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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

BUDDY GUY

Buddy Guy (nascido George Guy, em 30 de julho de 1936 em Lettsworth, Louisiana) é um guitarrista e cantor norte-americano de blues e rock. Conhecido por servir de inspiração para Jimi Hendrix e outras lendas dos anos 60, Guy é considerado um importante expoente do chamado Chicago blues, tornado famoso por Muddy Waters e Howlin' Wolf.
Biografia
Tinha cinco irmãos e seus pais eram Sam e Isabel Guy. Cresceu sob os conflitos da segregação racial onde banheiros, restaurantes e assentos de ônibus eram separados para brancos e negros. Com sete anos de idade Buddy fez a sua primeira “guitarra”, um pedaço de madeira com duas cordas amarradas com os grampos de cabelo de sua mãe. Com ela passava o tempo nas plantações e desenvolvia as suas “técnicas” musicais. Depois ele ganhou a sua primeira guitarra de “verdade”, um violão acústico Harmony que hoje se encontra no Hall da Fama do Rock and Roll, em Cleveland, nos EUA. Em 1955, com 19 anos, Buddy trabalhava na Universidade Estadual da Louisiana. Nunca havia saído do estado quando em 1957 um amigo seu que era cozinheiro em Chicago foi visitá-lo e disse que ele precisava ir para Chicago tocar sua guitarra de noite e trabalhar de dia. Guy se interessou pela proposta financeira, pois poderia ganhar em torno de 70 dólares por semana e quem sabe sair de noite para ver os mestres Howlin’ Wolf, Muddy Waters, Little Walter e de “quebra”, ainda aprender alguma coisa para tocar sua guitarra em casa. Em 25 de setembro de 1957 Buddy saiu de Lettsworth e chegou em Chicago. O choque foi grande, saindo do ambiente rural e chegando na metrópole totalmente urbana. Buddy arrumou um emprego e após alguns meses conseguiu uma audiência no 708 Club. Naquela noite chegou ao clube, em um Chevrolet vermelho, nada menos que Muddy Waters. Buddy foi servir sanduíche de salame para ele que perguntou se ele estava com fome. Buddy respondeu que, se ele era Muddy Waters, não estava mais com fome, encontrá-lo o alimentou. Guy começou a tocar em bares de Chicago e seu estilo foi bem aceito. Ele começou a chamar atenção. Gostava de tocar como B.B. King e atuar no palco como Magic Slim. Resolveu, então, enviar uma fita para a gravadora Chess Records, selo tradicional do blues que contava com artistas como Willie Dixon, Muddy Waters, Howlin’ Wolf, Little Walter e Koko Taylor. Em 1960 começou a fazer as guitarras das gravações destes grandes mestres da Chess. Era sempre o primeiro guitarrista a ser chamado pela gravadora.
Carreira
Mas Buddy não estava satisfeito, pois fazia apenas o acompanhamento. Ele queria mais, queria fazer suas próprias composições. Em 1967 gravou I Left My Blues em San Francisco, pela Chess Records. Em 1968 foi para a Vanguard Records e gravou dois álbuns clássicos: A Man and His Blues e Hold That Plane. A partir desta época seu estilo agressivo e selvagem de tocar, além de seu vocal rasgante, começaram a chamar a atenção de músicos do rock, principalmente os ingleses. Eric Clapton disse em 2005 que Buddy Guy foi para ele o que Elvis Presley foi para muitos outros.

Em 1970 Buddy inicia uma parceria com o gaitista Junior Wells e lança o disco Buddy and the Juniors. Em 1972 sai Buddy Guy and Junior Wells Play the Blues, disco produzido por Eric Clapton, Tom Dowd e Ahmet Ertegum. Que pode ser considerado um dos melhores álbuns de Buddy, com clássicos do blues e composições próprias, num som límpido, simples e cru.

Em 1974 Guy se associa ao baixista dos Rolling Stones, Bill Wyman, que produz e toca no álbum ao vivo chamado Drinkin’ TNT ‘n’ Somkin’ Dynamite.

Até quase o final dos anos 80 sua carreira declinou e só voltou a decolar a partir de 1989 quando Buddy abriu o clube “Buddy Guy Legends”, em Chicago, considerado o lugar preferido da maioria dos artistas de blues para se apresentar. Em 1990 – 1991 Guy tocou junto com Eric Clapton no Royal Albert Hall, em Londres, num show somente de guitarristas. Esta participação lhe proporcionou um contrato com a Silvertone Records, onde ele gravou diversos álbuns, mas o primeiro foi Damn Right, I’ve got The Blues, de 1991, que contava com a participação especial de Eric Clapton, Jeff Beck e Mark Knopfler. O disco obteve um sucesso incomum para a cena do blues: ganhou disco de ouro, vendeu 500.000 cópias e também ganhou o Grammy.

Dois anos depois, em 1993, gravou Feels Like Rain e em 1994 Slippin’ in, ganhando o Grammy com os dois discos. O sucesso havia retornado com força. Foi um trabalho de persistência, como disse Buddy: “tinha colocado na minha cabeça que precisava continuar tocando, porque eu sentia que não tinha tido a chance de me expressar com minha guitarra e minha voz. Poucos haviam me ouvido, mas continuei tocando até que a chance veio com ‘Damn right, I’ve got the blues’ e aí estourei! Acho que alguém me ouviu, lá em cima!”

E assim veio em 1996 o disco ao vivo Live: The Real Deal, em 1998 Heavy Love, em 2001, Sweet Tea, onde Buddy retornou ao blues de raiz, em 2003 Blues Singer e por último, em 2005, Bring ‘Em in, onde Guy contou com a participação de Carlos Santana e John Mayer
Música
Enquanto a música de Buddy Guy é freqüentemente associada ao blues de Chicago, seu estilo é único e inconfundível. Sua música pode variar desde o mais tradicional e profundo blues, à mais criativa, imprevisível e radical agregação entre blues, rock moderno e jazz livre, que se juntam a cada performance ao vivo de maneira inédita.

Em 2004, Jon Pareles, crítico de música pop do New York Times, escreveu: "Mr. Guy, 68, mistura anarquia, virtuosismo, blues denso e suas vertentes de uma maneira única, prendendo a si todas as atenções da audiência (...) Guy adora extremos: mudanças repentinas entre sons pesados e leves, ou um doce solo de guitarra seguido por um surto de velocidade, ou peso, improvisando idas e vindas com a voz... Seja cantando com doçura ou raiva, seja trazendo novas entonações a uma nota de blues, ele é um mestre da tensão e do relaxamento, e sua concentração e dedicação são hiponotizantes."

Alguns fãs de blues e críticos musicais acreditam que a discografia de Guy no período de 1960 a 1967 agrupa a melhor parte de seu trabalho. Algumas das novidades apresentadas por Buddy durante suas primeiras apresentações ao vivo foram capturadas pelos álbuns do "American Folk Blues Festival". Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page admiravam o lado mais radical de suas músicas, no início dos anos 60.

Suas músicas foram regravadas por Led Zeppelin, Eric Clapton, Rolling Stones, Stevie Ray Vaughan, John Mayall, Jack Bruce, entre outros. Algumas de suas primeiras canções foram “roubadas” por Willie Dixon e pelas primeiras gravadoras por onde Guy passou. Além disso, Guy talvez seja mais conhecido por suas interpretações criativas sobre os trabalhos de outros músicos. Fãs de blues mais tradicionais parecem apreciar os seguintes álbuns: The Very Best of Buddy Guy, Blues Singer, Junior Wells' Hoodoo Man Blues, A Man & The Blues e I Was Walking Through the Woods.

Os fãs mais contemporâneos parecem preferir Slippin’ In, Sweet Tea, Stone Crazy, Buddy's Baddest: The Best of Buddy Guy, Damn Right, I’ve Got the Blues, e D.J. Play My Blues. Uma performance ao vivo pode ser assistida no vídeo Live! The Real Deal e ele ainda está presente nos seguintes DVDs: Lightning In a Bottle, Crossroads Guitar Festival, Eric Clapton: 24 Nights, Festival Express, e A Tribute to Stevie Ray Vaughan.
Discografia
1965 Hoodoo Man Blues – Delmark (w/ Junior Wells band)
1966 Chicago/The Blues/Today! vol. 1 – Vanguard (w/ Junior Wells band)
1967 I Left My Blues in San Francisco – Chess
1968 A Man and the Blues – Vanguard
1968This Is Buddy Guy (live) – Vanguard
1970 Buddy and the Juniors – MCA (w/ Junior Mance & Junior Wells)
1972 Play The Blues - Rhino
1974 I Was Walking Through the Woods – Chess (rec. 1960–64)
1977 Live at Montreaux – Evidence (w/ Junior Wells)
1979 Live at the Checkerboard Lounge, Chicago-1979 - JSP Records
1981 Stone Crazy – Alligator
1982 Drinkin' TNT 'n' Smokin' Dynamite (live) – Blind Pig (rec. 1974 Montreax Jazz Fest.)
1983 Buddy Guy – Chess
1990 Royal Albert Hall - Buddy Guy & Eric Clapton
1991 Alone & Acoustic – Alligator (rec. 1981 w/ Junior Wells)
1991 Damn Right, I've Got the Blues – Silvertone/BMG
1991 Buddy's Baddest: The Best of Buddy Guy – Silvertone
1992 The Very Best of Buddy Guy – Rhino/WEA
1992 The Complete Chess Studio Recordings – Chess (2 CD, 1960–67)
1993 Feels Like Rain – Silvertone
1994 Slippin' In – Silvertone
1996 Live: The Real Deal – Silvertone
1997 Buddy's Blues – Chess "Chess Masters"
1998 As Good As It Gets – Vanguard
1998 Heavy Love – Silvertone
1998 Last Time Around - Live at Legends – Jive
2001 Sweet Tea – Silvertone
2003 Blues Singer – Silvertone
2003 Chicago Blues Festival 1964 (live) – Stardust
2005 Bring 'Em In (Buddy Guy album) – Jive
2006 Can't Quit The Blues:Box Set – Silvertone/Legacy Recordings
2008 Skin Deep

MUDDY WATERS

Muddy Waters (4 de abril de 1915 - Condado de Issaquena, Mississippi – 30 de abril de 1983 - Westmont, Illinois) foi um músico de blues norte-americano, considerado o pai do Chicago blues. Atribui-se a Muddy Waters a idéia de invenção da Guitarra Elétrica. Seu nome completo de batismo é McKinley Morganfield.

[editar] Biografia
O nome artístico (em português, Águas Lamacentas) ele ganhou devido ao costume de quando criança brincar em um rio. Ele mudaria-se mais tarde para Chicago, Illinois, onde trocou o violão pela guitarra elétrica. Sua popularidade começou a crescer entre os músicos negros, e isso o permitiu passar a se apresentar em clubes de grande movimento. A técnica de Waters é fortemente característica devido a seu uso da braçadeira na guitarra. Suas primeiras gravações pela Chess Records apresentavam Waters na guitarra e nos vocais apoiado por um violoncelo. Posteriormente, ele adicionaria uma seção rítmica e a gaita de Little Walter, inventando a formação clássica de Chicago blues.

Com sua voz profunda, rica, uma personalidade carismática e o apoio de excelentes músicos, Waters rapidamente tornou-se a figura mais famosa do Chicago Blues. Até mesmo B. B. King referiria-se a ele mais tarde como o "Chefe de Chicago". Suas bandas eram um "quem é quem" dos músicos de Chicago blues: Little Walter, Big Walter Horton, James Cotton, Junior Wells, Willie Dixon, Otis Spann, Pinetop Perkins, Buddy Guy, e daí em diante.

As gravações de Waters do final dos anos 1950 e começo dos 60 foram particularmente suas melhores. Muitas das músicas tocadas por ele tornaram-se sucesso: "I’ve Got My Mojo Working", "Hoochie Coochie Man", "She’s Nineteen Years Old" e "Rolling and Tumbling", grandes clássicos que ganhariam versões de várias bandas dos estilos mais diversos.

Sua influência foi enorme em muitos gêneros musicais: blues, rhythm and blues, rock, folk, country. Foi Waters quem ajudou Chuck Berry a conseguir seu primeiro contrato.

Suas turnês pela Inglaterra no começo dos anos 1960 marcaram provavelmente a primeira vez que uma banda pesada, amplificada, se apresentou por ali (certo crítico sentiu-se obrigado a sair de um show para escrever sua análise por achar que a banda tocava muito alto). As músicas de Waters inclusive exerceram grande influência nas bandas britânicas. O Rolling Stones tirou seu nome de "Rollin’ Stone", de 1950, mais conhecida como "Catfish Blues". Um dos maiores sucessos do Led Zeppelin, "Whole Lotta Love", foi baseado em "You Need Love", composta por Willie Dixon . Foi Dixon quem compôs algumas das músicas mais conhecidas de Muddy Waters, como "I Just Want to Make Love to You", "Hoochie Coochie Man" e "I’m Ready".

Entre outras canções com as quais Waters tornou-se conhecido estão "Long Distance Call", "Mannish Boy" e o hino do rock/blues "I’ve Got My Mojo Working".
Discografia
1941 - Stovall's Plantation
1941 - First Recording Sessions 1941-1946
1948 - I can't be satisfied
1950 - Rolling Stone
1953 - Baby Please don't go
1954 - (I'm Your) Hoochie Coochie Man
1955 - Mannish Boy
1956 - Got My Mojo Working
1956 - Louisiana Blues
1956 - Mississippi Blues
1960 - At Newport
1960 - Muddy Watersy sings Big Bill Broonzy
1963 - Folk Festival of the Blues
1964 - The best of Muddy Waters
1964 - Folk Singer
1964 - Muddy Waters
1965 - Live Recordings 1965-1973
1965 - Muddy Waters with Little Walter
1965 - The Real Folk Blues
1966 - Down on Stovall's Plantation
1966 - Muddy Waters: The Blues Man
1966 - Muddy, Brass and Blues
1967 - Blues from Big Bill's Copacabana
1967 - Muddy Brass & the Blues
1967 - More Real Folk Blues
1967 - Super Blues (Muddy Waters, Bo Diddley, Little Walter)
1967 - The Super Super Blues Band (Muddy Waters, Bo Diddley, Howlin' Wolf)
1968 - Electric Mud
1969 - After the Rain
1969 - Fathers and Sons
1969 - Sail on
1970 - Vintage Mud
1970 - Back in the Good Old Days
1970 - Good News
1970 - Goin'Home: Live in Paris 1970
1970 - They call me Muddy Waters [I]
1971 - They call me Muddy Waters [II]
1971 - Live at Mister Kelly's

B. B. KING

Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King, (16 de Setembro de 1925, Itta Bena, Mississippi) é um guitarrista de Blues e cantor estado-unidense. O "B. B." em seu nome significa Blues Boy, seu pseudônimo como moderador na rádio WDIA.

Começou por tocar, a troco de algumas moedas, na esquina da Igreja com a Second Street e chegou mesmo a tocar em quatro cidades diferentes aos sábados à noite. É um dos mais reconhecidos guitarristas de Blues da atualidade, sendo por vezes referido como o Rei do Blues. É bastante apreciado por seus solos, nos quais, ao contrário de muitos guitarristas, prefere usar poucas notas. Certa vez, B.B. King teria dito: "posso fazer uma nota valer por mil".
Biografia
Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King, nasceu em uma plantação de algodão em 16 de Setembro de 1925 em Itta Bena, perto de Indianola no Mississippi, Estados Unidos da América.

Teve uma infância difícil – aos 9 anos, o bluesman vivia sozinho e colhia algodão, trabalho que lhe rendia 35 centavos de dólar por dia.

Começou por tocar, a troco de algumas moedas, na esquina da Igreja com a Second Street.

No ano de 1947, partia para Memphis, no Tennessee, apenas com sua guitarra e $2,50 dólares. Como pretendia seguir a carreira musical, a cidade de Memphis, cidade onde se cruzavam todos os músicos importantes do Sul, sustentava uma vasta competitiva comunidade musical em que todos os estilos musicais negros eram ouvidos.

Nomes como Django Reinhardt, Blind Lemon Jefferson, Lonnie Johnson, Charlie Christian e T-Bone Walker tornaram-se ídolos de B. B. King.

"Num sábado à noite ouvi uma guitarra elétrica que não estava a tocar espirituais negros. Era T-Bone interpretando "Stormy Monday" e foi o som mais belo que alguma vez ouvi na minha vida." recorda B. B. King, "Foi o que realmente me levou a querer tocar Blues".

A primeira grande oportunidade da sua carreira surgiu em 1948, quando actuou no programa de rádio de Sonny Boy Williamson, na estação KWEM, de Memphis. Sucederam-se atuações fixas no "Grill" da Sixteenth Avenue e mais tarde um spot publicitário de 10 minutos na estação radiofónica WDIA, com uma equipe e direcção exclusivamente negra. "King’s Sport", patrocinado por um tónico, tornou-se então tão popular que aumentou o tempo do transmissão e se transformou no "Sepia Swing Club".

King precisou de um nome artístico para a rádio. Ele foi apelidado de "Beale Blues Boy", como referência à música "Beale Street Blues", foi abreviado para "Blues Boy King" e eventualmente para B. B. King. Por mera coincidência, o nome de KING já incluia a simples inicial "B", que não correspondia a qualquer abreviatura.

Pouco depois do seu êxito "Three O'Clock Blues", em 1951, B. B. King começou a fazer turnês nacionais sem parar, atingindo uma média de 275 concertos/ano. Só em 1956 B. B. King e a sua banda fizeram 342 concertos! Dos pequenos cafés, teatros de "gueto", salões de dança, clubes de jazz e de rock, grandes hotéis e recintos para concertos sinfónicos aos mais prestigiados recintos nacionais e internacionais, B. B. King depressa se tornou o mais conceituado músico de Blues dos últimos 40 anos, desenvolvendo um dos mais prontamente identificáveis estilos musicais de guitarra, a nível mundial.

O seu estilo foi inspirador para muitos guitarristas de rock. Mike Bloomfield, Albert Collins, Buddy Guy, Freddie King, Jimi Hendrix, Otis Rush, Johnny Winter, Albert King, Eric Clapton, George Harrison e Jeff Beck foram apenas alguns dos que seguiram a sua técnica como modelo.

Em 1969, B. B. King foi escolhido para a abertura de 18 concertos dos Rolling Stones. Em 1970 fez uma turnê por Uganda, Lagos e Libéria, com o patrocínio governamental dos E.U.A.
Começou a participar da maioria dos festivais de Jazz por todo o mundo, incluindo o Newport Jazz Festival e o Kool Jazz Festival New York, e sua presença tornou-se regular no circuito por universidades e colégios.

Em 1989 fez uma tournê de três meses pela Austrália, Nova Zelândia, Japão, França, Alemanha Ocidental, Países Baixos e Irlanda, como convidado especial dos U2, participando igualmente no álbum Rattle and Hum, deste grupo, com o tema "When Love Comes to Town".

Em 26 de Julho de 1996, B. B. King, aproveitando o fato de ter um concerto agendado para Stuttgart, deslocou-se propositalmente de avião até à base aérea de Tuzla, para atuar perante tropas da Suécia, Rússia, Bélgica e E.U.A., estacionadas na Bósnia num esforço conjunto de manutenção da paz. No dia seguinte, voou para a base aérea de Kapsjak, para nova atuação junto de tropas norte-americanas. B. B. King confessa: "Foi emocionante atuar para estes homens e mulheres. Apreciamo-los e queremos que eles saibam que têm o nosso total apoio na sua árdua tarefa de manutenção da paz."

B. B. King terminou 1996 com uma turne pela América Latina, com concertos no México, Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e, pela primeira vez, no Peru e Paraguai. O "Rei dos Blues" totaliza mais de 90 países onde atuou até hoje.

Ao longo dos anos tem sido agraciado com diversos Grammy Awards: melhor desempenho vocal masculino de Rhythm & Blues, em 1970, com "The Thrill is Gone", melhor gravação étnica ou tradicional, em 1981, com "There Must Be a Better World Somewhere", melhor gravação de Blues tradicionais, em 1983, com "Blues'N Jazz" e em 1985 com "My Guitar Sings the Blues". Em 1970, Indianopola Missisipi Seeds concede-lhe o "Grammy" de melhor capa de álbum. A Gibson Guitar Co. nomeou-o "Embaixador das guitarras Gibson no Mundo".

Curiosidades

Uma das imagens de marca de King é chamar às sua guitarras o nome de "Lucille" - uma tradição que vem desde a década de 1950. No inverno de 1949, King se apresentou num salão de dança em Twist, no Arkansas. Com o intuito de aquecer o salão, acendeu-se um barril meio cheio de querosene no centro do salão, prática muito comum na época. Durante a apresentação, dois homens começaram a brigar e entornaram o barril que imediatamente espalhou chamas por todo o lado. Durante a evacuação, já fora do estabelecimento, King apercebeu-se de que tinha deixado a sua guitarra de 30 dólares no edifício em chamas. Voltou a entrar no incêndio para reaver a sua Gibson acústica, escapando por um triz. Duas pessoas morreram no fogo. No dia seguinte, soube que os dois homens tinham começado a briga devido a uma mulher chamada Lucille. A partir dessa altura, passou a designar as suas guitarras por esse nome, para "se lembrar de nunca mais fazer uma coisa daquelas."
Quando foi perguntado a John Lennon sobre sua maior ambição, ele disse que era tocar guitarra como B.B. King.
BB King era considerado o melhor guitarrista do mundo por Jimi Hendrix.
Um anime japonês por nome Beck - Mongolian Chop Squad teve influências do bluesman B. B. King. Por vezes, ele é citado e ainda tem a guitarra…

A guitarra

Iniciou utilizando uma Fender Telecaster
Passou a utilizar uma Gibson ES-335, modelo que foi substituído pela B. B. King Lucille, um modelo baseado na ES-345.
Uma das características de King é chamar às sua guitarras o nome de "Lucille" - uma tradição que vem desde a década de 1950.
No dia 19 de dezembro de 1997, apresentou Lucille ao Papa João Paulo II em um concerto no Vaticano.
No dia 5 de novembro de 2000, doou uma cópia autografada de Lucille para o Museu de Música Nacional, Estados Unidos da América.

Honras e prêmios

Em 15 de dezembro de 2006 o Presidente americano George W Bush prêmiou King com a Medalha Presidencial da Liberdade.
Em 2004, ele foi premiado como Ph.D honorário da Universidade de Mississippi e o Conservatório Sueco Real lhe premiou com o Prêmio de Música Polar, por suas contribuições significantes para o blues.
King foi agraciado com a Medalha Nacional de Artes, em 1990, nos Estados Unidos da América.
Ganhador de diversos Grammys de 1971 a 2006.

Algumas músicas

"Three O Clock Blues" (originalmente a primeira música que levou B.B King ao sucesso)
"Why I Sing the Blues?"
"The Thrill is Gone"
"Rock Me, Baby"
"No Body Loves Me But My Mother"
"Blues Funk"
"Dangerous Mood"
"Blues man"

Discografia

Compactos simples
Ano Nome Tabela musical
R&B Pop Rock UK
1949 "Miss Martha King" (Bullet)
1949 "Got the Blues"
1950 "Mistreated Woman" (RPM)
"The Other Night Blues"
"I Am"
"My Baby's Gone"
1951 "B. B. Blues"
"She's a Mean Woman"
"Three O'Clock Blues" #1
1952 "Fine-Looking Woman"
"Shake It Up and Go"
"Someday, Somewhere"
"You Didn't Want Me"
"Story from My Heart and Soul" #9
1953 "Woke Up this Morning with a Bellyache"
"Please Love Me" #1
"Neighborhood Affair"
"Why Did You Leave Me"
"Praying to the Lord"
1954 "Love Me Baby"
"Everything I Do Is Wrong"
"When My Heart Beats Like a Hammer" #8
"You Upset Me Baby" #1
1955 "Sneaking Around" #14
"Every Day I Have the Blues" #8
"Lonely and Blue"
"Shut Your Mouth"
"Talkin' the Blues"
"What Can I Do (Just Sing the Blues)"
"Ten Long Years" #9
1956 "I'm Cracking Up Over You"
"Crying Won't Help You" #15
"Did You Ever Love a Woman?"
"Dark Is the Night, Pts. I & II"
"Sweet Little Angel" #6
"Bad Luck" #3
"On My Word of Honor" #3
1957 "Early in the Morning"
"How Do I Love You"
"I Want to Get Married" #14
"Troubles, Troubles, Troubles" #13
"(I'm Gonna) Quit My Baby"
"Be Careful with a Fool" #95
"The Keyblade to My Kingdom"
1958 "Why Do Everything Happen to Me" (Kent)
"Don't Look Now, But You Got the Blues"
"Please Accept My Love" #9
"You've Been an Angel" #16
"The Fool"
1959 "A Lonely Lover's Plea"
"Time to Say Goodbye"
"Sugar Mama"
1960 "Sweet Sixteen, Pt. I" #2
"You Done Lost Your Good Thing"
"Things Are Not the Same"
"Bad Luck Soul"
"Hold That Train"
1961 "Someday Baby"
"Peace of Mind" #7
"Bad Case of Love"
1962 "Lonely"
"I'm Gonna Sit Till You Give In" (ABC)
"Down Now" (Kent)
1963 "The Road I Travel"
"The Letter"
"Precious Lord"
1964 "How Blue Can You Get" (ABC) #97
"You're Gonna Miss Me" (Kent)
"Beautician Blues"
"Help the Poor" (ABC) #98
"The Worst Thing in My Life" (Kent)
"Rock Me Baby" #34
"The Hurt" (ABC)
"Never Trust a Woman" #90
"Please Send Me Someone to Love"
"Night Owl"
1965 "I Need You"
"All Over Again"
"I'd Rather Drink Muddy Water"
"Blue Shadows" (Kent)
"Just a Dream"
"You're Still a Parallelogram" (ABC)
"Broken Promise" (Kent)
1966 "Eyesight to the Blind"
"Five Long Years"
"Ain't Nobody's Business"
"Don't Answer the Door, Pt. I" (ABC) #2 #72
"I Say in the Mood" (Kent) #45
"Waitin' for You" (ABC)
1967 "Blues Stay Away" (Kent)
"The Jungle"
"Growing Old"
1968 "Blues for Me"
"I Don't Want You Cuttin' Off Your Hair" (Bluesway)
"Shoutin' the Blues" (Kent)
"Paying the Cost to Be the Boss" (Bluesway) #10 #39
"I'm Gonna Do What They Do to Me" #26 #74
"The B. B. Jones" #98
"You Put It on Me" #25 #82
"The Woman I Love" #31 #94
1969 "Get Myself Somebody"
"I Want You So Bad"
"Get Off My Back Woman" #32 #74
"Why I Sing the Blues" #13 #61
"Just a Little Love" #15 #76
"I Want You So Bad" #34
1970 "The Thrill Is Gone" #3 #15
"So Excited" #14 #54
"Hummingbird" #25 #48
"Worried Life" #48
"Ask Me No Questions" (ABC) #18 #40
"Chains and Things" #6 #45
1971 "Nobody Loves Me But My Mother"
"Help the Poor" (regravação) #36 #90
"Ghetto Woman" #18 #40
"The Evil Child" #34 #97
1972 "Sweet Sixteen" (regravação) #37 #93
"I Got Some Help I Don't Need" #28 #92
"Ain't Nobody Home" #28 #46
"Guess Who" #21 #62
1973 "To Know You Is to Love You" #12 #38
1974 "I Like to Live the Love" #6 #28
"Who Are You" #27 #78
"Philadelphia" #19 #64
1975 "My Song"
"Friends" #34
1976 "Let the Good Times Roll" #20
1977 "Slow and Easy" #88
1978 "Never Make a Move Too Soon" #19
"I Just Can't Leave Your Love Alone" #90
1979 "Better Not Look Down" #30
1981 "There Must Be a Better World Somewhere" #91
1985 "Into the Night" #15
"Big Boss Man" #62
1988 "When Love Comes to Town" (com U2) #68 #2 #6
1992 "The Blues Come Over Me" #63
"Since I Met You Baby" #59
2000 "Riding with the King" (com Eric Clapton) #26

Álbuns
1.King of the Blues (1960)
2.My Kind of Blues (1960)
3.Live at the Regal (Live, 1965)
4.Lucille (B.B. King álbum)|Lucille (1968)
5.Live and Well (1969)
6.Completely Well (1969)
7.Indianola Mississippi Seeds (1970)
8.B.B. King in London (1971)
9.Live in Cook County Jail (1971)
10.Live in Africa (1974)
11.Lucille Talks Back (1975)
12.Midnight Believer (1978)
13.Live "Now Appearing" at Ole Miss (1980)
14.There Must Be a Better World Somewhere (1981)
15.Love Me Tender (B.B. King álbum)|Love Me Tender (1982)
16.Why I Sing the Blues (1983)
17.B.B. King and Sons Live (B.B. King álbum)|B.B. King and Sons Live (Live, 1990)
18.Live at San Quentin (1991)
19.Live at the Apollo (B.B. King álbum)|Live at the Apollo (Live, 1991)
20.There is Always One More Time (1991)
21.Deuces Wild (álbum)|Deuces Wild (1997)
22.Riding with the King (B.B. King and Eric Clapton álbum)|Riding with the King (2000)
23.Reflections (B.B. King álbum)|Reflections (2003)
24.The Ultimate Collection (B.B. King álbum)|The Ultimate Collection (2005)
25.80 (album)|B.B. King & Friends: 80 (2005)
26.One Kind Favor (2008)

JOHN LEE HOOKER

John Lee Hooker (22 de agosto de 1917 - 21 de junho de 2001) foi um influente cantor e guitarrista de blues americano, nascido em Clarksdale, Mississipi.

A carreira de Hooker começou em 1948 quando ele alcançou sucesso com o compacto "Boogie Chillen", apresentando um estilo meio falado que tornaria-se sua marca registrada. Ritmicamente, sua música era bastante livre, uma característica que ele tinha em comum com os primeiros músicos de delta blues. Sua entonação vocal era menos associada à música de bar em relação aos outros cantores de blues. Seu estilo casual e falado errado seria diminuído com o advento do blues elétrico das bandas de Chicago mas, mesmo quando não estava tocando sozinho, Hooker mantinha as características primordiais de seu som.

Ele o fez, entretanto, levando adiante uma carreira solo, ainda mais popular devido ao surgimento de aficcionados por blues e música folk no começo dos anos 60 - ele inclusive passou a ser mais conhecido entre o público branco, e deu uma oportunidade ao iniciante Bob Dylan. Outro destaque de sua carreira aconteceu em 1989, quando se juntou à diversos astros convidados, incluindo Keith Richards e Carlos Santana, para a gravação de The Healer, que acabaria ganhando um Grammy.

Hooker gravou mais de 100 álbuns e viveu os últimos anos de sua vida em São Francisco, onde era dono de um clube noturno chamado "Boom Boom Room", nome este inspirado em um de seus sucessos.