito proveitosa com o engenheiro Roger Mayer e fez uso extensivo de muitos dos dispositivos desenvolvidos por ele, incluindo a "Axis Fuzz Unit" , o "Octavia octavia doubler" e o "UniVibe", uma unidade de vibrato desenvolvida para simular eletronicamente os efeitos de modulação dos alto-falantes Leslie. O som de Hendrix era uma mistura única de alto volume e alta força, controle preciso do "feedback" e uma variação de efeitos de guitarra cortantes, especialmente a combinação "UniVibe"-"Octavia", que pode ser escutada na sua totalidade na versão ao vivo de 'Machine Gun' gravada pela 'Band of Gypsys'.
A despeito da sua agitada agenda de turnês e seu perfeccionismo notório, ele era também um produtivo artista que deixou mais de 300 gravações inéditas, além de seus três LPs oficiais e vários compactos. Ele se tornou lendário como um dos grandes músicos do rock da década de 60 que, tal como Janis Joplin, Jim Morrison e Brian Jones se lançaram para o estrelato, tiveram sucesso por apenas uns poucos anos, e morreram ainda jovens.
Lançamentos póstumos
Depois da morte de Hendrix, centenas de gravações inéditas começaram a surgir. O produtor Alan Douglas causou controvérsia quando supervisionou a mixagem, remasterização e lançamento de dois álbuns de material importante que Hendrix deixara para trás em diferentes estados de finalização. São os LPs "Crash Landing" e "Midnight Lightning", e embora eles contenham várias faixas importantes, são álbuns considerados de qualidade abaixo do padrão; é quase certo que Jimi não os teria aprovado para lançamento se estivesse vivo.
Em 1972, o produtor britânico Joe Boyd montou um excelente filme documentário sobre a vida de Hendrix, que ficou em cartaz em cinemas ao redor do mundo por muitos anos. A trilha sonora dupla do filme, que incluía apresentações ao vivo em Monterey, Berkeley e Ilha de Wight é, provavelmente, a melhor das realizações póstumas.
Outro LP surgido nos anos 70 que valeu a pena foi a compilação ao vivo 'Hendrix In the West', que consiste de uma seleção das melhores gravações ao vivo em solo americano dos últimos dois anos de sua vida, incluindo uma brilhante execução da favorita nos concertos, a música "Red House".
Embora o filme em si seja geralmente considerado pouco interessante, a trilha de 'Rainbow Bridge' prova que realmente é um item que vale a pena, e agora é item de colecionador. Ela inclui várias faixas que eram destinadas ao projeto de lançamento do quarto disco de estúdio de Hendrix, 'First Rays of the New Rising Sun', a sequência não completada de Eletric Ladyland. Essas faixas de estúdio, incluindo Dolly Dagger, Earth Blues, Room Full of Mirrors e a melancólica instrumental Pali Gap, mostram Hendrix avançando suas técnicas no estúdio a novos níveis, assim como absorvendo influências de "Soul" contemporâneo e do "Funk" de James Brown, Sly & The Family Stone e George Clinton[24].
O LP da trilha sonora de 'Rainbow Bridge' se destaca pela extensa versão ao vivo de outra das melhores apresentações de Hendrix, a versão elétrica de dez minutos do "stardard" do blues 'Hear My Train A Comin'. Ele gravou originalmente essa música em 1967 para um filme promocional, tocando-a em caráter improvisado num blues ao estilo do "Delta" em um violão de 12 cordas emprestado. A versão eletrificada de 1970 (que permanece ao lado de 'Machine Gun' como sendo uma das suas melhores gravações ao vivo) mostra a música transformada, quase irreconhecivel; como 'Machine Gun', ela apresenta todos os elementos clássicos e algumas inspiradas improvisações do som elétrico de Hendrix. A faixa foi gravada ao vivo em um concerto no Centro Comunitário de Berkeley, na Califórnia; um pequeno trecho filmado dessa apresentação ao vivo foi também incluída no filme "Jimi Plays Berkeley".
O interesse por Hendrix diminuiu um pouco nos anos 80, mas com o advento do CD, a Polygram e a Warner-Reprise começaram a relançar muitas das gravações de Hendrix em CD no fim dos anos 80 e início dos 90. Os primeiros relançamentos da Polygram foram de baixa qualidade e Eletric Ladyland teve prejuízo particular, sendo evidente a transferência das fitas originais do LP, com as faixas colocadas fora da sua ordem correta. Isso refletiu na ordem original do LP, um artefato dos dias em que os LPs duplos eram prensados com os lados um e três em um LP e e os lados dois e quatro no outro LP, para que os discos pudessem ser colocados em uma vitrola automática e tocados em sequência direto, somente trocando-os de lado uma vez.
A Polygram lançou em seguida um conjunto duplo de 8 CDs de qualidade superior com as faixas de estúdio em um conjunto de 4 CDs, e as apresentações ao vivo em outro. Isto foi seguido pelo lançamento de um conjunto de 4 Cds de apresentações ao vivo pela Reprise. Um documentário de áudio, originalmente feito para rádio e mais tarde lançado em 4 CDs também foi lançado por essa época e incluía muito material inédito.
No final dos anos 90, depois que o pai de Hendrix recuperou o controle sobre a propriedade de seu filho, ele e sua filha Janie estabeleceram a companhia "Experience Hendrix" para promover e cuidar de todo o extenso legado de gravações de Jimi. Trabalhando em colaboração com com engenheiro original de Jimi, Eddie Kramer, a companhia iniciou um extenso programa de relançamentos, incluindo edições totalmente remasterizadas dos álbums de estúdio e CDs de compilações de faixas remixadas e remasterizadas destinadas ao álbum 'First Rays of New Rising Sun'. Em 1994, foi lançado a compilação chamada Blues. Em 1999, em comemoração ao aniversário de 30 anos do Festival de Woodstock, foi lançado o álbum duplo Live at Woodstock.
Até agora, a companhia "Experience Hendrix" faturou mais de US$ 44 milhões de dólares em gravações e "merchandising" associado.
Equipamentos de Jimi Hendrix
Amplificador
Marshall Plexi 1959 de 100 Watts
Seu equipamento de amplificação consistia geralmente de seis caixas Marshall 4x12, um monitor 4x12 e quatro amplificadores Marshall de 100 watts, "envenenados". O pessoal da técnica costumava ter dificuldades em manter seu equipamento funcionando em turnês, porque ele ligava tudo no máximo, sobrecarregando muito além dos limites, e freqüentemente atacava o equipamento.
Efeitos
Thomas Organ/Vox Wah-Wah, Crybaby Wah Wah(Jim Dunlop), Roger Mayer Octavia, Dallas Arbiter Fuzz Face, Uni-Vox Uni-Vibe. Um de seus maiores efeitos musicais foi quando estreou a musica "Hey Joe" em um show e, ao invés de usar as mãos, usou os dentes.
Discografia
The Jimi Hendrix Experience
Are You Experienced (1967)
Axis: Bold as Love (1967)
Electric Ladyland (1968)
Jimi Hendrix/Band of Gypsys
Band of Gypsys (1970)
Álbuns póstumos
The Cry of Love (1971)
Rainbow Bridge (1971)
War Heroes (1972)
Loose Ends (1974)
Blues (2000)
Valleys of Neptune (2010)
O guitarrista mexicano Carlos Santana sugeriu que a música de Hendrix poderia ter sido influenciada por sua herança parcialmente indígena.[15] Como produtor musical, Hendrix também inovou ao usar o estúdio de gravação como uma extensão de suas ideias musicais. Foi um dos primeiros a experimentar com a estereofonia e phasing em gravações de rock.
Hendrix conquistou diversos dos mais prestigiosos prêmios concedidos a artistas de rock durante sua vida, e recebeu diversos outros postumamente, incluindo sua confirmação no Hall da Fama do Rock and Roll americano, em 1992, e no Hall da Fama da Música do Reino Unido, em 2005. Uma blue plaque (placa azul) foi erguida, com seu nome, diante de sua antiga residência, na Brook Street, de Londres, em setembro de 1997. Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood (Hollywood Boulevard, 6627) foi dedicada a ele em 1994. Em 2006 seu álbum de estreia nos Estados Unidos, Are You Experienced, foi inserido no Registro Nacional de Gravações, e a revista Rolling Stone o classificou como o melhor guitarrista na sua lista de 100 maiores guitarristas de todos os tempos, em 2003.[16] Hendrix também foi a primeira pessoa a fazer parte do Hall da Fama da Música Nativo-Americana.
Juventude
Nascido em Seattle, Washington, Hendrix cresceu tímido e sensível, tendo de ser o responsável por cuidar de seu irmão mais novo, Leon Hendrix, profundamente afetado por problemas familiares, tais como o divórcio dos seus pais em 1951 e a morte de sua mãe em 1958, quando ele tinha apenas 16 anos. Era muito afeiçoado à sua avó materna, que possuía sangue cherokee, e que incutiu no jovem Jimi um forte sentido de orgulho de seus ancestrais nativos norte-americanos. No mesmo ano, o seu pai, chamado Al Hendrix, deu-lhe um ukelele (instrumento de 4 cordas, introduzido no Havaí pelos portugueses no século XVII), e posteriormente comprou, por apenas US$ 5 dólares, uma guitarra acústica, pondo-o no caminho da sua futura vocação.
Depois de tocar com várias bandas locais de Seattle, Hendrix alistou-se ao exército, juntando-se à 101-a Divisão Aerotransportada (101st Airborne Division) baseada em Fort Campbell, Kentucky, a 80 km da cidade de Nashville, no Tennessee, como pára-quedista. Ali ele serviu por menos de 1 ano e recebeu dispensa médica após fraturar o tornozelo em um salto. Mais tarde ele diria que o som do ar assobiando no pára-quedas era uma das fontes de inspiração para o seu som "espacial" na guitarra.
Não há nenhum registo médico no exército americano sobre a dispensa de Hendrix. Em 2005, Charles Cross, que foi autor da biografia do líder do Nirvana, Kurt Cobain, publicou no seu livro "Room Full of Mirrors", que o guitarrista alegou estar apaixonado por um dos seus colegas do seu agrupamento, numa visita ao serviço psiquiátrico em 1962, em Fort Campbell (Estado do Kentucky). Aquilo era mentira, segundo Cross, que relata a preferência do músico por mulheres. "Ele queria apenas escapar do exército para se dedicar à música."
Hendrix, que se alistou como voluntário para a guerra do Vietnã, nunca esteve em combate, porém as suas gravações tornaram-se as favoritas entre os soldados que lá lutavam. Inicialmente levou uma vida precária tocando em bandas de apoio a músicos de soul e blues como Curtis Knight, B. B. King, e Little Richard em 1965. Sua primeira aparição destacada foi com os Isley Brothers, principalmente no "Testify" em 1964.
Carreira
Em 14 de outubro de 1965, Hendrix assinou um contrato de gravação por três anos com o empresário Ed Chaplin, recebendo US$1 e 1% de direitos em gravações com Curtis Knight. Este contrato causou mais tarde sérios problemas entre Hendrix e outras companhias de gravação[carece de fontes?].
Por volta de 1966, ele já tinha sua própria banda, Jimmy James and the Blue Flames (que incluia Randy Califórnia, mais tarde guitarrista do Spirit) e uma residência no Cafe Wha?, localizado na cidade de Nova Iorque. Foi durante este período que Hendrix conheceu e trabalhou com a cantora e guitarrista Ellen McIlwaine e também com o guitarrista Jeff "Skunk" Baxter (mais tarde integrante dos grupos Steely Dan e The Doobie Brothers) assim como o iconoclasta Frank Zappa, cuja banda The Mothers of Invention tocava no Garrick Theatre, no Greenwich Village novaiorquino. Foi Zappa que apresentou Hendrix ao recém-criado pedal de "wah-wah", um pedal de efeito sonoro do qual Hendrix rapidamente se tornou mestre notável e que se transformou em parte integrante de sua música.
Foi enquanto tocava com o "The Blue Flames" no Cafe Wha? que Hendrix foi descoberto por Chas Chandler, baixista do famoso grupo de rock britânico The Animals. Chandler levou-o para a Inglaterra, levou-o a um contrato de agenciamento e produção com seu produtor musical e ajudou-o a formar uma nova banda, The Jimi Hendrix Experience, com o baixista Noel Redding e o percussionista Mitch Mitchell.
Durante as suas primeiras apresentações em clubes de Londres, o nome da nova estrela espalhou-se como fogo pela indústria musical britânica. Os seus shows e musicalidade criaram fãs rapidamente, entre eles os guitarristas Eric Clapton e Jeff Beck, assim como os Beatles e o The Who, cujos produtores imediatamente encaminharam Hendrix para o selo que produzia o The Who: a Track Records. O primeiro "single" desta parceria, uma regravação de "Hey Joe", se tornou quase que um padrão para as bandas de rock da época.
Mais sucesso veio em seguida, com a incendiária "Purple Haze" e a balada "The Wind Cries Mary". Estas duas e ainda "Hey Joe" chegaram na época ao chamado "Top 10". Agora, finalmente estabelecido no Reino Unido como importante estrela de rock, Hendrix e sua namorada Kathy Etchingham mudaram-se para uma casa no centro de Londres, que um dia pertencera ao compositor barroco Georg Friedrich Händel (antigo compositor clássico).
1967
Em 1967, o grupo, formado por Hendrix na guitarra e vocal, Noel Redding no baixo,eventualmente guitarra e vocais base, e Mitch Mitchell, na bateria, percussão e backing vocals lança seu primeiro álbum, Are You Experienced?, cuja mistura de baladas ("Remember"), pop-rock ("Fire"), psicodelia ("Third Stone from the Sun"), e blues tradicional ("Red House") seria uma espécie de amostra de seu trabalho posterior. O álbum fez muito sucesso, que só não alcançou o número 1 porque foi barrado pelo Sgt Peppers Lonely Heart Club Band dos The Beatles. O álbum é considerado por muitos o melhor debut álbum de todos os tempos, e foi eleito o quinto álbum mais importante da era do rock pela VH1 em 2001, além de estar em décimo quinto lugar na lista da revista Rolling Stones na categoria 500 Greatest Albums Of All Time (tradução livre: Os 500 melhores álbuns de todos os tempos). Outra edição da revista, publicada anos anteriormente em 1987, consagrou o álbum sendo o quinto na categoria Melhores Álbuns dos últimos 20 anos. O álbum está também incluso no livro 1001 Álbuns para você ouvir antes de morrer.
Hendrix foi levado para o hospital com queimaduras depois de pôr fogo em sua guitarra pela primeira vez no Astoria Theatre, em Londres, em 31 de março daquele ano. Ele foi posteriormente advertido pelo administrador do Rank Theatre management para controlar suas exibições no palco depois de danificar os amplificadores e outros equipamentos no palco.
Com o forte apelo de Paul McCartney, integrante do "Festival Pop de Monterey" (Monterey Pop Festival), o Jimi Hendrix Experience foi agendado para apresentar-se naquele festival, e o concerto, onde ficou notória a imagem de Hendrix pondo fogo e quebrando sua guitarra, foi imortalizado pelo cineasta D.A. Pennebaker no filme Monterey Pop. O festival de Monterey foi um triunfante retorno. E foi seguido de uma abortada apresentação de abertura para o grupo pop The Monkees, em sua primeira turnê americana.
Os Monkees pediram a presença de Hendrix simplesmente por serem seus fãs. Infelizmente, porém, a sua platéia predominantemente adolescente não se interessou pelas bizarras apresentações de Hendrix no palco, e ele abruptamente interrompeu a digressão depois de algum tempo, exatamente quando "Purple Haze" começava a estourar nas paradas norte-americanas. Chas Chandler mais tarde admitiu que ter "caído fora" da turnê dos Monkees foi planejado para ganhar o máximo de impacto de mídia e de afronta para Hendrix. Na época, circulou uma história afirmando que Hendrix tinha sido retirado da digressão devido a reclamações de que sua conduta no palco era "lasciva e indecente", reclamações estas que teriam sido feitas pela organização conservadora de mulheres Daughters of the American Revolution. De fato, a história era falsa: a coisa foi forjada pela jornalista australiana Lillian Roxon, a qual acompanhava a turnê junto com o namorado e cantor Lynne Randell, outro coadjuvante. A afirmação foi zombeteiramente repetida na famosa Rock Encyclopedia de Roxton em 1969, porém mais tarde ela admitiu que a coisa foi fabricada.
Enquanto isso, de volta à Inglaterra, sua imagem de "selvagem" e de cheio de recursos para chamar atenção (tal como tocar a guitarra com os dentes e com ela às costas) continuava a trazer-lhe notoriedade, apesar de ele ter começado a se sentir mais e mais frustrado, devido à concentração da mídia e das platéias em suas atuações no palco e em seus primeiros sucessos, e pela crescente dificuldade em ter suas músicas novas também aceitas.
No mesmo ano, o grupo lança seu segundo álbum, Axis: Bold as Love, que continuou o estilo estabelecido por Are You Experienced, com faixas como Little Wing e If 6 Was 9, mostrando a continuidade de sua habilidade com a guitarra. No entanto, um percalço quase impediu o lançamento do álbum — Hendrix perdeu a fita com a gravação master do lado 1 do LP depois de acidentalmente tê-la esquecido num táxi. Com a proximidade do prazo fatal de lançamento, Hendrix, Chandler e o engenheiro de som Eddie Kramer foram forçados a fazer às pressas uma remixagem a partir das gravações multi-canais, o que eles conseguiram terminar numa verdadeira maratona noturna. Esta foi a versão lançada em dezembro de 1967, apesar de Kramer e Hendrix mais tarde terem dito que nunca ficaram totalmente satisfeitos com o resultado final.
1968
Por volta dessa época, desavenças pessoais com Noel Redding, combinadas com a influência das drogas, álcool e fadiga, conduziram a uma problemática digressão na Escandinávia. A 4 de janeiro de 1968, Hendrix foi preso pela polícia de Estocolmo, após ter destruído completamente um quarto de hotel num ataque de fúria devido à embriaguez.
A terceira gravação da banda, o álbum duplo Electric Ladyland 1968, era mais ecléctico e experimental, incluindo uma longa seção de blues ("Voodoo Child"), a "jazzística" "Rainy Day, Dream Away"/"Still Raining, Still Dreaming" e aquela que é provavelmente a versão mais conhecida da música de Bob Dylan "All Along the Watchtower".
A gravação do álbum foi extremamente problemática. Hendrix se decidira por voltar aos EUA e, frustrado pelas limitações da gravação comercial, decidiu criar seu próprio estúdio em Nova Iorque, no qual teria espaço ilimitado para desenvolver sua música. A construção do estúdio, batizado de "Electric Lady" foi cheia de problemas, e o mesmo só foi concluído em meados de 1970.
O trabalho antes disciplinado de Hendrix estava a tornar-se errático, e as suas intermináveis sessões de gravação repletas de aproveitadores finalmente fizeram com que Chas Chandler pedisse demissão em 1 de dezembro de 1968. Chandler posteriormente se queixou da insistência de Hendrix em repetir tomadas de gravação a cada música (a música Gypsy Eyes aparentemente teve 43 tomadas, e ainda assim Hendrix não ficou satisfeito com o resultado) combinado com o que Chas viu com uma incoerência causada por drogas, fez com que ele vendesse sua parte no negócio a seu parceiro Mike Jefferey. O perfeccionismo de Hendrix no estúdio era uma marca - comenta-se que ele fez o guitarrista Dave Mason tocar 20 vezes o acompanhamento de guitarra de All Along The Watchtower - e ainda assim ele sempre estava inseguro quanto a sua voz, e muitas vezes gravava seus vocais escondido no estúdio.
Muitos críticos hoje crêem que Mike Jefferey teve uma influência negativa na vida e na carreira de Hendrix. Comenta-se que Jefferey (que foi anteriormente empresário da banda The Animals) desviou boa parte do dinheiro que Hendrix ganhou durante a vida, depositando-o secretamente em contas no exterior. Também se crê que Jefferey tinha fortes ligações com os serviços de inteligência (ele se dizia agente secreto) e com a Máfia.
Apesar das dificuldades de sua gravação, muitas das faixas do álbum mostram a visão de Hendrix se expandindo para além do escopo do trio original (diz-se que este disco ajudou a inspirar o som de Miles Davis em Bitches Brew) e vendo-o colaborar com uma gama de músicos um tanto desconhecidos, incluindo Dave Mason, Chris Wood e Steve Winwood (da banda Traffic), ou o percussionista Buddy Miles e o ex-organista de Bob Dylan, Al Kooper.
1969
A expansão de seus horizontes musicais foi acompanhada por uma deterioração no seu relacionamento com os colegas de banda (particularmente com Redding), e o Experience se desfez durante 1969. Suas relações com o público também vieram a tona quando em 4 de Janeiro de 1969 ele foi acusado por produtores de televisão de ser arrogante, após tocar uma versão improvisada de "Sunshine of your Love" durante sua participação remunerada no show da BBC1, Happening for Lulu
Em 3 de Maio ele foi preso no Aeroporto Internacional de Toronto depois que uma quantidade de heroína foi descoberta em sua bagagem. Ele foi mais tarde posto em liberdade depois de pagar uma fiança de 10.000 dólares. Quando o caso foi a julgamento Hendrix foi absolvido, afirmando com sucesso que as drogas foram postas em sua bolsa por um fã sem o seu conhecimento. Em 29 de Junho, Noel Redding formalmente anunciou à mídia que havia deixado o Jimi Hendrix Experience, embora ele de fato já houvesse deixado de trabalhar com Hendrix durante a maioria das gravações de Eletric Ladyland.
Em Agosto de 1969, no entanto, Hendrix formou uma nova banda, chamada Gypsy Suns and Rainbows, para tocar no Festival de Woodstock. Ela tinha Hendrix na guitarra, Billy Cox no baixo, Mitch Mitchell na bateria, Larry Lee na guitarra base e Jerry Velez e Juma Sultan na bateria e percussão. O show, apesar de notoriamente sem ensaio e desigual na performance (Hendrix estava, dizem, sob o efeito de uma dose potente de LSD tomada pouco antes de subir ao palco) e tocado para uma platéia celebrante que se esvaziava lentamente, possui uma extraordinária versão instrumental improvisada do hino nacional norte-americano, The Star-Spangled Banner, distorcida e quase irreconhecivél e acompanhada de sons de guerra, como metralhadoras e bombas, produzidos por Hendrix em sua guitarra (a criação desses efeitos foi inovadora, expandindo para além das técnicas tradicionais das guitarras elétricas). Essa execução foi descrita por muitos como a declaração da inquietude de uma geração da sociedade americana, e por outros como uma gozação antiamericana, estranhamente simbólica da beleza, espontaneidade e tragédia que estavam embutidas na vida de Hendrix. Foi uma execução inesquecível relembrada por gerações. Quando lhe foi perguntado no Dick Cavett Show se estava consciente de toda a polêmica que havia causado com a performance, Hendrix simplesmente declarou: "Eu achei que foi lindo."
1970
O Gypsy Suns and Rainbows teve vida curta, e Hendrix formou um novo trio com velhos amigos, o Band of Gypsys, com seu antigo companheiro de exército, Billy Cox, no baixo e Buddy Miles na bateria, para quatro memoráveis concertos na véspera do Ano Novo de 1969/1970. Felizmente os concertos foram gravados, capturando várias peças memoráveis, incluindo o que muitos acham ser uma das maiores performances ao vivo de Hendrix, uma explosiva execução de 12 minutos do seu épico antiguerra 'Machine Gun'.
No entanto, sua associação com Miles não foi muito longa, e terminou repentinamente durante um concerto no Madison Square Garden em 28 de Janeiro de 1970, quando Hendrix foi embora depois de tocar apenas duas músicas, dizendo à platéia: "Desculpem por não conseguirmos nos entender". Miles posteriormente declarou durante uma entrevista de TV que Hendrix sentia que estava perdendo evidência para outros músicos. Passou o resto daquele ano em gravações sempre que arranjasse tempo, frequentemente com Mitch Mitchell, e tentando levar adiante o projeto Rainbow Brigde, uma super ambiciosa combinação de filme/álbum/concerto no Havaí. Em 26 de Julho Hendrix tocou no Sick's Stadium, em sua cidade natal, Seattle.
Em Agosto ele tocou no Festival da Ilha de Wight com Mitchell e Cox, expressando desapontamento no palco em face do clamor de seus fãs por ouvir seus antigos sucessos, em lugar de suas novas idéias, mesmo tendo momentos memoráveis (inclusive Jimi Hendrix executando a clássica "Machine Gun", com 18 minutos). Em 6 de Setembro, durante sua última turnê européia, Hendrix foi recebido com vaias e zombarias por fãs, quanto se apresentou no Festival de Fehmarn, na Alemanha, em meio a uma atmosfera de baderna. O baixista Billy Cox deixou a turnê e retornou aos Estados Unidos depois de supostamente ter utilizado fenilciclidina (N.T. substância analgésica).
Antes da morte, mais tarde no mesmo ano, Hendrix iria começar um novo projeto, junto com o guitarrista e baixista Greg Lake (na época no King Crimson) e o tecladista Keith Emerson.
Greg, que acabava de deixar o King Crimson e Keith procuravam por um baterista e percursionista, e chegaram a conversar com Mitch Mitchell. O ex baterista do Jimi Hendrix Experience, Gypsy Suns And Rainbows e Band Of Gypsys recusou, mas passou a ideia para Hendrix, que aceitou. A banda, que iria então ser formada pelos três, iria encorporar também Carl Palmer, como baterista, e se chamaria HELP (Hendrix, Emerson, Lake & Palmer). Infelizmente, Jimi morreu, mas o projeto seguiu, formando a banda de rock progressivo Emerson, Lake & Palmer, que produziu grandes sucessos, como Lucky Man, From The Beginning, Stil... You Turn Me On, entre outros.
Morte
Jimi Hendrix morreu em Londres nas primeiras horas de 18 de Setembro de 1970, em circunstâncias que nunca foram completamente explicadas. Havia passado parte da noite anterior numa festa, onde a namorada Monika Dannemann o havia buscado, e ambos seguiram para o Hotel Samarkand, no número 22 da Lansdowne Crescent, em Notting Hill. Estimativas indicam que ele teria morrido pouco tempo depois.[18]
Dannemann alegou em seu depoimento original que Hendrix teria tomado (sem que ela soubesse), na noite anterior, nove comprimidos de um remédio para dormir que ela utilizava. De acordo com o médico que o atendeu inicialmente, Hendrix tinha se asfixiado (literalmente afogado) em seu próprio vômito, composto principalmente de vinho tinto.[18] Por anos Dannemann alegou publicamente que Hendrix ainda estava vivo quando o colocaram na ambulância; seus comentários sobre aquela manhã, no entanto, foram frequentemente contraditórios, e variaram de entrevista para entrevista.[19] Declarações de policiais e paramédicos revelam que não havia ninguém além de Hendrix no apartamento, e que não apenas ele estava morto quando chegaram à cena, mas também estava totalmente vestido, e já estava morto há algum tempo.[20]
As letras de uma canção composta por Hendrix e encontradas no apartamento levaram Eric Burdon a fazer um anúncio prematuro no programa 24 Hours, da BBC, de que Hendrix teria cometido suicídio.[21] Depois de um processo por difamação movido em 1996 pela namorada inglesa de Hendrix por anos, Kathy Etchingham, Monika Dannemann cometeu suicídio - embora seu último amante, Uli Jon Roth, tenha feito acusações de que ela teria sido assassinada.[22]
Legado
Parte do estilo único de Hendrix se deve ao fato dele ter sido um canhoto[23] que tocava uma guitarra para destros virada ao contrário . Embora ele tivesse e usasse diversos modelos de guitarra durante sua carreira (incluindo uma Gibson Flying V que ele decorara com motivos psicodélicos), sua guitarra preferida, e que será sempre associada a ele, era a Fender Stratocaster, ou "Strat". Ele comprou sua primeira Strat por volta de 1965, e usou-as quase constantemente durante o resto de sua vida.
Uma característica da Strat que Hendrix utilizou ao máximo foi a alavanca de trêmolo, patenteada pela Fender, que o habilitou a "entortar" notas e acordes inteiros sem que a guitarra saísse da afinação. O braço relativamente estreito da Strat, de fácil ação, foi também perfeito para o estilo envolvente de Hendrix e potencializou enormemente sua grande destreza - como pode ser visto em filmes e fotos, as mãos de Jimi eram tão grandes que lhe permitiam pressionar todas as seis cordas com apenas a parte de cima do seu polegar, e ele podia, pelo que dizem, tocar partes rítmicas e solos simultaneamente.
As Statocasters foram primeiramente popularizadas por Buddy Holly e pela banda britânica The Shadows, mas elas eram quase impossíveis de serem obtidas no Reino Unido até a metade da década de 60, devido às restrições de importação do pós-guerra. O surgimento de Hendrix coincidiu com o fim dessas restrições, e ele, de forma indiscutível, fez mais do que qualquer outro músico para tornar a Stratocaster a guitarra elétrica mais vendida na história. Anteriormente à sua chegada ao Reino Unido, a maioria dos músicos mais conhecidos utilizava guitarras Gibson e Rickenbacker, mas depois de Hendrix, quase todos os principais guitarristas, incluindo Jeff Beck e Eric Clapton, trocaram para as Fender Strats. Hendrix comprou várias Strats durante sua vida; ele deu várias de presente (incluindo uma dada ao guitarrista do ZZ Top Billy Gibbons), mas muitas outras foram roubadas e ele mesmo destruiu diversas delas em seus famosos rituais de queima da guitarra ao final dos shows.
As partes queimadas e quebradas de uma Stratocaster que ele destruiu no Miami Pop Festival em 1968 foram dadas a Frank Zappa, que mais tarde a reconstruiu e tocou com ela extensivamente durante os anos 70 e 80. Depois da morte de Zappa, a guitarra foi posta à venda pelo filho de Zappa, Dweezil. Em maio de 1992, Dweezil colocou a guitarra à leilão nos Estados Unidos, esperando faturar US$ 1 milhão de dólares, mas a venda não foi efetuada. Tentou novamente leiloá-la em Setembro, por 450 mil libras (em torno de 650 mil Euros), mas mais uma vez a venda não foi efetuada. A maior oferta feita por telefone, de 300 mil libras (em torno de 430 mil Euros) foi recusada. A lendária Strat branca de 1968 que Hendrix tocou no Woodstock foi vendida na Casa de Leilões Sotheby de Londres, em 1990, por £ 174 mil (em torno de 250 mil Euros). A guitarra foi re-vendida em 1993 por £ 750 mil.
Hendrix foi também um revolucionário no desenvolvimento da amplificação e dos efeitos com a guitarra moderna. Sua alta energia no palco e volume elevado com o qual tocava requeriam amplificadores robustos e potentes. Durante os primeiros meses de sua turnê inicial ele usou amplificadores Vox e Fender, mas ele rapidamente descobriu que eles não podiam aguentar o rigor de um show do Experience. Felizmente ele descobriu o alcance dos amplificadores de guitarra de alta potência fabricados pelo engenheiro de áudio inglês Jim Marshall e eles se mostraram perfeitos para as necessidades de Jimi. Assim como ocorreu com a Strat, Hendrix foi o principal promotor da popularidade das "Pilhas Marshall" e os amplificadores Marshall foram cruciais na modelagem do seu som pesado e saturado, habilitando-o a controlar o uso criativo de "feedback" (N.T. microfonia) como efeito musical.
Hendrix foi também constante na procura de novos efeitos de guitarra. Ele foi um dos primeiros guitarristas a se lançar além do palco a explorar por completo as totais possibilidades do pedal wah-wah. Ele também teve um associação muito proveitosa com o engenheiro Roger Mayer e fez uso extensivo de muitos dos dispositivos desenvolvidos por ele, incluindo a "Axis Fuzz Unit" , o "Octavia octavia doubler" e o "UniVibe", uma unidade de vibrato desenvolvida para simular eletronicamente os efeitos de modulação dos alto-falantes Leslie. O som de Hendrix era uma mistura única de alto volume e alta força, controle preciso do "feedback" e uma variação de efeitos de guitarra cortantes, especialmente a combinação "UniVibe"-"Octavia", que pode ser escutada na sua totalidade na versão ao vivo de 'Machine Gun' gravada pela 'Band of Gypsys'.
A despeito da sua agitada agenda de turnês e seu perfeccionismo notório, ele era também um produtivo artista que deixou mais de 300 gravações inéditas, além de seus três LPs oficiais e vários compactos. Ele se tornou lendário como um dos grandes músicos do rock da década de 60 que, tal como Janis Joplin, Jim Morrison e Brian Jones se lançaram para o estrelato, tiveram sucesso por apenas uns poucos anos, e morreram ainda jovens.
Lançamentos póstumos
Depois da morte de Hendrix, centenas de gravações inéditas começaram a surgir. O produtor Alan Douglas causou controvérsia quando supervisionou a mixagem, remasterização e lançamento de dois álbuns de material importante que Hendrix deixara para trás em diferentes estados de finalização. São os LPs "Crash Landing" e "Midnight Lightning", e embora eles contenham várias faixas importantes, são álbuns considerados de qualidade abaixo do padrão; é quase certo que Jimi não os teria aprovado para lançamento se estivesse vivo.
Em 1972, o produtor britânico Joe Boyd montou um excelente filme documentário sobre a vida de Hendrix, que ficou em cartaz em cinemas ao redor do mundo por muitos anos. A trilha sonora dupla do filme, que incluía apresentações ao vivo em Monterey, Berkeley e Ilha de Wight é, provavelmente, a melhor das realizações póstumas.
Outro LP surgido nos anos 70 que valeu a pena foi a compilação ao vivo 'Hendrix In the West', que consiste de uma seleção das melhores gravações ao vivo em solo americano dos últimos dois anos de sua vida, incluindo uma brilhante execução da favorita nos concertos, a música "Red House".
Embora o filme em si seja geralmente considerado pouco interessante, a trilha de 'Rainbow Bridge' prova que realmente é um item que vale a pena, e agora é item de colecionador. Ela inclui várias faixas que eram destinadas ao projeto de lançamento do quarto disco de estúdio de Hendrix, 'First Rays of the New Rising Sun', a sequência não completada de Eletric Ladyland. Essas faixas de estúdio, incluindo Dolly Dagger, Earth Blues, Room Full of Mirrors e a melancólica instrumental Pali Gap, mostram Hendrix avançando suas técnicas no estúdio a novos níveis, assim como absorvendo influências de "Soul" contemporâneo e do "Funk" de James Brown, Sly & The Family Stone e George Clinton[24].
O LP da trilha sonora de 'Rainbow Bridge' se destaca pela extensa versão ao vivo de outra das melhores apresentações de Hendrix, a versão elétrica de dez minutos do "stardard" do blues 'Hear My Train A Comin'. Ele gravou originalmente essa música em 1967 para um filme promocional, tocando-a em caráter improvisado num blues ao estilo do "Delta" em um violão de 12 cordas emprestado. A versão eletrificada de 1970 (que permanece ao lado de 'Machine Gun' como sendo uma das suas melhores gravações ao vivo) mostra a música transformada, quase irreconhecivel; como 'Machine Gun', ela apresenta todos os elementos clássicos e algumas inspiradas improvisações do som elétrico de Hendrix. A faixa foi gravada ao vivo em um concerto no Centro Comunitário de Berkeley, na Califórnia; um pequeno trecho filmado dessa apresentação ao vivo foi também incluída no filme "Jimi Plays Berkeley".
O interesse por Hendrix diminuiu um pouco nos anos 80, mas com o advento do CD, a Polygram e a Warner-Reprise começaram a relançar muitas das gravações de Hendrix em CD no fim dos anos 80 e início dos 90. Os primeiros relançamentos da Polygram foram de baixa qualidade e Eletric Ladyland teve prejuízo particular, sendo evidente a transferência das fitas originais do LP, com as faixas colocadas fora da sua ordem correta. Isso refletiu na ordem original do LP, um artefato dos dias em que os LPs duplos eram prensados com os lados um e três em um LP e e os lados dois e quatro no outro LP, para que os discos pudessem ser colocados em uma vitrola automática e tocados em sequência direto, somente trocando-os de lado uma vez.
A Polygram lançou em seguida um conjunto duplo de 8 CDs de qualidade superior com as faixas de estúdio em um conjunto de 4 CDs, e as apresentações ao vivo em outro. Isto foi seguido pelo lançamento de um conjunto de 4 Cds de apresentações ao vivo pela Reprise. Um documentário de áudio, originalmente feito para rádio e mais tarde lançado em 4 CDs também foi lançado por essa época e incluía muito material inédito.
No final dos anos 90, depois que o pai de Hendrix recuperou o controle sobre a propriedade de seu filho, ele e sua filha Janie estabeleceram a companhia "Experience Hendrix" para promover e cuidar de todo o extenso legado de gravações de Jimi. Trabalhando em colaboração com com engenheiro original de Jimi, Eddie Kramer, a companhia iniciou um extenso programa de relançamentos, incluindo edições totalmente remasterizadas dos álbums de estúdio e CDs de compilações de faixas remixadas e remasterizadas destinadas ao álbum 'First Rays of New Rising Sun'. Em 1994, foi lançado a compilação chamada Blues. Em 1999, em comemoração ao aniversário de 30 anos do Festival de Woodstock, foi lançado o álbum duplo Live at Woodstock.
Até agora, a companhia "Experience Hendrix" faturou mais de US$ 44 milhões de dólares em gravações e "merchandising" associado.
Equipamentos de Jimi Hendrix
Amplificador
Marshall Plexi 1959 de 100 Watts
Seu equipamento de amplificação consistia geralmente de seis caixas Marshall 4x12, um monitor 4x12 e quatro amplificadores Marshall de 100 watts, "envenenados". O pessoal da técnica costumava ter dificuldades em manter seu equipamento funcionando em turnês, porque ele ligava tudo no máximo, sobrecarregando muito além dos limites, e freqüentemente atacava o equipamento.
Efeitos
Thomas Organ/Vox Wah-Wah, Crybaby Wah Wah(Jim Dunlop), Roger Mayer Octavia, Dallas Arbiter Fuzz Face, Uni-Vox Uni-Vibe. Um de seus maiores efeitos musicais foi quando estreou a musica "Hey Joe" em um show e, ao invés de usar as mãos, usou os dentes.
Discografia
The Jimi Hendrix Experience
Are You Experienced (1967)
Axis: Bold as Love (1967)
Electric Ladyland (1968)
Jimi Hendrix/Band of Gypsys
Band of Gypsys (1970)
Álbuns póstumos
The Cry of Love (1971)
Rainbow Bridge (1971)
War Heroes (1972)
Loose Ends (1974)
Blues (2000)
Valleys of Neptune (2010)
ERIC CLAPTON
Eric Patrick Clapton CBE (Ripley, 30 de março de 1945) é um guitarrista, cantor e compositor britânico. Apelidado de Slowhand, é considerado um dos melhores guitarristas do mundo.[1]
Embora seu estilo musical tenha variado ao longo de sua carreira, Clapton sempre teve suas raízes ligadas ao blues. Clapton foi considerado inovador pelos críticos em várias fases distintas de sua carreira, atingindo sucesso tanto de crítica quanto de público e tendo várias canções listadas entre as mais populares de todos os tempos, tais como "Layla", "Wonderful Tonight" e a regravação de "I Shot the Sheriff", de Bob Marley.
Em 2004 foi condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).
Carreira musical e vida pessoal
Infância e início da carreira
Clapton nasceu em Ripley, na Inglaterra, Sua mãe era solteira e com 16 anos de idade. Foi criado pela sua avó e pelo marido desta, acreditando que eles eram seus pais e que sua mãe era sua irmã mais velha. Descobriu a verdade aos 9 anos de idade, e essa revelação foi um momento muito marcante na sua vida. Depois disso, ele deixou de se aplicar na escola e se tornou um garoto calado, tímido, solitário e distante de sua família.
Seu primeiro emprego foi como carteiro e, aos 13 anos de idade, pela sua insistência, ganhou seu primeiro violão de sua avó Rose. Apesar da dificuldade inicial de aprender a tocar o instrumento, quase desistindo, acabou se esforçando para tocar os primeiros acordes influenciado por canções antigas de blues, que tentava reproduzir. Em pouco tempo, já dedicava horas diárias ao aprendizado, e foi conseguindo dominar o instrumento.
Depois de completar o ensino básico, em 1962 Clapton fez um ano introdutório na Kingston School of Art, mas não continuou o curso. Em janeiro de 1963, indicado pela namorada do guitarrista Tom McGuinness, que fora sua colega no curso de artes, ingressou na banda The Roosters. Seus ensaios eram no andar de cima de um pub e a guitarra, o teclado e o vocal iam no mesmo amplificador, pois não tinham muitos recursos. Chegaram a fazer algumas apresentações, e Eric permaneceu na banda até agosto do mesmo ano.
O surgimento de Clapton
Ainda em 63, passou a integrar a banda Yardbirds, que começava a fazer sucesso na Grã-Bretanha. O empresário da banda e grande entusiasta do blues chamava-se Giorgio Gomelsky. Giorgio tinha aberto um lugar chamado CrawDaddy Club, no velho Station Hotel, em Richmond. A banda que residia o local nas noites de domingo era a recém-formada Rolling Stones. Lá Eric conheceu Mick, Keith e Brian em seu período de gestação, quando tocavam apenas R&B. Entrou na banda Yardbirds depois de ser alertado por seu então amigo Keith Richards, do Rolling Stones de que o guitarrista Topham estava prestes a desistir da banda. Com o passar do tempo, os Yardbirds foram alternando seu estilo para o ritmo Pop, o que desagradava a Eric. Sendo assim, fiel à suas raízes no blues, recusou-se a seguir a direção escolhida pelo grupo, e acabou saindo em março de 1965, após a saída de Clapton a banda ainda teria mais 2 grandes guitarristas como integrantes, sendo o primeiro Jeff Beck, e depois Jimmy Page. Depois de um tempo em empregos temporários, entrou para a John Mayall & the Bluesbreakers, estabelecendo seu nome como músico de blues e inspirando o fanatismo de jovens que pichavam Londres com a inscrição "Clapton is God" ("Clapton é Deus").
Ele largou os Bluesbreakers em 1966 e então formou o Cream, um dos primeiros "power trios" do rock, com seus amigos Jack Bruce e Ginger Baker, este, a pedidos de Eric à Jack Bruce. Foi nessa época que Eric começou a desenvolver-se como cantor, embora Bruce, um dos melhores vocalistas do rock, fizesse a maioria dos vocais.
No final de 1966 o status de Clapton como melhor guitarrista da Grã-Bretanha foi abalado com a chegada de Jimi Hendrix. Hendrix compareceu a uma das primeiras apresentações do Cream, no London Polytechnic em 1 de outubro de 1966, e tocou uma jam com a banda durante "Killing Floor". Eric imediatamente percebeu que havia ganho um imbatível adversário, cujo carisma era igualado somente por sua incrível técnica na guitarra. Os primeiros shows de Hendrix no Reino Unido foram assistidos pela maioria dos astros da música britânica, incluindo Clapton, Pete Townshend e os Beatles. A chegada do americano teria um impacto profundo e imediato na próxima etapa da carreira de Clapton.
Fim do Cream
Embora o Cream seja apresentado como um dos melhores grupos de sua geração, a banda teve vida curta. As lendárias brigas internas - especialmente entre Bruce e Baker - aumentaram a tensão entre os três integrantes, levando ao fim do trio. Outro fator significante foi uma crítica pesada da revista Rolling Stone de um dos shows do Cream, o que afetou Clapton profundamente.
Goodbye, álbum de despedida da banda, apresentava faixas ao vivo gravadas no Royal Albert Hall, assim como a versão de estúdio de "Badge", composta por Eric e George Harrison.
A amizade próxima dos dois resultou na performance de Clapton em "While My Guitar Gently Weeps", lançada no White Album dos Beatles. Ao acompanhar de perto o sofrimento da esposa de Harrison, Pattie Boyd, que vivia abandonada em razão do interesse do marido pela cultura hindu, Eric acabou se apaixonando. E o sofrimento por amar a mulher de seu melhor amigo o inspiraria a compor uma das suas canções mais conhecidas: "Layla".
Uma segunda participação em outro super grupo, o Blind Faith (1969), com Baker, Steve Winwood e Rick Grech, resultou em um álbum estupendo e uma turnê norte-americana financeiramente proveitosa. Já aí Clapton estava cansado de sua fama e do burburinho que cercava o Cream e o Blind Faith, além de ter ficado profundamente afetado pela música do The Band – com o qual de fato ele já havia pedido para se juntar depois do fim do Cream. Clapton então decidiu ficar um pouco nas sombras, e passou a viajar em turnê como convidado do grupo americano Delaney and Bonnie and Friends. Ele tornou-se amigo íntimo de Delaney Bramlett, que o encorajou a voltar a compor e a cantar.
Solo
Usando a banda de apoio de Bramletts e um elenco estelar de músicos de estúdio, Clapton lançou seu primeiro disco solo em 1970, que trazia uma de suas melhores composições: "Let It Rain".
Se apropriando da seção rítmica do Delaney & Bonnie – Bobby Whitlock (teclado, vocais), Carl Radle (baixo) e Jim Gordon (bateria) – ele formou uma nova banda com a intenção de contrastar com o culto de "estrelismo" que crescera a sua volta e mostrar Clapton como um integrante no mesmo patamar dos demais. Isto tornou-se ainda mais evidente com a escolha do nome – Derek and the Dominos – que veio de uma piada nos bastidores do primeiro show da banda.
Trabalhando no Criterion Studios em Miami com o produtor Tom Dowd, a banda gravou um brilhante álbum duplo, hoje em dia considerado como a obra-prima de Clapton: Layla and Other Assorted Love Songs. A maioria do material, incluindo a faixa título, foram inspirados pelo conto árabe Majnun e Layla e mostravam o grande amor não declarado de Clapton por Patti Harrison. "Layla" foi gravada em duas sessões distintas; a seção de abertura na guitarra foi gravada primeiro, e para a segunda seção, o baterista Jim Gordon compôs e tocou o elegante trecho ao piano.
Mas a tragédia marcou o grupo durante sua breve carreira. Durante as sessões, Clapton ficou devastado com a notícia da morte de Jimi Hendrix; a banda gravou uma versão tocante de "Little Wing" como um tributo a ele, adicionando-a ao álbum. Um ano depois, Duane Allman morreu em um acidente de motocicleta. Contribuindo mais para o sofrimento de Clapton, o álbum Layla receberia somente algumas poucas críticas neutras quando de seu lançamento.
Drogas e álcool
Clapton em 1974.O esfacelado grupo resolveu iniciar uma turnê norte-americana. Apesar da admissão posterior de Clapton de que a turnê ocorreu em meio a uma verdadeira orgia de drogas e álcool, aquilo acabou resultando em um poderoso álbum ao vivo, In Concert. Mas o grupo se desintegraria pouco tempo depois em Londres, na véspera da gravação de seu segundo LP de estúdio. Embora Radle tenha continuado a trabalhar com Clapton por vários anos, a briga entre Eric e Bobby Whitlock foi aparentemente feia, e eles nunca mais voltariam a tocar juntos. Outra trágica nota de rodapé para a história do Dominos foi o destino de seu baterista Jim Gordon, que sofria de esquizofrenia não-diagnosticada – anos depois, durante um surto psicótico, ele mataria a própria mãe a marretadas, sendo confinado em um hospício, onde permanece até hoje.
Apesar de seu sucesso, a vida pessoal de Clapton encontrava-se em estado deplorável. Além de sua paixão por Pattie Boyd-Harrison, ele parou de tocar e se apresentar e tornou-se viciado em heroína, o que resultou em um hiato em sua carreira. A única interrupção notável desse hiato foi sua participação no Concerto para Bangladesh - organizado por George Harrison - e, depois, pelo "Rainbow Concert", organizado por Pete Townshend do The Who para ajudar Clapton a largar as drogas.
Clapton devolveu a gentileza ao interpretar o "Pregador" na versão cinematográfica de Tommy em 1975; sua aparição no filme (tocando "Eyesight To The Blind") é notável pelo fato de ele estar claramente usando uma barba falsa em algumas sequências – o resultado de ele impensadamente raspar sua barba entre as gravações!
Relativamente limpo novamente, Clapton começou a organizar uma nova e forte banda, que incluía Radle, o guitarrista George Terry, o baterista Jamie Oldaker e as backing vocals Yvonne Elliman e Marcy Levy. Eles viajaram em turnê ao redor do mundo, posteriormente lançando o soberbo E.C. Was Here (1975).
Clapton lançou 461 Ocean Boulevard em 1974, álbum mais enfatizado nas canções ao invés de sua técnica na guitarra. Sua versão de "I Shot The Sheriff" foi um grande sucesso, sendo importante ao apresentar o reggae e a música de Bob Marley para um público mais extenso. Ele também promoveu o trabalho do cantor-compositor-guitarrista J.J.Cale.
Eric continuou a gravar e a fazer turnês regulares, mas a maioria de seu trabalho desta época foi deliberadamente mais calmo, fracassando em obter a mesma repercussão do início de sua carreira.
Maré de azar
Em 1976, Clapton foi o centro de polêmicas devido a acusações de racismo, ao protestar contra a imigração crescente durante um show em Birmingham. Clapton disse que a Inglaterra estava "se tornando superpopulada" e implorou para que a platéia votasse em Enoch Powell para impedir que a Grã-Bretanha virasse uma "colônia negra". Seus comentários motivariam diretamente a criação do evento Rock Against Racism. Apesar do impacto negativo em sua carreira e reputação, Clapton sempre se recusou a diminuir o episódio e negou que havia alguma contradição entre seu ponto de vista político e sua carreira baseada essencialmente num formato musical criado pelos negros. Nesta mesma época, seu nome começou a aparecer em álbuns lançados no Japão como "Eric Crapton" ("Crap" significa "fezes", em inglês), embora isso seja provavelmente mais um caso de "engrish" do que de malevolência.
O final dos anos 1970 viu um Clapton com dificuldades de se acertar com a música popular, causando uma recaída no alcoolismo que o levou a ser hospitalizado e depois internado para um período de convalescência em Antígua, onde ele mais tarde apoiaria a criação de um centro de reabilitação existente até hoje, chamado Crossroads Center, e, mais tarde, criou um evento chamado Crossroads Guitar Festival, que visava arrecadar dinheiro para contribuir com o tratamento dos dependentes de drogas. Em 1985 Clapton conheceu Yvone Khan Kelly, com quem ele começaria um relacionamento. Eles tiveram uma filha, Ruth, que nasceu no mesmo ano. Clapton se divorciaria de Yvone Khan Kelly em 1988.
No começo dos anos 1990, a tragédia voltaria a atormentar a vida de Clapton em duas ocasiões. No dia 27 de agosto de 1990 o guitarrista Stevie Ray Vaughan (que estava em turnê com Eric) e dois membros de sua equipe de apoio morreram em um acidente de helicóptero. No ano seguinte, em 20 de março de 1991, Conor, filho de quatro anos de Clapton com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela de um apartamento. Um instantâneo da dor de Clapton pôde ser visto com a canção "Tears In Heaven", My Father's Eyes (Pilgrim, 1998) e Circus Left Town (Pilgrim, 1998).
Slowhand ressurgindo
Assim como MTV Unplugged (vencedor do Grammy em 1993), seu álbum From The Cradle trazia várias versões de antigos sucessos do blues, dando destaque a seu estilo econômico no violão. Em 1997, ele gravou um álbum de música eletrônica sob o pseudônimo de TDF, Retail Therapy, terminando o século XX com aclamadas parcerias com Carlos Santana e B. B. King.
Em 1999, Clapton, então com 56 anos, conheceu a artista gráfica Melia McEnery, 25, em Los Angeles enquanto trabalhava em um álbum com B. B. King. Eles se casaram em 2002 e tiveram três filhas, Julia Rose (2001), Ella May (2003) e Sophie, nascida em 2005.
Tão conhecido quanto Clapton é o seu costume de usar uma variedade de guitarras. No começo de sua carreira, ele usava uma Gibson Les Paul do final dos anos 1970, sendo parcialmente responsável pela reintrodução do estilo original da Les Paul pela Gibson.
Mais tarde, Clapton começou a usar Stratocasters da Fender. A mais famosa de todas as suas guitarras foi Blackie, montada com pedaços de várias Strats e que ele usou até os anos 1990, Depois, por medo de danificá-la, guardou em casa, e não a levou mais aos palcos. Por fim, Clapton se desfez da "Blackie" por U$959,500 no leilão organizado pela Christie's de Nova York, em benefício do centro de reabilitação Crossroads.
Em 1988, Clapton foi honrado pela fábrica de guitarras Fender com a introdução de uma Stratocaster feita sob medida para ele, juntamente com Yngwie Malmsteen. Aquelas foram as primeiras guitarras modeladas para artistas na famosa série "Signature" da Stratocaster, que desde então incluiu modelos para Jeff Beck, Buddy Guy e Stevie Ray Vaughan, entre outros.
Em 1999, Clapton levou a leilão parte de sua coleção de guitarras para levantar fundos para o Crossroads, centro de reabilitação para viciados que ele fundou na Antígua em 1997. O montante total conseguido no leilão pela Christie’s foi de U$7,438,624.
Em 3 de novembro de 2004, Clapton é condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).
Discografia
1963 Sonny Boy Williamson and The Yardbirds (com Yardbirds)
1964 Five Live Yardbirds (com Yardbirds)
1965 For your love (com Yardbirds - coletânea americana)
1965 Having a Rave Up (com Yardbirds - coletânea americana)
1966 Bluesbreakers with Eric Clapton (The Beano) (com John Mayall and The Bluesbreakers)
1966 Fresh Cream (com Cream)
1967 Disraeli Gears (com Cream)
1968 Wheels of Fire (com Cream)
1969 Goodbye Cream (com Cream)
1969 Blind Faith (com Blind Faith)
1969 Best of Cream (com Cream - coletânea)
1970 On Tour with Eric Clapton (com Delaney, Bonnie & Friends)
1970 Live Cream (com Cream - coletânea ao vivo)
1970 Eric Clapton
1970 Layla and Other Assorted Love Songs (com Derek and the Dominos)
1971 The Yardbirds Featuring Performances by: Jeff Beck, Eric Clapton, and Jimmy Page (com Yardbirds - coletânea)
1972 Live Cream Volume II (com Cream - coletânea ao vivo)
1972 Heavy Cream (com Cream - coletânea)
1972 History of Eric Clapton (coletânea)
1972 Eric Clapton at His Best (coletânea)
1973 In Concert (com Derek and the Dominos) (ao vivo em 1970)
1973 Clapton (coletânea)
1973 Eric Clapton's Rainbow Concert (ao vivo em 1972)
1974 461 Ocean Boulevard
1975 There's One in Every Crowd
1975 E.C. Was Here (ao vivo em 1975)
1976 No Reason to Cry
1977 Slowhand
1978 Backless
1980 Just One Night (duplo; ao vivo em 1979)
1981 Another Ticket
1982 Time Pieces: Best Of Eric Clapton (1970-1978)
1983 Money and Cigarettes
1984 Too Much Monkey Business
1984 Backtrackin'
1985 Behind the Sun
1986 August
1987 The Cream of Eric Clapton
1988 Crossroads (caixa)
1989 Homeboy
1989 Journeyman
1990 The Layla Sessions (com Derek and the Dominos) (caixa em comemoração aos 20 anos de lançamento)
1991 24 Nights (ao vivo em 1990)
1992 Rush
1992 Unplugged (ao vivo em 1992)
1994 From the Cradle
1994 Live at the Fillmore (com Derek and the Dominos) (ao vivo em 1973)
1995 The Cream of Clapton
1996 Crossroads 2: Live in the Seventies (CD quádruplo, gravações ao vivo de 1974 a 1978)
1998 Pilgrim
1999 The Blues (álbum duplo)
1999 Clapton Chronicles: The Best of Eric Clapton
2000 Riding With the King (com B.B. King)
2001 Reptile
2002 One More Car, One More Rider (ao vivo em 2001)
2004 Me and Mr. Johnson (versões de músicas de Robert Johnson)
2005 Back Home (álbum de estúdio)
2006 Road To Escondido" (álbum gravado com JJ Cale)
2007 Complete Clapton
2009 Eric Clapton and Steve Winwood (Live from Madson Square Garden)
2010 Eric Clapton Clapton (2010)
Embora seu estilo musical tenha variado ao longo de sua carreira, Clapton sempre teve suas raízes ligadas ao blues. Clapton foi considerado inovador pelos críticos em várias fases distintas de sua carreira, atingindo sucesso tanto de crítica quanto de público e tendo várias canções listadas entre as mais populares de todos os tempos, tais como "Layla", "Wonderful Tonight" e a regravação de "I Shot the Sheriff", de Bob Marley.
Em 2004 foi condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).
Carreira musical e vida pessoal
Infância e início da carreira
Clapton nasceu em Ripley, na Inglaterra, Sua mãe era solteira e com 16 anos de idade. Foi criado pela sua avó e pelo marido desta, acreditando que eles eram seus pais e que sua mãe era sua irmã mais velha. Descobriu a verdade aos 9 anos de idade, e essa revelação foi um momento muito marcante na sua vida. Depois disso, ele deixou de se aplicar na escola e se tornou um garoto calado, tímido, solitário e distante de sua família.
Seu primeiro emprego foi como carteiro e, aos 13 anos de idade, pela sua insistência, ganhou seu primeiro violão de sua avó Rose. Apesar da dificuldade inicial de aprender a tocar o instrumento, quase desistindo, acabou se esforçando para tocar os primeiros acordes influenciado por canções antigas de blues, que tentava reproduzir. Em pouco tempo, já dedicava horas diárias ao aprendizado, e foi conseguindo dominar o instrumento.
Depois de completar o ensino básico, em 1962 Clapton fez um ano introdutório na Kingston School of Art, mas não continuou o curso. Em janeiro de 1963, indicado pela namorada do guitarrista Tom McGuinness, que fora sua colega no curso de artes, ingressou na banda The Roosters. Seus ensaios eram no andar de cima de um pub e a guitarra, o teclado e o vocal iam no mesmo amplificador, pois não tinham muitos recursos. Chegaram a fazer algumas apresentações, e Eric permaneceu na banda até agosto do mesmo ano.
O surgimento de Clapton
Ainda em 63, passou a integrar a banda Yardbirds, que começava a fazer sucesso na Grã-Bretanha. O empresário da banda e grande entusiasta do blues chamava-se Giorgio Gomelsky. Giorgio tinha aberto um lugar chamado CrawDaddy Club, no velho Station Hotel, em Richmond. A banda que residia o local nas noites de domingo era a recém-formada Rolling Stones. Lá Eric conheceu Mick, Keith e Brian em seu período de gestação, quando tocavam apenas R&B. Entrou na banda Yardbirds depois de ser alertado por seu então amigo Keith Richards, do Rolling Stones de que o guitarrista Topham estava prestes a desistir da banda. Com o passar do tempo, os Yardbirds foram alternando seu estilo para o ritmo Pop, o que desagradava a Eric. Sendo assim, fiel à suas raízes no blues, recusou-se a seguir a direção escolhida pelo grupo, e acabou saindo em março de 1965, após a saída de Clapton a banda ainda teria mais 2 grandes guitarristas como integrantes, sendo o primeiro Jeff Beck, e depois Jimmy Page. Depois de um tempo em empregos temporários, entrou para a John Mayall & the Bluesbreakers, estabelecendo seu nome como músico de blues e inspirando o fanatismo de jovens que pichavam Londres com a inscrição "Clapton is God" ("Clapton é Deus").
Ele largou os Bluesbreakers em 1966 e então formou o Cream, um dos primeiros "power trios" do rock, com seus amigos Jack Bruce e Ginger Baker, este, a pedidos de Eric à Jack Bruce. Foi nessa época que Eric começou a desenvolver-se como cantor, embora Bruce, um dos melhores vocalistas do rock, fizesse a maioria dos vocais.
No final de 1966 o status de Clapton como melhor guitarrista da Grã-Bretanha foi abalado com a chegada de Jimi Hendrix. Hendrix compareceu a uma das primeiras apresentações do Cream, no London Polytechnic em 1 de outubro de 1966, e tocou uma jam com a banda durante "Killing Floor". Eric imediatamente percebeu que havia ganho um imbatível adversário, cujo carisma era igualado somente por sua incrível técnica na guitarra. Os primeiros shows de Hendrix no Reino Unido foram assistidos pela maioria dos astros da música britânica, incluindo Clapton, Pete Townshend e os Beatles. A chegada do americano teria um impacto profundo e imediato na próxima etapa da carreira de Clapton.
Fim do Cream
Embora o Cream seja apresentado como um dos melhores grupos de sua geração, a banda teve vida curta. As lendárias brigas internas - especialmente entre Bruce e Baker - aumentaram a tensão entre os três integrantes, levando ao fim do trio. Outro fator significante foi uma crítica pesada da revista Rolling Stone de um dos shows do Cream, o que afetou Clapton profundamente.
Goodbye, álbum de despedida da banda, apresentava faixas ao vivo gravadas no Royal Albert Hall, assim como a versão de estúdio de "Badge", composta por Eric e George Harrison.
A amizade próxima dos dois resultou na performance de Clapton em "While My Guitar Gently Weeps", lançada no White Album dos Beatles. Ao acompanhar de perto o sofrimento da esposa de Harrison, Pattie Boyd, que vivia abandonada em razão do interesse do marido pela cultura hindu, Eric acabou se apaixonando. E o sofrimento por amar a mulher de seu melhor amigo o inspiraria a compor uma das suas canções mais conhecidas: "Layla".
Uma segunda participação em outro super grupo, o Blind Faith (1969), com Baker, Steve Winwood e Rick Grech, resultou em um álbum estupendo e uma turnê norte-americana financeiramente proveitosa. Já aí Clapton estava cansado de sua fama e do burburinho que cercava o Cream e o Blind Faith, além de ter ficado profundamente afetado pela música do The Band – com o qual de fato ele já havia pedido para se juntar depois do fim do Cream. Clapton então decidiu ficar um pouco nas sombras, e passou a viajar em turnê como convidado do grupo americano Delaney and Bonnie and Friends. Ele tornou-se amigo íntimo de Delaney Bramlett, que o encorajou a voltar a compor e a cantar.
Solo
Usando a banda de apoio de Bramletts e um elenco estelar de músicos de estúdio, Clapton lançou seu primeiro disco solo em 1970, que trazia uma de suas melhores composições: "Let It Rain".
Se apropriando da seção rítmica do Delaney & Bonnie – Bobby Whitlock (teclado, vocais), Carl Radle (baixo) e Jim Gordon (bateria) – ele formou uma nova banda com a intenção de contrastar com o culto de "estrelismo" que crescera a sua volta e mostrar Clapton como um integrante no mesmo patamar dos demais. Isto tornou-se ainda mais evidente com a escolha do nome – Derek and the Dominos – que veio de uma piada nos bastidores do primeiro show da banda.
Trabalhando no Criterion Studios em Miami com o produtor Tom Dowd, a banda gravou um brilhante álbum duplo, hoje em dia considerado como a obra-prima de Clapton: Layla and Other Assorted Love Songs. A maioria do material, incluindo a faixa título, foram inspirados pelo conto árabe Majnun e Layla e mostravam o grande amor não declarado de Clapton por Patti Harrison. "Layla" foi gravada em duas sessões distintas; a seção de abertura na guitarra foi gravada primeiro, e para a segunda seção, o baterista Jim Gordon compôs e tocou o elegante trecho ao piano.
Mas a tragédia marcou o grupo durante sua breve carreira. Durante as sessões, Clapton ficou devastado com a notícia da morte de Jimi Hendrix; a banda gravou uma versão tocante de "Little Wing" como um tributo a ele, adicionando-a ao álbum. Um ano depois, Duane Allman morreu em um acidente de motocicleta. Contribuindo mais para o sofrimento de Clapton, o álbum Layla receberia somente algumas poucas críticas neutras quando de seu lançamento.
Drogas e álcool
Clapton em 1974.O esfacelado grupo resolveu iniciar uma turnê norte-americana. Apesar da admissão posterior de Clapton de que a turnê ocorreu em meio a uma verdadeira orgia de drogas e álcool, aquilo acabou resultando em um poderoso álbum ao vivo, In Concert. Mas o grupo se desintegraria pouco tempo depois em Londres, na véspera da gravação de seu segundo LP de estúdio. Embora Radle tenha continuado a trabalhar com Clapton por vários anos, a briga entre Eric e Bobby Whitlock foi aparentemente feia, e eles nunca mais voltariam a tocar juntos. Outra trágica nota de rodapé para a história do Dominos foi o destino de seu baterista Jim Gordon, que sofria de esquizofrenia não-diagnosticada – anos depois, durante um surto psicótico, ele mataria a própria mãe a marretadas, sendo confinado em um hospício, onde permanece até hoje.
Apesar de seu sucesso, a vida pessoal de Clapton encontrava-se em estado deplorável. Além de sua paixão por Pattie Boyd-Harrison, ele parou de tocar e se apresentar e tornou-se viciado em heroína, o que resultou em um hiato em sua carreira. A única interrupção notável desse hiato foi sua participação no Concerto para Bangladesh - organizado por George Harrison - e, depois, pelo "Rainbow Concert", organizado por Pete Townshend do The Who para ajudar Clapton a largar as drogas.
Clapton devolveu a gentileza ao interpretar o "Pregador" na versão cinematográfica de Tommy em 1975; sua aparição no filme (tocando "Eyesight To The Blind") é notável pelo fato de ele estar claramente usando uma barba falsa em algumas sequências – o resultado de ele impensadamente raspar sua barba entre as gravações!
Relativamente limpo novamente, Clapton começou a organizar uma nova e forte banda, que incluía Radle, o guitarrista George Terry, o baterista Jamie Oldaker e as backing vocals Yvonne Elliman e Marcy Levy. Eles viajaram em turnê ao redor do mundo, posteriormente lançando o soberbo E.C. Was Here (1975).
Clapton lançou 461 Ocean Boulevard em 1974, álbum mais enfatizado nas canções ao invés de sua técnica na guitarra. Sua versão de "I Shot The Sheriff" foi um grande sucesso, sendo importante ao apresentar o reggae e a música de Bob Marley para um público mais extenso. Ele também promoveu o trabalho do cantor-compositor-guitarrista J.J.Cale.
Eric continuou a gravar e a fazer turnês regulares, mas a maioria de seu trabalho desta época foi deliberadamente mais calmo, fracassando em obter a mesma repercussão do início de sua carreira.
Maré de azar
Em 1976, Clapton foi o centro de polêmicas devido a acusações de racismo, ao protestar contra a imigração crescente durante um show em Birmingham. Clapton disse que a Inglaterra estava "se tornando superpopulada" e implorou para que a platéia votasse em Enoch Powell para impedir que a Grã-Bretanha virasse uma "colônia negra". Seus comentários motivariam diretamente a criação do evento Rock Against Racism. Apesar do impacto negativo em sua carreira e reputação, Clapton sempre se recusou a diminuir o episódio e negou que havia alguma contradição entre seu ponto de vista político e sua carreira baseada essencialmente num formato musical criado pelos negros. Nesta mesma época, seu nome começou a aparecer em álbuns lançados no Japão como "Eric Crapton" ("Crap" significa "fezes", em inglês), embora isso seja provavelmente mais um caso de "engrish" do que de malevolência.
O final dos anos 1970 viu um Clapton com dificuldades de se acertar com a música popular, causando uma recaída no alcoolismo que o levou a ser hospitalizado e depois internado para um período de convalescência em Antígua, onde ele mais tarde apoiaria a criação de um centro de reabilitação existente até hoje, chamado Crossroads Center, e, mais tarde, criou um evento chamado Crossroads Guitar Festival, que visava arrecadar dinheiro para contribuir com o tratamento dos dependentes de drogas. Em 1985 Clapton conheceu Yvone Khan Kelly, com quem ele começaria um relacionamento. Eles tiveram uma filha, Ruth, que nasceu no mesmo ano. Clapton se divorciaria de Yvone Khan Kelly em 1988.
No começo dos anos 1990, a tragédia voltaria a atormentar a vida de Clapton em duas ocasiões. No dia 27 de agosto de 1990 o guitarrista Stevie Ray Vaughan (que estava em turnê com Eric) e dois membros de sua equipe de apoio morreram em um acidente de helicóptero. No ano seguinte, em 20 de março de 1991, Conor, filho de quatro anos de Clapton com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela de um apartamento. Um instantâneo da dor de Clapton pôde ser visto com a canção "Tears In Heaven", My Father's Eyes (Pilgrim, 1998) e Circus Left Town (Pilgrim, 1998).
Slowhand ressurgindo
Assim como MTV Unplugged (vencedor do Grammy em 1993), seu álbum From The Cradle trazia várias versões de antigos sucessos do blues, dando destaque a seu estilo econômico no violão. Em 1997, ele gravou um álbum de música eletrônica sob o pseudônimo de TDF, Retail Therapy, terminando o século XX com aclamadas parcerias com Carlos Santana e B. B. King.
Em 1999, Clapton, então com 56 anos, conheceu a artista gráfica Melia McEnery, 25, em Los Angeles enquanto trabalhava em um álbum com B. B. King. Eles se casaram em 2002 e tiveram três filhas, Julia Rose (2001), Ella May (2003) e Sophie, nascida em 2005.
Tão conhecido quanto Clapton é o seu costume de usar uma variedade de guitarras. No começo de sua carreira, ele usava uma Gibson Les Paul do final dos anos 1970, sendo parcialmente responsável pela reintrodução do estilo original da Les Paul pela Gibson.
Mais tarde, Clapton começou a usar Stratocasters da Fender. A mais famosa de todas as suas guitarras foi Blackie, montada com pedaços de várias Strats e que ele usou até os anos 1990, Depois, por medo de danificá-la, guardou em casa, e não a levou mais aos palcos. Por fim, Clapton se desfez da "Blackie" por U$959,500 no leilão organizado pela Christie's de Nova York, em benefício do centro de reabilitação Crossroads.
Em 1988, Clapton foi honrado pela fábrica de guitarras Fender com a introdução de uma Stratocaster feita sob medida para ele, juntamente com Yngwie Malmsteen. Aquelas foram as primeiras guitarras modeladas para artistas na famosa série "Signature" da Stratocaster, que desde então incluiu modelos para Jeff Beck, Buddy Guy e Stevie Ray Vaughan, entre outros.
Em 1999, Clapton levou a leilão parte de sua coleção de guitarras para levantar fundos para o Crossroads, centro de reabilitação para viciados que ele fundou na Antígua em 1997. O montante total conseguido no leilão pela Christie’s foi de U$7,438,624.
Em 3 de novembro de 2004, Clapton é condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).
Discografia
1963 Sonny Boy Williamson and The Yardbirds (com Yardbirds)
1964 Five Live Yardbirds (com Yardbirds)
1965 For your love (com Yardbirds - coletânea americana)
1965 Having a Rave Up (com Yardbirds - coletânea americana)
1966 Bluesbreakers with Eric Clapton (The Beano) (com John Mayall and The Bluesbreakers)
1966 Fresh Cream (com Cream)
1967 Disraeli Gears (com Cream)
1968 Wheels of Fire (com Cream)
1969 Goodbye Cream (com Cream)
1969 Blind Faith (com Blind Faith)
1969 Best of Cream (com Cream - coletânea)
1970 On Tour with Eric Clapton (com Delaney, Bonnie & Friends)
1970 Live Cream (com Cream - coletânea ao vivo)
1970 Eric Clapton
1970 Layla and Other Assorted Love Songs (com Derek and the Dominos)
1971 The Yardbirds Featuring Performances by: Jeff Beck, Eric Clapton, and Jimmy Page (com Yardbirds - coletânea)
1972 Live Cream Volume II (com Cream - coletânea ao vivo)
1972 Heavy Cream (com Cream - coletânea)
1972 History of Eric Clapton (coletânea)
1972 Eric Clapton at His Best (coletânea)
1973 In Concert (com Derek and the Dominos) (ao vivo em 1970)
1973 Clapton (coletânea)
1973 Eric Clapton's Rainbow Concert (ao vivo em 1972)
1974 461 Ocean Boulevard
1975 There's One in Every Crowd
1975 E.C. Was Here (ao vivo em 1975)
1976 No Reason to Cry
1977 Slowhand
1978 Backless
1980 Just One Night (duplo; ao vivo em 1979)
1981 Another Ticket
1982 Time Pieces: Best Of Eric Clapton (1970-1978)
1983 Money and Cigarettes
1984 Too Much Monkey Business
1984 Backtrackin'
1985 Behind the Sun
1986 August
1987 The Cream of Eric Clapton
1988 Crossroads (caixa)
1989 Homeboy
1989 Journeyman
1990 The Layla Sessions (com Derek and the Dominos) (caixa em comemoração aos 20 anos de lançamento)
1991 24 Nights (ao vivo em 1990)
1992 Rush
1992 Unplugged (ao vivo em 1992)
1994 From the Cradle
1994 Live at the Fillmore (com Derek and the Dominos) (ao vivo em 1973)
1995 The Cream of Clapton
1996 Crossroads 2: Live in the Seventies (CD quádruplo, gravações ao vivo de 1974 a 1978)
1998 Pilgrim
1999 The Blues (álbum duplo)
1999 Clapton Chronicles: The Best of Eric Clapton
2000 Riding With the King (com B.B. King)
2001 Reptile
2002 One More Car, One More Rider (ao vivo em 2001)
2004 Me and Mr. Johnson (versões de músicas de Robert Johnson)
2005 Back Home (álbum de estúdio)
2006 Road To Escondido" (álbum gravado com JJ Cale)
2007 Complete Clapton
2009 Eric Clapton and Steve Winwood (Live from Madson Square Garden)
2010 Eric Clapton Clapton (2010)
WILLIE DIXON
Willie Dixon (1° de Julho de 1915 - Vicksburg, Mississippi – 29 de Janeiro de 1992 - Burbank, Califórnia) foi um baixista, cantor, compositor e produtor musical norte-americano, sendo um dos nomes mais importantes do blues. estilo de blues Willie Dixon foi uma das inspirações para uma nova geração da música, surgida com o rock and roll.
Suas canções foram interpretadas por bandas como: Bob Dylan, Rolling Stones, The Doors, The Allman Brothers Band e Grateful Dead.
Dixon nasceu em Vicksburg, Mississippi on primeiro de Junho, 1915.[1] Sua mãe Daisy rimava o que ela falava, um hábito que Dixon imitou, fazendo rimas com suas palavras. Com apenas 7 anos,ele se tornou um admirador de uma banda que o pianista Little Brother Montgomery tocava. Dixon foi introduzido ao Blues na adolescência em Mississipi.Dixon era forte e alto, e lutando boxe ganhou o campeonato "Illinois State Golden Gloves Heavyweight Championship (Novice Division)" em 1937, aos 22 anos de idade(fonte Snowden, Don (1997).
Sua saúde piorou nos anos 70 e 80, devido a uma diabetes e sua perna acabou sendo amputada. Dixon foi introduzido ao show de abertura do "Blues Foundation's Ceremony" e no "Blues Hall of Fame" em 1980 . Já em 1989 ganhou "Grammy Award" pelo album Hidden Charms .[1]
Seu maior legado são as músicas.
Ele escreveu muitas músicas de Blues que fizeram sucesso, normalmente tocando baixo e guitarra. Suas músicas foram re-gravadas por artistas que variam de estilos como Blues até o Rock-Moderno e Classico. Todas as músicas são de Dixon:
Suas canções foram interpretadas por bandas como: Bob Dylan, Rolling Stones, The Doors, The Allman Brothers Band e Grateful Dead.
Dixon nasceu em Vicksburg, Mississippi on primeiro de Junho, 1915.[1] Sua mãe Daisy rimava o que ela falava, um hábito que Dixon imitou, fazendo rimas com suas palavras. Com apenas 7 anos,ele se tornou um admirador de uma banda que o pianista Little Brother Montgomery tocava. Dixon foi introduzido ao Blues na adolescência em Mississipi.Dixon era forte e alto, e lutando boxe ganhou o campeonato "Illinois State Golden Gloves Heavyweight Championship (Novice Division)" em 1937, aos 22 anos de idade(fonte Snowden, Don (1997).
Sua saúde piorou nos anos 70 e 80, devido a uma diabetes e sua perna acabou sendo amputada. Dixon foi introduzido ao show de abertura do "Blues Foundation's Ceremony" e no "Blues Hall of Fame" em 1980 . Já em 1989 ganhou "Grammy Award" pelo album Hidden Charms .[1]
Seu maior legado são as músicas.
Ele escreveu muitas músicas de Blues que fizeram sucesso, normalmente tocando baixo e guitarra. Suas músicas foram re-gravadas por artistas que variam de estilos como Blues até o Rock-Moderno e Classico. Todas as músicas são de Dixon:
JOHNNY WINTER
John Dawson Winter III, mais conhecido como Johnny Winter (Beaumont, Texas, 23 de fevereiro de 1944) é um guitarrista e cantor de blues norte-americano.
Johnny começou a se apresentar ainda jovem com seu irmão Edgar Winter, que, assim como ele, é albino. Seu primeiro disco (School Day Blues) foi lançado quando Winter tinha 15 anos de idade. Em 1968 ele começou a tocar em um trio com o baixista Tommy Shannon e o baterista Uncle John Turner. Um artigo na revista Rolling Stone ajudou a gerar interesse no grupo. O álbum Johnny Winter foi lançado no final do ano. Em 1969 o trio se apresentou em vários festivais, incluindo Woodstock.
Em 1973, depois de se livrar das drogas, Winter retornou em forma com Still Alive and Well. Em 1977 ele produziu o álbum Hard Again de Muddy Waters. A parceria resultaria em várias indicações ao Grammy, e Johhny gravou o álbum Nothing But Blues com os integrantes da banda de Muddy.
Em 1988 ele foi incluído no "Hall da Fama do Blues".
Discografia
The Progressive Blues Experiment (1969)
Johnny Winter (1968)
Second Winter (1969)
The Johnny Winter Story (1969)
Johnny Winter And (1970)
About Blues (1970)
Early Times (1970)
Before The Storm (1970)
Johnny Winter And Live (1971)
Still Alive And Well (1973)
Saints And Sinners (1974)
Austin, TX (1974)
John Dawson Winter III (1974)
Captured Live! (1976)
Together (1976), with Edgar Winter
Nothin' But The Blues (1977)
White Hot And Blue (1978)
Raisin' Cain (1980)
Ready For Winter (1981)
Guitar Slinger (1984)
Serious Business (1985)
Third Degree (1986)
The Winter Of '88 (1988)
Let Me In (1991)
Jack Daniels Kind Of Day (1992)
Hey, Where's Your Brother? (1992)
Live In NYC '97 (1998)
Back In Beaumont (2000)
I'm A Bluesman (2004)
Johnny começou a se apresentar ainda jovem com seu irmão Edgar Winter, que, assim como ele, é albino. Seu primeiro disco (School Day Blues) foi lançado quando Winter tinha 15 anos de idade. Em 1968 ele começou a tocar em um trio com o baixista Tommy Shannon e o baterista Uncle John Turner. Um artigo na revista Rolling Stone ajudou a gerar interesse no grupo. O álbum Johnny Winter foi lançado no final do ano. Em 1969 o trio se apresentou em vários festivais, incluindo Woodstock.
Em 1973, depois de se livrar das drogas, Winter retornou em forma com Still Alive and Well. Em 1977 ele produziu o álbum Hard Again de Muddy Waters. A parceria resultaria em várias indicações ao Grammy, e Johhny gravou o álbum Nothing But Blues com os integrantes da banda de Muddy.
Em 1988 ele foi incluído no "Hall da Fama do Blues".
Discografia
The Progressive Blues Experiment (1969)
Johnny Winter (1968)
Second Winter (1969)
The Johnny Winter Story (1969)
Johnny Winter And (1970)
About Blues (1970)
Early Times (1970)
Before The Storm (1970)
Johnny Winter And Live (1971)
Still Alive And Well (1973)
Saints And Sinners (1974)
Austin, TX (1974)
John Dawson Winter III (1974)
Captured Live! (1976)
Together (1976), with Edgar Winter
Nothin' But The Blues (1977)
White Hot And Blue (1978)
Raisin' Cain (1980)
Ready For Winter (1981)
Guitar Slinger (1984)
Serious Business (1985)
Third Degree (1986)
The Winter Of '88 (1988)
Let Me In (1991)
Jack Daniels Kind Of Day (1992)
Hey, Where's Your Brother? (1992)
Live In NYC '97 (1998)
Back In Beaumont (2000)
I'm A Bluesman (2004)
JOHN MAYALL
John Mayall OBE (Macclesfield, 29 de novembro de 1933 é um cantor, compositor e multi-instrumentalista inglês que toca blues.
A sua carreira musical dura mais de cinquenta anos, mas o mais notável episódio desta ocorreu no final da década de 1960. Ele foi o fundador da banda John Mayall & the Bluesbreakers e influenciou muitos instrumentalistas, incluindo Eric Clapton, Jack Bruce, Peter Green, John McVie, Mick Fleetwood, Mick Taylor, Don "Sugarcane" Harris, Harvey Mandel, Larry Taylor, Aynsley Dunbar, Hughie Flint, Jon Hiseman, Dick Heckstall-Smith, Andy Fraser, Johnny Almond, Jon Mark, Walter Trout, Coco Montoya, e Buddy Whittington.
A sua carreira musical dura mais de cinquenta anos, mas o mais notável episódio desta ocorreu no final da década de 1960. Ele foi o fundador da banda John Mayall & the Bluesbreakers e influenciou muitos instrumentalistas, incluindo Eric Clapton, Jack Bruce, Peter Green, John McVie, Mick Fleetwood, Mick Taylor, Don "Sugarcane" Harris, Harvey Mandel, Larry Taylor, Aynsley Dunbar, Hughie Flint, Jon Hiseman, Dick Heckstall-Smith, Andy Fraser, Johnny Almond, Jon Mark, Walter Trout, Coco Montoya, e Buddy Whittington.
DUANE ALLMAN
Howard Duane Allman (Nashville, 20 de novembro de 1946 – 29 de outubro de 1971) foi um guitarrista estadunidense, co-fundador do grupo The Allman Brothers Band e respeitado músico de sessão. Teve um papel de destaque no álbum Layla and Other Assorted Love Songs, lançado em 1970 pelo grupo Derek & the Dominos.
Foi recentemente considerado pela revista Rolling Stone como o 2° melhor guitarrista de todos os tempos, atrás apenas de Jimi Hendrix.
Duane morreu após sofrer um acidente de motocicleta em 1971, poucas semanas antes de seu 25° aniversário.
Infância
Duane Allman nasceu em Nashville, Tennessee. Quando Duane tinha apenas três anos de idade e sua família vivia nos arredores de Norfolk, Virginia, seu pai, Willis Allman, sargento do Exército Americano, foi assassinado por um caroneiro. Geraldine "Mama A" voltou então com a família para Nashville. Em 1957 eles mudaram-se novamente para Daytona Beach, Florida. Em 1960, ele ficou motivado a aprender a tocar violão, por influência de seu irmão, Gregg Allman, que há pouco havia começado, após admirar seu vizinho tocando country music em um violão acústico. Gregg disse depois que Duane começou "Ele... me passou como se eu estivesse parado".
Outro evento importante ocorreu em 1959, quando Duane e Gregg estavam visitando parentes em Nashville. Eles foram à um show de Rock 'n' roll, no qual a lenda do blues B.B. King estava se apresentando e simplesmente caíram na mágica de sua música. Gregg se lembra que logo após Duane acrescentou: "Nós precisamos entrar nisto."
Morte
Duane foi vítima de um acidente de moto meses antes do lançamento e do sucesso de At Fillmore East. A colisão entre sua motocicleta Harley-Davidson e uma caminhonete ocorreu em Macon, em 29 de Outubro de 1971, atirando-o para fora da moto, que caiu em seu corpo e derrapou, causando severos danos aos seus órgãos internos. Duane foi rapidamente levado ao hospital e operado, porém não resistiu, morrendo algumas horas depois, semanas antes de seu vigésimo quinto aniversário.[1]
Foi recentemente considerado pela revista Rolling Stone como o 2° melhor guitarrista de todos os tempos, atrás apenas de Jimi Hendrix.
Duane morreu após sofrer um acidente de motocicleta em 1971, poucas semanas antes de seu 25° aniversário.
Infância
Duane Allman nasceu em Nashville, Tennessee. Quando Duane tinha apenas três anos de idade e sua família vivia nos arredores de Norfolk, Virginia, seu pai, Willis Allman, sargento do Exército Americano, foi assassinado por um caroneiro. Geraldine "Mama A" voltou então com a família para Nashville. Em 1957 eles mudaram-se novamente para Daytona Beach, Florida. Em 1960, ele ficou motivado a aprender a tocar violão, por influência de seu irmão, Gregg Allman, que há pouco havia começado, após admirar seu vizinho tocando country music em um violão acústico. Gregg disse depois que Duane começou "Ele... me passou como se eu estivesse parado".
Outro evento importante ocorreu em 1959, quando Duane e Gregg estavam visitando parentes em Nashville. Eles foram à um show de Rock 'n' roll, no qual a lenda do blues B.B. King estava se apresentando e simplesmente caíram na mágica de sua música. Gregg se lembra que logo após Duane acrescentou: "Nós precisamos entrar nisto."
Morte
Duane foi vítima de um acidente de moto meses antes do lançamento e do sucesso de At Fillmore East. A colisão entre sua motocicleta Harley-Davidson e uma caminhonete ocorreu em Macon, em 29 de Outubro de 1971, atirando-o para fora da moto, que caiu em seu corpo e derrapou, causando severos danos aos seus órgãos internos. Duane foi rapidamente levado ao hospital e operado, porém não resistiu, morrendo algumas horas depois, semanas antes de seu vigésimo quinto aniversário.[1]
JUNIOR WELLS
Junior Wells, nome artístico de Amos Wells Blakemore Jr. (9 de dezembro de 1934 - 15 de janeiro de 1998) foi um famoso cantor e gaitista de blues. Wells é conhecido por já ter acompanhado artistas como Muddy Waters, Buddy Guy, Bonnie Raitt, Rolling Stones, Carlos Santana e Van Morrison
Discografia
Hoodoo Man Blues * (1965)
It's My Life, Baby! * (1966)
Chicago/The Blues/Today! vol. 1 * (1966)
On Tap (1974)
You're Tuff Enough (1968)
Coming at You * (1968)
Live at the Golden Bear (1969)
Southside Blues Jam * (1969)
Buddy and the Juniors * (1970)
In My Younger Days (1972)
Buddy Guy & Junior Wells Play the Blues * (1972)
Live At Montreux * (1977)
Blues Hit Big Town (1977)
Pleading the Blues * (1979)
Got To Use Your Head (1979)
Drinkin' TNT 'n' Smokin' Dynamite * (1982)
The Original Blues Brothers (1983)
Messin’ With The Kid, Vol 1 (1986)
Universal Rock (1986)
Chiefly Wells (1986)
Harp Attack! (1990)
1957-1966 (1991)
Alone & Acoustic * (1991)
Undisputed Godfather of the Blues (1993)
Better Off with the Blues * (1993)
Messin’ With The Kid 1957-63 (1995)
Everybody's Getting' Some (1995)
Come on in This House (1997)
Live at Buddy Guy's Legends (1997)
Keep On Steppin’: The Best Of… (1998)
Best Of The Vanguard Years (1998)
Masters (1998)
Buddy Guy & Junior Wells * (1998)
Last Time Around –- Live at Legends (1998)
Junior Wells & Friends (1999)
Every Day I Have The Blues (2000)
Calling All Blues (2000)
Buddy Guy & Junior Wells * (2001)
Best Of.. (2001)
Live at Theresa's 1975 (2006)
(* apresentando Buddy Guy)
BESSIE SMITH
Bessie Smith (Chattanooga, Tennessee, 15 de abril de 1894 - Clarksdale, Mississippi, 26 de setembro de 1937) foi uma cantora de Blues norte-americana.
Às vezes referida como "A Imperatriz Do Blues", Smith foi a mais popular cantora de blues da década de 1920 e 1930,[1] Ela é frequentemente considerado como uma das maiores cantoras de sua época, e junto com Louis Armstrong, uma grande influência sobre aos vocalistas de jazz posteriores
Vida
No censo americano de 1900 , a mãe de Bessie Smith, Laura Smith, reportou que Bessie nasceu em Chattanooga, Tennessee em Julho de 1892. No entanto, para o censo seguinte de 1910, feito em 16 de Abril, sua irmã, Viola Smith, e o fiscal do censo concordaram em registrar seu nascimento como 15 de Abril de 1894, o dia precedente ao censo; aquela data aparece em todos os seus documentos seguintes, e foi a data confirmada por toda a família Smith. Também há uma discussão remanescente relacionada aos registros do censo sobre o tamanho da família de Bessie Smith.Os censos de 1870 e 1880 relatam três meio-irmãos mais velhos, más esses relatórios estão em desacordo com as entrevistas que sua família e contemporâneos fariam posteriormente.
Ela era filha de Laura (Owens) Smith e William Smith. William Smith era um trabalhador e também era um sacerdote Batista (ele foi registrado no censo de 1870 como um ministro do evangelho, em Moulton, Alabama),ele morreu antes de que Bessie pudesse se lembrar dele. Quando ela tinha 9 anos, ela perde sua mãe também, e sua irmã mais velha Viola ficou encarregado de cuidar de seus irmãos e irmãs.
Como uma forma de ganhar dinheiro para sua família empobrecida, Smith e seu irmão Andrew começam a se apresentar nas ruas de Chattanooga como um dueto, ela cantando e dançando, ele acompanhando no violão; sua localização preferencial era na frente do White Elephant Saloon nas ruas treze e Elm Thirteenth and Elm streets no coração da comunidade Afro-americana da cidade.
Em 1904, o mais velho de seus irmãos, Clarence, secretamente deixou a casa para se juntar a uma pequena trupe viajante de propriedade de Moisés Stokes. "Se Bessie tivesse idade suficiente, ela teria ido com ele" disse a viúva de Clarence, Maud. "Por isso ele partiu sem avisa-la , Más Clarence me disse que ela estava pronta, mesmo assim. É claro, ela era somente uma criança."
Em 1912, Clarence retornou para Chattanooga com a trupe de Stokes e arranjou uma audição para Bessie com seus empresários, Lonnie e Cora Fisher. Ela foi contratada como dançarina ao invés de cantora, porque a companhia já incluía Ma Rainey.
No começo da década de 1920, Smith estrelou com Sidney Bechet em "How Come?", uma peça musical que chegou até a Broadway, e passou vários anos trabalhando fora do Teatro 81 em Atlanta, Geórgia, se apresentando em teatros negros pela costa leste americana. Após um desentendimento com o produtor de "How Come?", ela foi substituída por Alberta Hunter e retornou para Filadélfia, onde residia. Lá, ela conheceu e se apaixonou por Jack Gee, um guarda de segurança no qual ela se casou em 7 de Junho de 1923, exatamente quando suas primeiras gravações eram lançadas pela Columbia Records. O casamento foi tumultuado ,com infidelidade nos dois lados. Durante o casamento, Smith se transformou a atração principal no circuito de teatros negros, apresentando um espetáculo que às vezes contava com mais de 40 artistas e fez dela a mais bem paga artista negra de sua época. Gee estava impressionado com o dinheiro, más nunca se ajustou a vida de fama, e especialmente a bissexualidade de Smith. Em 1929, quando Smith soube sobre o affair de Gee com outra artista, Gertrude Saunders, ela acabou com o casamento, más nunca realizou legalmente um divorcio. Smith eventualmente encontrou uma lei de direito comum em um velho amigo, Richard Morgan, que era o tio de Lionel Hampton e era contrário ao seu marido. Bessie continuou com ele até morrer.
Carreira
Todos os relatos da época indicam que Ma Rainey não ensinou Smith a cantar, Más provavelmente ajudou-lhe a desenvolver sua presença de palco.[6] Smith começou a criar seu próprio show em torno de 1913 , no teatro "81" em Atlanta. Em torno de 1920 ela estabeleceu uma reputação na região sul americana e ao longo da costa leste americana.
Em 1920, os números de vendas da música "Crazy Blues," de Mamie Smith (sem relação), uma gravação da Okeh, apontava para um novo mercado. A indústria fonográfica nunca havia se direcionado ao público Afro-americano, más agora havia uma procura por cantores de blues. Smith foi contratada pela Columbia Records em 1923 quando a gravadora decidiu estabelecer uma série "gravações raciais".
Ela alcançou um grande sucesso com seu primeiro lançamento, uma mistura de "Gulf Coast Blues" e "Downhearted Blues", no qual sua compositora, Alberta Hunter já havia transformado em um sucesso na Paramount Records. Smith se transformou a atração principal no circuito de teatros negros e se acabou se tornando sua atração mais popular nos anos 1920.[7] Trabalhando sobre a agenda apertada do teatro durante os meses de inverno e fazendo turnês pelo resto do ano (eventualmente viajando em seu próprio vagão de trem), Smith se transformou na artista negra mais bem paga de sua época.[8] A Columbia Apelidou-a "Rainha do Blues", mas a PR-minded Passou o Titulo dela para "Empress".
Ela fez cerca de 160 gravações para Columbia, muitas vezes acompanhada pelos melhores músicos de sua época, como Louis Armstrong, James P. Johnson, Joe Smith, Charlie Green, e Fletcher Henderson.
Broadway
A carreira de Bessie foi interrompida por a conbinação da Grande Depressão e com a chegada do cinema sonoro, o que significou o fim do Vaudeville. Ela nunca parou de se apresentar,no entanto. Enquanto os dias do vaudeville estavam acabados, Smith continuou fazendo turnês e ocasionalmente cantando em clubs. Em 1929, ela aparece em um fracasso da Broadway chamado "Pansy".
Filmes
Em 1929, Smith fez sua única aparição no cinema, estrelando em curta metragem chamado "St. Louis Blues", baseado na música de W. C. Handy de mesmo nome. No filme, dirigido por Dudley Murphy e filmado no bairro Astoria em Nova Iorque, ela canta a música título acompanhada pela orquesta de Fletcher Henderson, Hall Johnson Choir, o pianista James P. Johnson, e uma seção de cordas; uma atmosfera musical radicalmente diferente de qualquer outra encontrado em suas gravações.
A Era do Swing
em 1933, John H. Hammond pediu a Smith para que gravasse quatro faixa pela gravadora Okeh, a qual tinha sido adquirida pela Columbia Records. Ele afirma ter encontrado ela na semi-obscuridade, trabalhando como hostess em um "speakeasy" (local que vendia bebidas alcoólicas ilegalmente durante a lei seca no Estado Unidos)na Avenida Ridge na Filadélfia.[9] Bessie Smith realmente trabalhou nessa rua, at Art's Café, más não como hostess e não antes do verão de 1936. Em 1933, quando ela fez as faixas para Okeh, Bessie ainda estava em turnê, más Hammond era conhecido por sua memória seletiva e enfeites gratuitos.
Bessie Smith foi recebeu US$ 37,50 (sem royalties) por cada for cada seleção e cada umas das faixa gravadas para Okeh, as quais são suas últimas gravações. Feitas em 24 de Novembro de 1933, elas servem como um exemplo da transformações que suas performances passariam em seus últimos anos, quando ela estava determinada a mudar seu estilo blues para algo mais apropriado a Era do Swing e são notáveis palo acompanhamento relativamente moderno. A banda era formada por grandes músico da "Era do Swing" como o trombonista Jack Teagarden, o trompetista Frankie Newton, saxofonista tenor Chu Berry, o pianista Buck Washington, guitarista Bobby Johnson e o baixista Billy Taylor. Benny Goodman, que estava gravando com Ethel Waters em um estúdio próximo, fez uma pequena participação, más é quase inaudível em uma seleção. Hammond não ficou totalmente satisfeito com o resultado das gravações, preferindo que Smith voltasse ao seu velho estilo blues, más "Take Me For A Buggy Ride" e "Gimme a Pigfoot" continuam entre suas gravações mais populares.
Morte
Em 26 de Setembro de 1937, Smith foi seriamente ferida em um acidente de carro enquanto viajava pela auto-estrada U.S. Route 61 entre Memphis, Tennessee, e Clarksdale, Mississippi. Seu amante, Richard Morgan, estava dirigindo; Pensa-se que ele pode ter dormido ao volante ou que ele calculou mal a velocidade de um caminhão lento que vinha a sua frente . Marcas de pneu encontradas no local sugerem que Morgan tentou evitar o caminhão dirigindo pelo seu lado esquerdo, más atingiu a traseira do caminhão em alta velocidade. A porta traseira do caminhão arrancou o telhado de madeira do carro de Smith. Ela, que estava no banco do passageiro provavelmente com o braço ou cotovelo para fora da janela, sofreu todo o peso do impacto. Morgan escapou sem ferimentos sérios.
Uma das primeiras pessoas a chegarem no local foi um cirurgião de Memphis, Dr. Hugh Smith, e seu companheiro de pescaria Henry Broughton. No começo dos Anos 1970, Dr. Smith apresentou um relato detalhado de sua experiência ao biógrafo de Bessie, Chris Albertson.
Após parar no local do acidente, Dr. Smith examinou Bessie Smith, que estava deitada no meio da estrada com ferimentos graves óbvios; ele estimou que ela perdeu algo em torno de um litro de sangue, e imediatamente notou um sério ferimento em seu braço direito que tinha sido quase completamente cortada na altura do cotovelo. No entanto Dr. Smith enfatizou que o dano no braço dela sozinho não causou sua morte, e mesmo com a luz fraca do local, ele observou apenas pequenos ferimentos na cabeça. Ele atribuiu sua morte a lesões extensas e graves que esmagaram todo o lado direito de seu corpo, que era consistente com uma colisão lateral do automóvel.
Broughton e Dr. Smith moveram Bessie para o acostamento. Dr. Smith cobriu o ferimento do braço com um lenço limpo e então pediu a Broughton caminhar até uma casa que ficava a aproximadamente 500 metros fora da estrada para chamar uma ambulância. Significativamente, nem o motorista do caminhão, que imediatamente saiu do local, nem o Dr. Smith fizeram qualquer tentativa de transporte de Bessie Smith para Clarksdale por eles mesmos.
Quando Broughton retornou, havia passado algo em torno de 25 minutos desde do acidente e Bessie estava em choque. Após algum tempo sem sinal da ambulância, Dr. Smith sugeriu que eles retirassem o equipamento do banco de trás de seu carro e e levassem Bessie para Clarksdale em seu carro. Ele e Broughton estavam quase terminando had almost finished clearing the seat when they heard the sound of a car approaching at high speed. Dr. Smith flashed his lights in warning, but the oncoming car failed to stop and plowed into the doctor's car at speed, sending Dr. Smith's car careening into Bessie Smith's overturned Packard, completely wrecking it, while the oncoming car ricocheted off Dr. Smith's car into the ditch on the right, barely missing Broughton and the stricken Bessie Smith.
O jovem casal no carro não haviam se ferido gravemente e a ambulância chegou enquanto Dr. Smith os examinava. Quase simultaneamente, outra ambulância chega ao local; essa, verificou-se, ter sido chamada pelo o motorista do caminhão que (de acordo com Dr. Smith) teria dirigido até Clarkesdale para relatar o acidente.
Bessie Smith foi levada para o hospital Afro-americano em Clarksdale onde seu braço direito foi amputado. Ela não recuperou a consciência, e morreu naquela manhã. Após a morte de Smith, surgiu um boato dizendo que ela teria morrido por não ter sido admitida no hospital exclusivo para "brancos" em Clarksdale, o mito começou quando o compositor e produtor de jazz John Hammond em um artigo impreciso que apareceu na edição de Novembro de 1937 da revista Down Beat. As circunstâncias da morte de Bessie e o rumor promovido por Hammond serviram de tema para uma peça de teatro de um ato feita por Edward Albee chamada The Death of Bessie Smith (A Morte de Bessie Smith).
Quando questionado sobre o assunto por Albertson, no entanto, Dr. Smith declarou que ele não acredita que Bessie foi levada a um hospital brancos.
O velório de Bessie foi feito na Filadélfia em 4 de Outubro de 1937. Seu corpo foi originalmente velado na casa funerária Upshur, Más como a notícia de sua morte se espalhou pela comunidade negra da Filadélfia, o corpo teve que ser movido para o O.V. Catto Elks Lodge para acomodar o público estimado de 10,000 pessoas passaram na frente de seu caixão em 3 de outubro.[15] Estiveram presentes cerca de sete mil pessoas,de acordo com os jornais da época. Bem menos pessoas assistiram o enterro no cemitério Mount Lawn ,nas proximidades de Sharon Hill, Pensilvânia. Todos os esforços de Gee para comprar uma lápide foram em vão, uma ou duas vezes até embolsando o dinheiro arrecadado para esse propósito. A tumba continua sem lápide até 7 de agosto de 1970, quando uma nova lápide foi colocada, que foi paga pela cantora Janis Joplin e Juanita Green, que, quando criança, trabalhou como empregada doméstica para Smith
Registro Nacional de Gravações
O single gravado por Smith "Downhearted Blues" foi incluído pela National Recording Preservation Board no "Registro Nacional de Gravações" da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em 2002.[18] O conselho escolhe músicas em uma base anual, que são "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativas"
"Downhearted Blues" foi incluída na lista de Músicas do Século, feita pela Recording Industry Association of America e pelo "Fundo Nacional Para As Artes" do governo americano em 2001, e também está no Salão da Fama e Museu do Rock and Roll como uma das 500 músicas que moldaram o rock 'n' roll.
Às vezes referida como "A Imperatriz Do Blues", Smith foi a mais popular cantora de blues da década de 1920 e 1930,[1] Ela é frequentemente considerado como uma das maiores cantoras de sua época, e junto com Louis Armstrong, uma grande influência sobre aos vocalistas de jazz posteriores
Vida
No censo americano de 1900 , a mãe de Bessie Smith, Laura Smith, reportou que Bessie nasceu em Chattanooga, Tennessee em Julho de 1892. No entanto, para o censo seguinte de 1910, feito em 16 de Abril, sua irmã, Viola Smith, e o fiscal do censo concordaram em registrar seu nascimento como 15 de Abril de 1894, o dia precedente ao censo; aquela data aparece em todos os seus documentos seguintes, e foi a data confirmada por toda a família Smith. Também há uma discussão remanescente relacionada aos registros do censo sobre o tamanho da família de Bessie Smith.Os censos de 1870 e 1880 relatam três meio-irmãos mais velhos, más esses relatórios estão em desacordo com as entrevistas que sua família e contemporâneos fariam posteriormente.
Ela era filha de Laura (Owens) Smith e William Smith. William Smith era um trabalhador e também era um sacerdote Batista (ele foi registrado no censo de 1870 como um ministro do evangelho, em Moulton, Alabama),ele morreu antes de que Bessie pudesse se lembrar dele. Quando ela tinha 9 anos, ela perde sua mãe também, e sua irmã mais velha Viola ficou encarregado de cuidar de seus irmãos e irmãs.
Como uma forma de ganhar dinheiro para sua família empobrecida, Smith e seu irmão Andrew começam a se apresentar nas ruas de Chattanooga como um dueto, ela cantando e dançando, ele acompanhando no violão; sua localização preferencial era na frente do White Elephant Saloon nas ruas treze e Elm Thirteenth and Elm streets no coração da comunidade Afro-americana da cidade.
Em 1904, o mais velho de seus irmãos, Clarence, secretamente deixou a casa para se juntar a uma pequena trupe viajante de propriedade de Moisés Stokes. "Se Bessie tivesse idade suficiente, ela teria ido com ele" disse a viúva de Clarence, Maud. "Por isso ele partiu sem avisa-la , Más Clarence me disse que ela estava pronta, mesmo assim. É claro, ela era somente uma criança."
Em 1912, Clarence retornou para Chattanooga com a trupe de Stokes e arranjou uma audição para Bessie com seus empresários, Lonnie e Cora Fisher. Ela foi contratada como dançarina ao invés de cantora, porque a companhia já incluía Ma Rainey.
No começo da década de 1920, Smith estrelou com Sidney Bechet em "How Come?", uma peça musical que chegou até a Broadway, e passou vários anos trabalhando fora do Teatro 81 em Atlanta, Geórgia, se apresentando em teatros negros pela costa leste americana. Após um desentendimento com o produtor de "How Come?", ela foi substituída por Alberta Hunter e retornou para Filadélfia, onde residia. Lá, ela conheceu e se apaixonou por Jack Gee, um guarda de segurança no qual ela se casou em 7 de Junho de 1923, exatamente quando suas primeiras gravações eram lançadas pela Columbia Records. O casamento foi tumultuado ,com infidelidade nos dois lados. Durante o casamento, Smith se transformou a atração principal no circuito de teatros negros, apresentando um espetáculo que às vezes contava com mais de 40 artistas e fez dela a mais bem paga artista negra de sua época. Gee estava impressionado com o dinheiro, más nunca se ajustou a vida de fama, e especialmente a bissexualidade de Smith. Em 1929, quando Smith soube sobre o affair de Gee com outra artista, Gertrude Saunders, ela acabou com o casamento, más nunca realizou legalmente um divorcio. Smith eventualmente encontrou uma lei de direito comum em um velho amigo, Richard Morgan, que era o tio de Lionel Hampton e era contrário ao seu marido. Bessie continuou com ele até morrer.
Carreira
Todos os relatos da época indicam que Ma Rainey não ensinou Smith a cantar, Más provavelmente ajudou-lhe a desenvolver sua presença de palco.[6] Smith começou a criar seu próprio show em torno de 1913 , no teatro "81" em Atlanta. Em torno de 1920 ela estabeleceu uma reputação na região sul americana e ao longo da costa leste americana.
Em 1920, os números de vendas da música "Crazy Blues," de Mamie Smith (sem relação), uma gravação da Okeh, apontava para um novo mercado. A indústria fonográfica nunca havia se direcionado ao público Afro-americano, más agora havia uma procura por cantores de blues. Smith foi contratada pela Columbia Records em 1923 quando a gravadora decidiu estabelecer uma série "gravações raciais".
Ela alcançou um grande sucesso com seu primeiro lançamento, uma mistura de "Gulf Coast Blues" e "Downhearted Blues", no qual sua compositora, Alberta Hunter já havia transformado em um sucesso na Paramount Records. Smith se transformou a atração principal no circuito de teatros negros e se acabou se tornando sua atração mais popular nos anos 1920.[7] Trabalhando sobre a agenda apertada do teatro durante os meses de inverno e fazendo turnês pelo resto do ano (eventualmente viajando em seu próprio vagão de trem), Smith se transformou na artista negra mais bem paga de sua época.[8] A Columbia Apelidou-a "Rainha do Blues", mas a PR-minded Passou o Titulo dela para "Empress".
Ela fez cerca de 160 gravações para Columbia, muitas vezes acompanhada pelos melhores músicos de sua época, como Louis Armstrong, James P. Johnson, Joe Smith, Charlie Green, e Fletcher Henderson.
Broadway
A carreira de Bessie foi interrompida por a conbinação da Grande Depressão e com a chegada do cinema sonoro, o que significou o fim do Vaudeville. Ela nunca parou de se apresentar,no entanto. Enquanto os dias do vaudeville estavam acabados, Smith continuou fazendo turnês e ocasionalmente cantando em clubs. Em 1929, ela aparece em um fracasso da Broadway chamado "Pansy".
Filmes
Em 1929, Smith fez sua única aparição no cinema, estrelando em curta metragem chamado "St. Louis Blues", baseado na música de W. C. Handy de mesmo nome. No filme, dirigido por Dudley Murphy e filmado no bairro Astoria em Nova Iorque, ela canta a música título acompanhada pela orquesta de Fletcher Henderson, Hall Johnson Choir, o pianista James P. Johnson, e uma seção de cordas; uma atmosfera musical radicalmente diferente de qualquer outra encontrado em suas gravações.
A Era do Swing
em 1933, John H. Hammond pediu a Smith para que gravasse quatro faixa pela gravadora Okeh, a qual tinha sido adquirida pela Columbia Records. Ele afirma ter encontrado ela na semi-obscuridade, trabalhando como hostess em um "speakeasy" (local que vendia bebidas alcoólicas ilegalmente durante a lei seca no Estado Unidos)na Avenida Ridge na Filadélfia.[9] Bessie Smith realmente trabalhou nessa rua, at Art's Café, más não como hostess e não antes do verão de 1936. Em 1933, quando ela fez as faixas para Okeh, Bessie ainda estava em turnê, más Hammond era conhecido por sua memória seletiva e enfeites gratuitos.
Bessie Smith foi recebeu US$ 37,50 (sem royalties) por cada for cada seleção e cada umas das faixa gravadas para Okeh, as quais são suas últimas gravações. Feitas em 24 de Novembro de 1933, elas servem como um exemplo da transformações que suas performances passariam em seus últimos anos, quando ela estava determinada a mudar seu estilo blues para algo mais apropriado a Era do Swing e são notáveis palo acompanhamento relativamente moderno. A banda era formada por grandes músico da "Era do Swing" como o trombonista Jack Teagarden, o trompetista Frankie Newton, saxofonista tenor Chu Berry, o pianista Buck Washington, guitarista Bobby Johnson e o baixista Billy Taylor. Benny Goodman, que estava gravando com Ethel Waters em um estúdio próximo, fez uma pequena participação, más é quase inaudível em uma seleção. Hammond não ficou totalmente satisfeito com o resultado das gravações, preferindo que Smith voltasse ao seu velho estilo blues, más "Take Me For A Buggy Ride" e "Gimme a Pigfoot" continuam entre suas gravações mais populares.
Morte
Em 26 de Setembro de 1937, Smith foi seriamente ferida em um acidente de carro enquanto viajava pela auto-estrada U.S. Route 61 entre Memphis, Tennessee, e Clarksdale, Mississippi. Seu amante, Richard Morgan, estava dirigindo; Pensa-se que ele pode ter dormido ao volante ou que ele calculou mal a velocidade de um caminhão lento que vinha a sua frente . Marcas de pneu encontradas no local sugerem que Morgan tentou evitar o caminhão dirigindo pelo seu lado esquerdo, más atingiu a traseira do caminhão em alta velocidade. A porta traseira do caminhão arrancou o telhado de madeira do carro de Smith. Ela, que estava no banco do passageiro provavelmente com o braço ou cotovelo para fora da janela, sofreu todo o peso do impacto. Morgan escapou sem ferimentos sérios.
Uma das primeiras pessoas a chegarem no local foi um cirurgião de Memphis, Dr. Hugh Smith, e seu companheiro de pescaria Henry Broughton. No começo dos Anos 1970, Dr. Smith apresentou um relato detalhado de sua experiência ao biógrafo de Bessie, Chris Albertson.
Após parar no local do acidente, Dr. Smith examinou Bessie Smith, que estava deitada no meio da estrada com ferimentos graves óbvios; ele estimou que ela perdeu algo em torno de um litro de sangue, e imediatamente notou um sério ferimento em seu braço direito que tinha sido quase completamente cortada na altura do cotovelo. No entanto Dr. Smith enfatizou que o dano no braço dela sozinho não causou sua morte, e mesmo com a luz fraca do local, ele observou apenas pequenos ferimentos na cabeça. Ele atribuiu sua morte a lesões extensas e graves que esmagaram todo o lado direito de seu corpo, que era consistente com uma colisão lateral do automóvel.
Broughton e Dr. Smith moveram Bessie para o acostamento. Dr. Smith cobriu o ferimento do braço com um lenço limpo e então pediu a Broughton caminhar até uma casa que ficava a aproximadamente 500 metros fora da estrada para chamar uma ambulância. Significativamente, nem o motorista do caminhão, que imediatamente saiu do local, nem o Dr. Smith fizeram qualquer tentativa de transporte de Bessie Smith para Clarksdale por eles mesmos.
Quando Broughton retornou, havia passado algo em torno de 25 minutos desde do acidente e Bessie estava em choque. Após algum tempo sem sinal da ambulância, Dr. Smith sugeriu que eles retirassem o equipamento do banco de trás de seu carro e e levassem Bessie para Clarksdale em seu carro. Ele e Broughton estavam quase terminando had almost finished clearing the seat when they heard the sound of a car approaching at high speed. Dr. Smith flashed his lights in warning, but the oncoming car failed to stop and plowed into the doctor's car at speed, sending Dr. Smith's car careening into Bessie Smith's overturned Packard, completely wrecking it, while the oncoming car ricocheted off Dr. Smith's car into the ditch on the right, barely missing Broughton and the stricken Bessie Smith.
O jovem casal no carro não haviam se ferido gravemente e a ambulância chegou enquanto Dr. Smith os examinava. Quase simultaneamente, outra ambulância chega ao local; essa, verificou-se, ter sido chamada pelo o motorista do caminhão que (de acordo com Dr. Smith) teria dirigido até Clarkesdale para relatar o acidente.
Bessie Smith foi levada para o hospital Afro-americano em Clarksdale onde seu braço direito foi amputado. Ela não recuperou a consciência, e morreu naquela manhã. Após a morte de Smith, surgiu um boato dizendo que ela teria morrido por não ter sido admitida no hospital exclusivo para "brancos" em Clarksdale, o mito começou quando o compositor e produtor de jazz John Hammond em um artigo impreciso que apareceu na edição de Novembro de 1937 da revista Down Beat. As circunstâncias da morte de Bessie e o rumor promovido por Hammond serviram de tema para uma peça de teatro de um ato feita por Edward Albee chamada The Death of Bessie Smith (A Morte de Bessie Smith).
Quando questionado sobre o assunto por Albertson, no entanto, Dr. Smith declarou que ele não acredita que Bessie foi levada a um hospital brancos.
O velório de Bessie foi feito na Filadélfia em 4 de Outubro de 1937. Seu corpo foi originalmente velado na casa funerária Upshur, Más como a notícia de sua morte se espalhou pela comunidade negra da Filadélfia, o corpo teve que ser movido para o O.V. Catto Elks Lodge para acomodar o público estimado de 10,000 pessoas passaram na frente de seu caixão em 3 de outubro.[15] Estiveram presentes cerca de sete mil pessoas,de acordo com os jornais da época. Bem menos pessoas assistiram o enterro no cemitério Mount Lawn ,nas proximidades de Sharon Hill, Pensilvânia. Todos os esforços de Gee para comprar uma lápide foram em vão, uma ou duas vezes até embolsando o dinheiro arrecadado para esse propósito. A tumba continua sem lápide até 7 de agosto de 1970, quando uma nova lápide foi colocada, que foi paga pela cantora Janis Joplin e Juanita Green, que, quando criança, trabalhou como empregada doméstica para Smith
Registro Nacional de Gravações
O single gravado por Smith "Downhearted Blues" foi incluído pela National Recording Preservation Board no "Registro Nacional de Gravações" da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em 2002.[18] O conselho escolhe músicas em uma base anual, que são "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativas"
"Downhearted Blues" foi incluída na lista de Músicas do Século, feita pela Recording Industry Association of America e pelo "Fundo Nacional Para As Artes" do governo americano em 2001, e também está no Salão da Fama e Museu do Rock and Roll como uma das 500 músicas que moldaram o rock 'n' roll.
ROBERT CRAY
Robert Cray (Columbus, Geórgia, 1 de agosto de 1953) é um músico estadunidense, considerado um expoente da nova safra de artistas do blues.
Começou sua carreira influenciado pelos Beatles mas, ao assistir um espetáculo de Albert Collins, resolveu seguir o caminho do blues. Ao lado de Albert Collins e Johnny Copeland registrou o já clássico álbum Showdown!. Suas músicas foram regravadas por artistas como Eric Clapton (Bad Influence) e Albert Collins (Phone Booth).
Discografia
1980 - Who's Been Talkin
1982 - Bad Influence
1985 - False Accusations
1985 - Showdown!
1986 - Strong Persuader
1988 - Don't Be Afraid of the Dark
1990 - Midnight Stroll
1992 - I Was Warned
1993 - Shame + A SIN
1995 - Some Rainy Morning
1997 - Sweet Potato Pie
1997 - Take Your Shoes Off
2001 - Shoulda Been Home
2003 - Time Will Tell
2005 - Twenty
2006 - Live From Across The Pond (2CD live)
Começou sua carreira influenciado pelos Beatles mas, ao assistir um espetáculo de Albert Collins, resolveu seguir o caminho do blues. Ao lado de Albert Collins e Johnny Copeland registrou o já clássico álbum Showdown!. Suas músicas foram regravadas por artistas como Eric Clapton (Bad Influence) e Albert Collins (Phone Booth).
Discografia
1980 - Who's Been Talkin
1982 - Bad Influence
1985 - False Accusations
1985 - Showdown!
1986 - Strong Persuader
1988 - Don't Be Afraid of the Dark
1990 - Midnight Stroll
1992 - I Was Warned
1993 - Shame + A SIN
1995 - Some Rainy Morning
1997 - Sweet Potato Pie
1997 - Take Your Shoes Off
2001 - Shoulda Been Home
2003 - Time Will Tell
2005 - Twenty
2006 - Live From Across The Pond (2CD live)
ALBERT COLLINS
Albert Collins (Leona, Texas, 1 de outubro de 1932 — 24 de novembro de 1993) foi um músico, guitarrista e cantor de blues. Ele tinha muitos apelidos dados pelos admiradores, como "The Ice Man" ("Homem de Gelo") e "O Mestre da Telecaster".
Nascido em Leona, Texas, Collins formou sua primeira banda em 1952, e dois anos depois já era a atração principal em vários clubes de blues Houston, Texas. No final dos anos 50, ele escolheu a Fender Telecaster como seu equipamento, e desenvolveu um estilo único com afinações em tons menores, notas sustentadas e atacadas com os dedos da mão direita. Ele também freqüentemente usava um capotraste em sua guitarra, particularmente na 5a., 7a. e 9a. casa.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
STEVIE RAY VAUGHAN
Stephen "Stevie" Ray Vaughan nasceu em Dallas, no Texas (3 de Outubro de 1954 - 27 Agosto de 1990) e foi um guitarrista de blues americano, conhecido como um dos mais influentes músicos da história. Ele é freqüentemente referido por suas iniciais, SRV.
Vida e Carreira
No início de sua carreira Vaughan fazia apresentações na banda de seu irmão Jimmie Vaughan, a princípio tocando o contra-baixo, apenas para ter a oportunidade de tocar em uma banda, que era seu desejo na época. Com a experiência adquirida e de agora em diante assumindo a guitarra definitivamente e após tocar em uma série de bandas, Vaughan formou o conjunto de blues e rock chamado Double Trouble com o baterista Chris Layton e o baixista Jackie Newhouse no final dos anos 70. Tommy Shannon substituiu Newhouse em 1981. No início conhecido apenas localmente, logo Vaughan atraiu a atenção de David Bowie e Jackson Browne, gravando em álbuns de ambos. O primeiro contato de Bowie com Vaughan havia sido no Montreux Jazz Festival. Bowie lançou Vaughan em seu álbum "Let's Dance" na canção com o mesmo nome e também na canção "China Girl".
O álbum de estréia do Stevie Ray Vaughan & Double Trouble foi lançado em 1983. O aclamado pela crítica, Texas Flood (Produzido por John Hammond) lançou o sucesso top 20 "Pride and Joy" e vendeu bem tanto nos círculos de blues como de rock. Os álbuns seguintes, "Couldn't Stand the Weather" (1984) e "Soul to Soul" (1985), vivenciaram quase o mesmo sucesso dos discos anteriores. O vício em drogas e o alcoolismo levaram Vaughan a ter um colapso durante sua turnê em 1986. Passou por um processo de reabilitação na Georgia um ano mais tarde. Após seu retorno, Vaughan gravou "In Step" (1989), outro disco aclamado pela crítica que ganhou um Grammy pela melhor gravação de blues.
Em 2003, a revista Rolling Stone classificou Stevie Ray Vaughan em 7° lugar em uma lista de 100 melhores guitarristas de todos os tempos.
Influências musicais e estilo
O estilo musical de Vaughan tocar blues era fortemente influenciado por Albert King, que se auto-proclamou "padrinho" de Stevie, e por outros músicos de blues como Otis Rush and Buddy Guy. Stevie é reconhecido por seu som de guitarra característico, que em parte provinha do uso de cordas de guitarra espessas, pesadas, calibre .013 e também da afinação meio tom abaixo do normal em (Eb) mi bemol. O som e o estilo de Vaughan tocar, que freqüentemente mescla partes de guitarra solo com guitarra rítmica, também traz freqüentes comparações com Jimi Hendrix; Vaughan gravou várias canções de Hendrix em seus álbums de estúdio e ao vivo, como "Little Wing", "Voodoo Child (Slight Return)" e "Third Stone from the Sun". Ele também era fortemente influenciado por Freddie King, outro grande músico texano, pricipalmente pelo tom e ataque. O pesado vibrato de King pode ser claramente ouvido no estilo de Vaughan. Outra influência no estilo foi Albert Collins. Sua técnica da mão direita.
Morte acidental
O retorno de Vaughan foi tragicamente interrompido quando, na manhã do dia 27 de agosto de 1990, ele morreu em um acidente de helicóptero próximo a East Troy, Wisconsin. SRV seguia para uma apresentação no Alpine Valley Music Theater, onde na tarde anterior se apresentara junto com Robert Cray, Buddy Guy, Eric Clapton e seu irmão mais velho Jimmie Vaughan. Quatro helicópteros estavam a disposição dos músicos, e Stevie encontrou um lugar vazio em um helicóptero com alguns membros da equipe de Clapton, e decidiu embarcar. Em conseqüencia do céu extremamente nublado e da forte névoa, o helicóptero de Stevie virou para o lado errado e foi de encontro com uma pista artificial de ski. Não houve sobreviventes, e o Blues perdera um dos seus maiores expoentes. Stevie Ray Vaughan está enterrado no Laurel Land Memorial Park,em Dallas, no Texas.
Equipamentos
Guitarras
Sua guitarra principal era uma Fender Stratocaster, que ele apelidou de "Number One". A guitarra era composta por um corpo em alder, provavelmente fabricado entre o final da década de 50 e o início da década de 60. Os captadores que equipavam esta guitarra datavam de 1959. O braço era de outra Stratocaster, porém de 1962, com escala de Jacarandá (rosewood).
Cordas e Palhetas
O calibre de suas cordas geralmente eram: .013, .015, .019, .028, .038, .058. De vez em quando ele usava uma corda um pouco mais leve no E Maior como uma .012 or .011. Ele sempre afinava meio tom abaixo.
Suas palhetas eram Fender Mediums, tocadas de lado com borda arredondada.
Amplificadores
Stevie usava uma combinação de amplificadores, todos ligados ao mesmo tempo
* Dois Fender Super Reverbs "Blackface"
* Cabeçote Dumble Steel String Singer de 150 Watts com caixas acústicas Dumble 4x12"
* Cabeçote Marshall Major de 200 Watts com caixas acústicas Dumble 4x12"
* Dois Fender Vibroverb "Blackface", Com um falante de 15", ligado a uma caixa acústica Fender Vibratone com falante interno rotativo do tipo "Leslie"
Todos seus amplificadores tinham seus falantes trocados por falantes Electro-Voice.
Pedais
Ele sempre usou um Ibanez Tube Screamer, começando com o primeiro modelo 808, passando pelo modelo TS-9 e TS-10 Classic.
* wah-wahs Vintage Vox '60's
* Fuzz Face Vintage Dallas-Arbiter
* Tycobrahe Octavia '60's
Discografia
1.Texas Flood (1983)
2.Couldn't Stand the Weather (1984)
3.Soul to Soul (1985)
Vida e Carreira
No início de sua carreira Vaughan fazia apresentações na banda de seu irmão Jimmie Vaughan, a princípio tocando o contra-baixo, apenas para ter a oportunidade de tocar em uma banda, que era seu desejo na época. Com a experiência adquirida e de agora em diante assumindo a guitarra definitivamente e após tocar em uma série de bandas, Vaughan formou o conjunto de blues e rock chamado Double Trouble com o baterista Chris Layton e o baixista Jackie Newhouse no final dos anos 70. Tommy Shannon substituiu Newhouse em 1981. No início conhecido apenas localmente, logo Vaughan atraiu a atenção de David Bowie e Jackson Browne, gravando em álbuns de ambos. O primeiro contato de Bowie com Vaughan havia sido no Montreux Jazz Festival. Bowie lançou Vaughan em seu álbum "Let's Dance" na canção com o mesmo nome e também na canção "China Girl".
O álbum de estréia do Stevie Ray Vaughan & Double Trouble foi lançado em 1983. O aclamado pela crítica, Texas Flood (Produzido por John Hammond) lançou o sucesso top 20 "Pride and Joy" e vendeu bem tanto nos círculos de blues como de rock. Os álbuns seguintes, "Couldn't Stand the Weather" (1984) e "Soul to Soul" (1985), vivenciaram quase o mesmo sucesso dos discos anteriores. O vício em drogas e o alcoolismo levaram Vaughan a ter um colapso durante sua turnê em 1986. Passou por um processo de reabilitação na Georgia um ano mais tarde. Após seu retorno, Vaughan gravou "In Step" (1989), outro disco aclamado pela crítica que ganhou um Grammy pela melhor gravação de blues.
Em 2003, a revista Rolling Stone classificou Stevie Ray Vaughan em 7° lugar em uma lista de 100 melhores guitarristas de todos os tempos.
Influências musicais e estilo
O estilo musical de Vaughan tocar blues era fortemente influenciado por Albert King, que se auto-proclamou "padrinho" de Stevie, e por outros músicos de blues como Otis Rush and Buddy Guy. Stevie é reconhecido por seu som de guitarra característico, que em parte provinha do uso de cordas de guitarra espessas, pesadas, calibre .013 e também da afinação meio tom abaixo do normal em (Eb) mi bemol. O som e o estilo de Vaughan tocar, que freqüentemente mescla partes de guitarra solo com guitarra rítmica, também traz freqüentes comparações com Jimi Hendrix; Vaughan gravou várias canções de Hendrix em seus álbums de estúdio e ao vivo, como "Little Wing", "Voodoo Child (Slight Return)" e "Third Stone from the Sun". Ele também era fortemente influenciado por Freddie King, outro grande músico texano, pricipalmente pelo tom e ataque. O pesado vibrato de King pode ser claramente ouvido no estilo de Vaughan. Outra influência no estilo foi Albert Collins. Sua técnica da mão direita.
Morte acidental
O retorno de Vaughan foi tragicamente interrompido quando, na manhã do dia 27 de agosto de 1990, ele morreu em um acidente de helicóptero próximo a East Troy, Wisconsin. SRV seguia para uma apresentação no Alpine Valley Music Theater, onde na tarde anterior se apresentara junto com Robert Cray, Buddy Guy, Eric Clapton e seu irmão mais velho Jimmie Vaughan. Quatro helicópteros estavam a disposição dos músicos, e Stevie encontrou um lugar vazio em um helicóptero com alguns membros da equipe de Clapton, e decidiu embarcar. Em conseqüencia do céu extremamente nublado e da forte névoa, o helicóptero de Stevie virou para o lado errado e foi de encontro com uma pista artificial de ski. Não houve sobreviventes, e o Blues perdera um dos seus maiores expoentes. Stevie Ray Vaughan está enterrado no Laurel Land Memorial Park,em Dallas, no Texas.
Equipamentos
Guitarras
Sua guitarra principal era uma Fender Stratocaster, que ele apelidou de "Number One". A guitarra era composta por um corpo em alder, provavelmente fabricado entre o final da década de 50 e o início da década de 60. Os captadores que equipavam esta guitarra datavam de 1959. O braço era de outra Stratocaster, porém de 1962, com escala de Jacarandá (rosewood).
Cordas e Palhetas
O calibre de suas cordas geralmente eram: .013, .015, .019, .028, .038, .058. De vez em quando ele usava uma corda um pouco mais leve no E Maior como uma .012 or .011. Ele sempre afinava meio tom abaixo.
Suas palhetas eram Fender Mediums, tocadas de lado com borda arredondada.
Amplificadores
Stevie usava uma combinação de amplificadores, todos ligados ao mesmo tempo
* Dois Fender Super Reverbs "Blackface"
* Cabeçote Dumble Steel String Singer de 150 Watts com caixas acústicas Dumble 4x12"
* Cabeçote Marshall Major de 200 Watts com caixas acústicas Dumble 4x12"
* Dois Fender Vibroverb "Blackface", Com um falante de 15", ligado a uma caixa acústica Fender Vibratone com falante interno rotativo do tipo "Leslie"
Todos seus amplificadores tinham seus falantes trocados por falantes Electro-Voice.
Pedais
Ele sempre usou um Ibanez Tube Screamer, começando com o primeiro modelo 808, passando pelo modelo TS-9 e TS-10 Classic.
* wah-wahs Vintage Vox '60's
* Fuzz Face Vintage Dallas-Arbiter
* Tycobrahe Octavia '60's
Discografia
1.Texas Flood (1983)
2.Couldn't Stand the Weather (1984)
3.Soul to Soul (1985)
4.Live Alive (Ao vivo em 1986)
5.In Step (1989)
6.Family Style (Com seu irmão Jimmie Vaughan, como "The Vaughan Brothers", em 1990)
7.Last Farewell (Gravado durante a sua última turnê nos Estados Unidos (1990)Gravações com Lançamentos Póstumos
1.The Sky Is Crying (1991)
2.In the Beginning - 1992 ( gravado em 1980 )
3.Live At Carnegie Hall - 1997 ( gravado em 1984 )
4.Albert King With Stevie Ray Vaughan – In Session - 1999 ( gravado em 1983 )
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
BUDDY GUY
Buddy Guy (nascido George Guy, em 30 de julho de 1936 em Lettsworth, Louisiana) é um guitarrista e cantor norte-americano de blues e rock. Conhecido por servir de inspiração para Jimi Hendrix e outras lendas dos anos 60, Guy é considerado um importante expoente do chamado Chicago blues, tornado famoso por Muddy Waters e Howlin' Wolf.
Biografia
Tinha cinco irmãos e seus pais eram Sam e Isabel Guy. Cresceu sob os conflitos da segregação racial onde banheiros, restaurantes e assentos de ônibus eram separados para brancos e negros. Com sete anos de idade Buddy fez a sua primeira “guitarra”, um pedaço de madeira com duas cordas amarradas com os grampos de cabelo de sua mãe. Com ela passava o tempo nas plantações e desenvolvia as suas “técnicas” musicais. Depois ele ganhou a sua primeira guitarra de “verdade”, um violão acústico Harmony que hoje se encontra no Hall da Fama do Rock and Roll, em Cleveland, nos EUA. Em 1955, com 19 anos, Buddy trabalhava na Universidade Estadual da Louisiana. Nunca havia saído do estado quando em 1957 um amigo seu que era cozinheiro em Chicago foi visitá-lo e disse que ele precisava ir para Chicago tocar sua guitarra de noite e trabalhar de dia. Guy se interessou pela proposta financeira, pois poderia ganhar em torno de 70 dólares por semana e quem sabe sair de noite para ver os mestres Howlin’ Wolf, Muddy Waters, Little Walter e de “quebra”, ainda aprender alguma coisa para tocar sua guitarra em casa. Em 25 de setembro de 1957 Buddy saiu de Lettsworth e chegou em Chicago. O choque foi grande, saindo do ambiente rural e chegando na metrópole totalmente urbana. Buddy arrumou um emprego e após alguns meses conseguiu uma audiência no 708 Club. Naquela noite chegou ao clube, em um Chevrolet vermelho, nada menos que Muddy Waters. Buddy foi servir sanduíche de salame para ele que perguntou se ele estava com fome. Buddy respondeu que, se ele era Muddy Waters, não estava mais com fome, encontrá-lo o alimentou. Guy começou a tocar em bares de Chicago e seu estilo foi bem aceito. Ele começou a chamar atenção. Gostava de tocar como B.B. King e atuar no palco como Magic Slim. Resolveu, então, enviar uma fita para a gravadora Chess Records, selo tradicional do blues que contava com artistas como Willie Dixon, Muddy Waters, Howlin’ Wolf, Little Walter e Koko Taylor. Em 1960 começou a fazer as guitarras das gravações destes grandes mestres da Chess. Era sempre o primeiro guitarrista a ser chamado pela gravadora.
Carreira
Mas Buddy não estava satisfeito, pois fazia apenas o acompanhamento. Ele queria mais, queria fazer suas próprias composições. Em 1967 gravou I Left My Blues em San Francisco, pela Chess Records. Em 1968 foi para a Vanguard Records e gravou dois álbuns clássicos: A Man and His Blues e Hold That Plane. A partir desta época seu estilo agressivo e selvagem de tocar, além de seu vocal rasgante, começaram a chamar a atenção de músicos do rock, principalmente os ingleses. Eric Clapton disse em 2005 que Buddy Guy foi para ele o que Elvis Presley foi para muitos outros.
Em 1970 Buddy inicia uma parceria com o gaitista Junior Wells e lança o disco Buddy and the Juniors. Em 1972 sai Buddy Guy and Junior Wells Play the Blues, disco produzido por Eric Clapton, Tom Dowd e Ahmet Ertegum. Que pode ser considerado um dos melhores álbuns de Buddy, com clássicos do blues e composições próprias, num som límpido, simples e cru.
Em 1974 Guy se associa ao baixista dos Rolling Stones, Bill Wyman, que produz e toca no álbum ao vivo chamado Drinkin’ TNT ‘n’ Somkin’ Dynamite.
Até quase o final dos anos 80 sua carreira declinou e só voltou a decolar a partir de 1989 quando Buddy abriu o clube “Buddy Guy Legends”, em Chicago, considerado o lugar preferido da maioria dos artistas de blues para se apresentar. Em 1990 – 1991 Guy tocou junto com Eric Clapton no Royal Albert Hall, em Londres, num show somente de guitarristas. Esta participação lhe proporcionou um contrato com a Silvertone Records, onde ele gravou diversos álbuns, mas o primeiro foi Damn Right, I’ve got The Blues, de 1991, que contava com a participação especial de Eric Clapton, Jeff Beck e Mark Knopfler. O disco obteve um sucesso incomum para a cena do blues: ganhou disco de ouro, vendeu 500.000 cópias e também ganhou o Grammy.
Dois anos depois, em 1993, gravou Feels Like Rain e em 1994 Slippin’ in, ganhando o Grammy com os dois discos. O sucesso havia retornado com força. Foi um trabalho de persistência, como disse Buddy: “tinha colocado na minha cabeça que precisava continuar tocando, porque eu sentia que não tinha tido a chance de me expressar com minha guitarra e minha voz. Poucos haviam me ouvido, mas continuei tocando até que a chance veio com ‘Damn right, I’ve got the blues’ e aí estourei! Acho que alguém me ouviu, lá em cima!”
E assim veio em 1996 o disco ao vivo Live: The Real Deal, em 1998 Heavy Love, em 2001, Sweet Tea, onde Buddy retornou ao blues de raiz, em 2003 Blues Singer e por último, em 2005, Bring ‘Em in, onde Guy contou com a participação de Carlos Santana e John Mayer
Música
Enquanto a música de Buddy Guy é freqüentemente associada ao blues de Chicago, seu estilo é único e inconfundível. Sua música pode variar desde o mais tradicional e profundo blues, à mais criativa, imprevisível e radical agregação entre blues, rock moderno e jazz livre, que se juntam a cada performance ao vivo de maneira inédita.
Em 2004, Jon Pareles, crítico de música pop do New York Times, escreveu: "Mr. Guy, 68, mistura anarquia, virtuosismo, blues denso e suas vertentes de uma maneira única, prendendo a si todas as atenções da audiência (...) Guy adora extremos: mudanças repentinas entre sons pesados e leves, ou um doce solo de guitarra seguido por um surto de velocidade, ou peso, improvisando idas e vindas com a voz... Seja cantando com doçura ou raiva, seja trazendo novas entonações a uma nota de blues, ele é um mestre da tensão e do relaxamento, e sua concentração e dedicação são hiponotizantes."
Alguns fãs de blues e críticos musicais acreditam que a discografia de Guy no período de 1960 a 1967 agrupa a melhor parte de seu trabalho. Algumas das novidades apresentadas por Buddy durante suas primeiras apresentações ao vivo foram capturadas pelos álbuns do "American Folk Blues Festival". Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page admiravam o lado mais radical de suas músicas, no início dos anos 60.
Suas músicas foram regravadas por Led Zeppelin, Eric Clapton, Rolling Stones, Stevie Ray Vaughan, John Mayall, Jack Bruce, entre outros. Algumas de suas primeiras canções foram “roubadas” por Willie Dixon e pelas primeiras gravadoras por onde Guy passou. Além disso, Guy talvez seja mais conhecido por suas interpretações criativas sobre os trabalhos de outros músicos. Fãs de blues mais tradicionais parecem apreciar os seguintes álbuns: The Very Best of Buddy Guy, Blues Singer, Junior Wells' Hoodoo Man Blues, A Man & The Blues e I Was Walking Through the Woods.
Os fãs mais contemporâneos parecem preferir Slippin’ In, Sweet Tea, Stone Crazy, Buddy's Baddest: The Best of Buddy Guy, Damn Right, I’ve Got the Blues, e D.J. Play My Blues. Uma performance ao vivo pode ser assistida no vídeo Live! The Real Deal e ele ainda está presente nos seguintes DVDs: Lightning In a Bottle, Crossroads Guitar Festival, Eric Clapton: 24 Nights, Festival Express, e A Tribute to Stevie Ray Vaughan.
Discografia
1965 Hoodoo Man Blues – Delmark (w/ Junior Wells band)
1966 Chicago/The Blues/Today! vol. 1 – Vanguard (w/ Junior Wells band)
1967 I Left My Blues in San Francisco – Chess
1968 A Man and the Blues – Vanguard
1968This Is Buddy Guy (live) – Vanguard
1970 Buddy and the Juniors – MCA (w/ Junior Mance & Junior Wells)
1972 Play The Blues - Rhino
1974 I Was Walking Through the Woods – Chess (rec. 1960–64)
1977 Live at Montreaux – Evidence (w/ Junior Wells)
1979 Live at the Checkerboard Lounge, Chicago-1979 - JSP Records
1981 Stone Crazy – Alligator
1982 Drinkin' TNT 'n' Smokin' Dynamite (live) – Blind Pig (rec. 1974 Montreax Jazz Fest.)
1983 Buddy Guy – Chess
1990 Royal Albert Hall - Buddy Guy & Eric Clapton
1991 Alone & Acoustic – Alligator (rec. 1981 w/ Junior Wells)
1991 Damn Right, I've Got the Blues – Silvertone/BMG
1991 Buddy's Baddest: The Best of Buddy Guy – Silvertone
1992 The Very Best of Buddy Guy – Rhino/WEA
1992 The Complete Chess Studio Recordings – Chess (2 CD, 1960–67)
1993 Feels Like Rain – Silvertone
1994 Slippin' In – Silvertone
1996 Live: The Real Deal – Silvertone
1997 Buddy's Blues – Chess "Chess Masters"
1998 As Good As It Gets – Vanguard
1998 Heavy Love – Silvertone
1998 Last Time Around - Live at Legends – Jive
2001 Sweet Tea – Silvertone
2003 Blues Singer – Silvertone
2003 Chicago Blues Festival 1964 (live) – Stardust
2005 Bring 'Em In (Buddy Guy album) – Jive
2006 Can't Quit The Blues:Box Set – Silvertone/Legacy Recordings
2008 Skin Deep
Biografia
Tinha cinco irmãos e seus pais eram Sam e Isabel Guy. Cresceu sob os conflitos da segregação racial onde banheiros, restaurantes e assentos de ônibus eram separados para brancos e negros. Com sete anos de idade Buddy fez a sua primeira “guitarra”, um pedaço de madeira com duas cordas amarradas com os grampos de cabelo de sua mãe. Com ela passava o tempo nas plantações e desenvolvia as suas “técnicas” musicais. Depois ele ganhou a sua primeira guitarra de “verdade”, um violão acústico Harmony que hoje se encontra no Hall da Fama do Rock and Roll, em Cleveland, nos EUA. Em 1955, com 19 anos, Buddy trabalhava na Universidade Estadual da Louisiana. Nunca havia saído do estado quando em 1957 um amigo seu que era cozinheiro em Chicago foi visitá-lo e disse que ele precisava ir para Chicago tocar sua guitarra de noite e trabalhar de dia. Guy se interessou pela proposta financeira, pois poderia ganhar em torno de 70 dólares por semana e quem sabe sair de noite para ver os mestres Howlin’ Wolf, Muddy Waters, Little Walter e de “quebra”, ainda aprender alguma coisa para tocar sua guitarra em casa. Em 25 de setembro de 1957 Buddy saiu de Lettsworth e chegou em Chicago. O choque foi grande, saindo do ambiente rural e chegando na metrópole totalmente urbana. Buddy arrumou um emprego e após alguns meses conseguiu uma audiência no 708 Club. Naquela noite chegou ao clube, em um Chevrolet vermelho, nada menos que Muddy Waters. Buddy foi servir sanduíche de salame para ele que perguntou se ele estava com fome. Buddy respondeu que, se ele era Muddy Waters, não estava mais com fome, encontrá-lo o alimentou. Guy começou a tocar em bares de Chicago e seu estilo foi bem aceito. Ele começou a chamar atenção. Gostava de tocar como B.B. King e atuar no palco como Magic Slim. Resolveu, então, enviar uma fita para a gravadora Chess Records, selo tradicional do blues que contava com artistas como Willie Dixon, Muddy Waters, Howlin’ Wolf, Little Walter e Koko Taylor. Em 1960 começou a fazer as guitarras das gravações destes grandes mestres da Chess. Era sempre o primeiro guitarrista a ser chamado pela gravadora.
Carreira
Mas Buddy não estava satisfeito, pois fazia apenas o acompanhamento. Ele queria mais, queria fazer suas próprias composições. Em 1967 gravou I Left My Blues em San Francisco, pela Chess Records. Em 1968 foi para a Vanguard Records e gravou dois álbuns clássicos: A Man and His Blues e Hold That Plane. A partir desta época seu estilo agressivo e selvagem de tocar, além de seu vocal rasgante, começaram a chamar a atenção de músicos do rock, principalmente os ingleses. Eric Clapton disse em 2005 que Buddy Guy foi para ele o que Elvis Presley foi para muitos outros.
Em 1970 Buddy inicia uma parceria com o gaitista Junior Wells e lança o disco Buddy and the Juniors. Em 1972 sai Buddy Guy and Junior Wells Play the Blues, disco produzido por Eric Clapton, Tom Dowd e Ahmet Ertegum. Que pode ser considerado um dos melhores álbuns de Buddy, com clássicos do blues e composições próprias, num som límpido, simples e cru.
Em 1974 Guy se associa ao baixista dos Rolling Stones, Bill Wyman, que produz e toca no álbum ao vivo chamado Drinkin’ TNT ‘n’ Somkin’ Dynamite.
Até quase o final dos anos 80 sua carreira declinou e só voltou a decolar a partir de 1989 quando Buddy abriu o clube “Buddy Guy Legends”, em Chicago, considerado o lugar preferido da maioria dos artistas de blues para se apresentar. Em 1990 – 1991 Guy tocou junto com Eric Clapton no Royal Albert Hall, em Londres, num show somente de guitarristas. Esta participação lhe proporcionou um contrato com a Silvertone Records, onde ele gravou diversos álbuns, mas o primeiro foi Damn Right, I’ve got The Blues, de 1991, que contava com a participação especial de Eric Clapton, Jeff Beck e Mark Knopfler. O disco obteve um sucesso incomum para a cena do blues: ganhou disco de ouro, vendeu 500.000 cópias e também ganhou o Grammy.
Dois anos depois, em 1993, gravou Feels Like Rain e em 1994 Slippin’ in, ganhando o Grammy com os dois discos. O sucesso havia retornado com força. Foi um trabalho de persistência, como disse Buddy: “tinha colocado na minha cabeça que precisava continuar tocando, porque eu sentia que não tinha tido a chance de me expressar com minha guitarra e minha voz. Poucos haviam me ouvido, mas continuei tocando até que a chance veio com ‘Damn right, I’ve got the blues’ e aí estourei! Acho que alguém me ouviu, lá em cima!”
E assim veio em 1996 o disco ao vivo Live: The Real Deal, em 1998 Heavy Love, em 2001, Sweet Tea, onde Buddy retornou ao blues de raiz, em 2003 Blues Singer e por último, em 2005, Bring ‘Em in, onde Guy contou com a participação de Carlos Santana e John Mayer
Música
Enquanto a música de Buddy Guy é freqüentemente associada ao blues de Chicago, seu estilo é único e inconfundível. Sua música pode variar desde o mais tradicional e profundo blues, à mais criativa, imprevisível e radical agregação entre blues, rock moderno e jazz livre, que se juntam a cada performance ao vivo de maneira inédita.
Em 2004, Jon Pareles, crítico de música pop do New York Times, escreveu: "Mr. Guy, 68, mistura anarquia, virtuosismo, blues denso e suas vertentes de uma maneira única, prendendo a si todas as atenções da audiência (...) Guy adora extremos: mudanças repentinas entre sons pesados e leves, ou um doce solo de guitarra seguido por um surto de velocidade, ou peso, improvisando idas e vindas com a voz... Seja cantando com doçura ou raiva, seja trazendo novas entonações a uma nota de blues, ele é um mestre da tensão e do relaxamento, e sua concentração e dedicação são hiponotizantes."
Alguns fãs de blues e críticos musicais acreditam que a discografia de Guy no período de 1960 a 1967 agrupa a melhor parte de seu trabalho. Algumas das novidades apresentadas por Buddy durante suas primeiras apresentações ao vivo foram capturadas pelos álbuns do "American Folk Blues Festival". Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page admiravam o lado mais radical de suas músicas, no início dos anos 60.
Suas músicas foram regravadas por Led Zeppelin, Eric Clapton, Rolling Stones, Stevie Ray Vaughan, John Mayall, Jack Bruce, entre outros. Algumas de suas primeiras canções foram “roubadas” por Willie Dixon e pelas primeiras gravadoras por onde Guy passou. Além disso, Guy talvez seja mais conhecido por suas interpretações criativas sobre os trabalhos de outros músicos. Fãs de blues mais tradicionais parecem apreciar os seguintes álbuns: The Very Best of Buddy Guy, Blues Singer, Junior Wells' Hoodoo Man Blues, A Man & The Blues e I Was Walking Through the Woods.
Os fãs mais contemporâneos parecem preferir Slippin’ In, Sweet Tea, Stone Crazy, Buddy's Baddest: The Best of Buddy Guy, Damn Right, I’ve Got the Blues, e D.J. Play My Blues. Uma performance ao vivo pode ser assistida no vídeo Live! The Real Deal e ele ainda está presente nos seguintes DVDs: Lightning In a Bottle, Crossroads Guitar Festival, Eric Clapton: 24 Nights, Festival Express, e A Tribute to Stevie Ray Vaughan.
Discografia
1965 Hoodoo Man Blues – Delmark (w/ Junior Wells band)
1966 Chicago/The Blues/Today! vol. 1 – Vanguard (w/ Junior Wells band)
1967 I Left My Blues in San Francisco – Chess
1968 A Man and the Blues – Vanguard
1968This Is Buddy Guy (live) – Vanguard
1970 Buddy and the Juniors – MCA (w/ Junior Mance & Junior Wells)
1972 Play The Blues - Rhino
1974 I Was Walking Through the Woods – Chess (rec. 1960–64)
1977 Live at Montreaux – Evidence (w/ Junior Wells)
1979 Live at the Checkerboard Lounge, Chicago-1979 - JSP Records
1981 Stone Crazy – Alligator
1982 Drinkin' TNT 'n' Smokin' Dynamite (live) – Blind Pig (rec. 1974 Montreax Jazz Fest.)
1983 Buddy Guy – Chess
1990 Royal Albert Hall - Buddy Guy & Eric Clapton
1991 Alone & Acoustic – Alligator (rec. 1981 w/ Junior Wells)
1991 Damn Right, I've Got the Blues – Silvertone/BMG
1991 Buddy's Baddest: The Best of Buddy Guy – Silvertone
1992 The Very Best of Buddy Guy – Rhino/WEA
1992 The Complete Chess Studio Recordings – Chess (2 CD, 1960–67)
1993 Feels Like Rain – Silvertone
1994 Slippin' In – Silvertone
1996 Live: The Real Deal – Silvertone
1997 Buddy's Blues – Chess "Chess Masters"
1998 As Good As It Gets – Vanguard
1998 Heavy Love – Silvertone
1998 Last Time Around - Live at Legends – Jive
2001 Sweet Tea – Silvertone
2003 Blues Singer – Silvertone
2003 Chicago Blues Festival 1964 (live) – Stardust
2005 Bring 'Em In (Buddy Guy album) – Jive
2006 Can't Quit The Blues:Box Set – Silvertone/Legacy Recordings
2008 Skin Deep
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